Noah Urrea narrando.
— Não se esqueçam do trabalho na próxima semana. — lembro meus alunos, que parecem eufóricos esperando o sinal bater. — Ele valerá um ponto para a prova, e sei que a maioria de vocês precisa desse ponto.
Digo e meu olhar para em Teddy, que parece perceber e engolir em seco.
O sinal informando que a aula acabara toca e os alunos levantam-se pegando suas mochilas e correndo para fora enquanto acenam e se despedem de mim. Teddy pega sua mochila e espera todos saírem da sala para falar comigo.
— Tudo bem? — olho-o mexer suas mãos nervosamente.
— Eu só queria saber se você ainda irá me ajudar com a matéria. — murmura envergonhado. Teddy sempre fora um garoto inteligente, eu sabia disso, ele simplesmente era preguiçoso em certas matérias, e isso o prejudicava.
— Mas é claro! — confirmo. — O time exige boas notas, você sabe disso.
— Eu sei! — confirma. — Mas agora que minha irmã voltou...
— Sua irmã não interfere em nada, Teddy. — suspiro. — Minha única preocupação é você. — ele assente, mas sei que ainda tem algo a dizer.
— Pode falar o que você está pensando, garoto. Você sabe que estou aqui para te ajudar.
— Eu encontrei minha irmã olhando para uma foto onde tinha vocês dois. — murmura. Engulo em seco tentando não deixar meus sentimentos transparecerem.
— Olha, Teddy. — respiro fundo. — Eu e sua irmã nos conhecemos há muito tempo, foi apenas isso. — digo mais a mim mesmo do que a ele. — Não se preocupe com isso, tudo bem?
Ele sorriu. — Obrigado, professor.
Dou um tapa de leve nas costas dele. — Sem problemas! Vá com cuidado.— Irei! — caminha em direção a porta e desaparece sob meus olhos.
Logo após arrumar meu material de trabalho, jogo minhas pastas dentro do carro e sigo em direção à casa, mas não antes de parar em meus pais. Não importa quanto tempo passe ou o que aconteça, algo em mim sempre se sente seguro ao estar com eles. A sensação de aconchego é absurdamente grande, e eu só espero que minha preciosa filha se sinta do mesmo modo em relação a mim e Joalin.
— Querido! — minha mãe me recebe com um enorme sorriso assim que atravesso a cozinha.
— Hey, mãe! — abraço-a forte. Há menos de uma semana eu estive aqui, mas não consigo deixar de sentir falta de casa em alguns momentos. — Tudo bem por aqui?
— Tudo ótimo! — sorri largo. — Acabei de colocar seu bolo favorito no forno.
— Hm, dona Wendy. — passo a língua sobre os lábios. — Você está tentando me matar, só pode!
— Longe disso, querido! — ri. — Como estão as coisas? E onde está Joalin?
— Está tudo bem. — sorrio fraco. — Eu a deixei hoje de manhã em uma cliente, mais tarde irei buscá-la.
Eu adorava o fato de que mesmo com a gravidez já avançada, Joalin fazia questão de manter seu trabalho ativo. Tentei convencê-la durante algum tempo a dar uma pausa para a saúde dela e do bebê, mas como seu trabalho não exigia esforço físico, o médico acabou revelando que não haveria mal algum. Eu, claro, fiquei à espreita nos primeiros meses para ver se realmente não afetava Joalin. Porém, ela continuava com seu sorriso no rosto e a cada consulta, nossa bebê parecia crescer cada vez mais e tornar-se saudável.
— Estou fazendo um casaquinho de crochê para minha neta. — minha mãe sorri orgulhosa e me leva para a sala. — E seu pai comprou uma roupinha para ela que diz “vovô babão”.
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Cacos Quebrados
Romance"Quando tínhamos oito anos, você prometeu que no momento certo, se casaria comigo. Aos treze anos, demos o nosso primeiro beijo, e foi a melhor sensação do mundo. Com dezesseis anos, eu disse que te amava, e você respondeu que me amava também. Fomos...