♥️CAPÍTULO DEZENOVE♥️

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P.V.O CÁTIA

Minha vida tem dado uma reviravolta total, logo eu que achava que não chegaria a lugar nenhum, e olha onde estou hoje, trabalhando para um dos filhos do casal mais rico do Rio de Janeiro.

Apesar de achar que me falta alguma coisa, e que um buraco enorme cresce cada vez mais em meu peito, como uma erva daninha sufocando tudo.

Se as pessoas que me amam soubessem o grande segredo que escondo, se elas soubessem que essa pessoa que diz pegar todo mundo e ir de farra em farra, não faz nem um terço do que fala.

E que na primeira chance que aparece corre para o quarto e chora, é difícil fingir ser uma coisa que não é, e não conseguir demostrar o que sente é muito pior.

Nunca contei nada a ninguém porque não quero que se preocupem comigo, então pra todo caso um " Tudo bem" resolve tudo, só que não.

Passei a me sentir vazia desde os meus 7 anos de idade, depois que aquilo aconteceu eu não consegui mais ser uma criança normal.

Minhas noites de sonos eram conturbadas, as vezes acordava em meio a gritos e choros desesperados, minha mãe não sabia como me ajudar, eu via como ela se esforçava.

Muitas vezes passava as noites em claro vigiando meu sono, até mesmo deixava de trabalhar para ficar comigo.

Vivian nunca viu nenhuma das minhas crises, e eu tentava ao máximo esconder, ela era meu porto seguro, me protegia de tudo.

Ela só não podia me proteger de um mal que vinha de dentro, para todos eu fui uma garota normal, mas eu não era, e quando Vivian veio embora para o Rio eu me desesperei, eu tinha perdido meu porto seguro.

Mas como uma guardiã celestial ela adivinhou meus medo, e tempo depois me buscou para morar com ela, foi o dia mais feliz de minha vida.

Pensei que saindo daquele lugar eu esqueceria aquele inferno, mas não foi o que aconteceu, foi ficando pior e pior, até chegar no estado emocional frágil e fodido de agora.

__ Bom dia Sr. Natan! - digo com um sorriso superficial no rosto ao terminar de por a jarra de suco a mesa e o encontrar encostado na porta, estava com os cabelos todo desgrenhado e uma cara de sono.

__ Bom dia Cátia! De pé já tão sedo? - ele diz com um sorriso de lado, passa as mãos no rosto e depois nos cabelos, sem consegui me controlar desço o olhar por seu corpo, o mesmo trajava uma calsa moletom preta com uma caveira branca estampada na coxa esquerda, o moletom pendia e sua cintura deixando seu 'V' perfeito amostra, ele também estava sem camisa.

__ É que hoje é minha folga... - digo engolindo em seco e voltando a atenção pra jarra de suco, mal sabe ele que estou acordada desde as 4:30 da madrugada- ... aí eu aproveitei pra fazer tudo mais sedo!

__ Hum! Vou sentir sua falta rsrs... esse apartamento já nem tem graça quando você sai... - ele diz se espreguiçando, já eu coro igual uma pimenta, sei que ele está sendo somente educado, mas eu não consigo impedir minhas reações, afinal de contas o que um homem lindo desses ia querer comigo.

__ Que nada senhor Natan... aposto meu salário que o Sr. Vai sair e se divertir muito! - digo servindo um pouco de café pra ele, o mesmo da uma risada nasal e se senta na mesa.

__ Está redondamente enganada senhorita Cátia... hoje passarei o dia com minha linda mamãe... - arqueio as sombrancelhas para o sorriso presunçoso dele, e logo em seguida dou uma risada contida.

__ Parece que perdi meu salário desse mês... - digo me afastando e indo até a pia, começo a lavar as poucas louças que estavam sujas.

__ Mas... como eu sou um patrão bonzinho vou relevar... você irá receber seu salário... - rio com gosto e olho pra ele por cima do ombro - que... Eu sou uma pessoa muito amigável e legal...

Tudo culpa sua : Triologia Faxineiras [LIVRO UM](REESCREVENDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora