Capítulo 16

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Joalin Loukamaa narrando.

É realmente oficial. Eu serei uma mulher divorciada em pouco tempo. Não sei se isso realmente me incomoda, o fato de ser uma mãe solteira.

É claro que Noah será um pai presente e eu não tenho dúvidas de que ele sempre estará lá por mim e Noalin caso precisarmos de qualquer coisa. Isso me alivia, porque eu não tenho muitas pessoas no mundo para me amparar.
O que me incomoda é o fato de que eu não devia ter forçado algo que não era para acontecer.

Mas como convencer uma garota apaixonada, que achava que nunca teria uma chance com o garoto dos seus sonhos, a desistir dele? Eu sonhava com Noah desde pequena, quando me mudei com o meu pai para essa cidade.

Ele era atencioso, gentil e não me tratava diferente de ninguém. Eu sabia que ele e Sina eram apaixonados um pelo outro, então me mantive afastada o suficiente para jamais interferir entre eles.

Não importa o quanto eu o amasse, eu não fui criada para prejudicar qualquer pessoa.

Meu pai me ensinou que a coisa mais preciosa que uma pessoa poderia carregar são seus princípios. Me lembro de sentar para jantar com ele no sofá, porque a pequena casa que tínhamos não era tinha espaço o suficiente para uma mesa, e como ele me contava como fora seu dia no trabalho, e eu contava o meu na escola.

Nós não tínhamos muito, mas ter um ao outro era o suficiente. Quando ele morreu, eu fiz uma promessa de que onde ele estivesse, o faria se orgulhar de mim. Eu não era a menina mais inteligente do mundo, então passava os momentos que eu tinha livre na biblioteca da escola, estudando o máximo que eu podia. Consegui entrar na faculdade com minhas notas e batalhei para ter aquilo que eu sei que ele queria para mim.

Quando eu olho para Noalin em meus braços, um nó se forma em minha garganta tentando evitar as lágrimas. Ela nunca terá a chance de conhecê-lo. Saber como ele foi incrível e como fez tudo o que podia para me criar, mesmo após a morte da minha. Ele nunca contaria a ela as histórias que me contou e isso parte o meu coração, porque ele merecia viver. Ele merecia a chance de me ver crescer, ver quem me tornei e participar da minha vida, assim como da vida da sua neta.

Eu me sinto triste porque não sei se algum dia terei o que Noah e Sina possuem. Alguém que irá me amar desesperadamente, que perderá o ar ao me olhar ou fazer o impossível para estar comigo. E tenho medo de nunca conhecer esse tipo de amor, porque eu vi meu pai o ter com minha mãe, mesmo por pouco tempo, e seus olhos sempre brilhavam ao falar sobre isso. Não importa o quanto Noah tenha me amado, não foi da maneira certa, e eu jamais o culparia por algo assim, porque o amor não é algo que podemos exigir, ele precisa ser espontâneo e da maneira mais bonita possível.

— Eu amo tanto você! — sussurro para Noalin, que me encara com seus pequenos olhos. Com o dedo indicador, passeio meu dedo por sua testa. — Você é tudo o que sempre importará. — digo.

Meu amor por ela é inexplicável. Tudo o que eu faço agora parece ser para ela.

Eu seria grata a Noah para sempre por me dá-la, porque eu podia ter perdido todos que eu já amei, mas ela era o motivo que me faria seguir em frente.

Então eu decido que não há tempo para sofrer por algo que não estava no meu controle, decido que tudo o que eu farei é me manter firme e continuar minha vida da maneira mais incrível que eu puder.

— Com licença, mamãe! — o médico entra.

É a primeira vez que o vejo depois que Noah foi atrás da sua felicidade. Eu não sei bem o porquê, mas ele me causa sensações estranhas demais.

— Como vai as minhas duas pacientes mais bonitas?

— Muito bem. — murmuro envergonhada por seu elogio.

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