Capítulo 2

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"Sina ,

Eu espero que você realmente esteja bem. Eu enviei tantas cartas e mensagens, mas você parece me ignorar. Foi algo que eu fiz ou disse? Por favor, me dê apenas um sinal de que não se esqueceu de mim. Você se sente incomodada comigo? Não sei quantas cartas enviei, já foram duas por dia nos últimos oito meses. Se você não quer mais nada comigo, eu entendo, mas por favor, não precisa agir como se fossemos estranhos."

Noah Urrea narrando - Aos 13 anos.

- Por que você está irritada? - tento acompanhar os passos de Sina , mas ela é mais rápida enquanto caminha com seus livros na mão. As pessoas continuam andando pelo corredor sem se importar com qualquer coisa ao seu redor. - O que eu fiz, Si?

- Não me chame de Si! - grita.

Quase esbarro nela quando para de repente.

- Por que não vai dar apelidos carinhosos para sua nova amiguinha?

Ergo a sobrancelha. Ela estava se referindo à nova aluna que chegou na sala?

- Eu só estava sendo educado, Si. - explico. Não sei o porquê devo alguma explicação, mas sinto a necessidade de fazer. - Ela não conhece ninguém e estava perdida.

- Posso ver! - sorri. Mas não é o seu sorriso normal. É um sorriso irônico. - Já pode arranjar um emprego como guia escolar, hm?

- O que? - digo confuso. Penso por um instante em sua reação e um sorriso surge em meu rosto, enquanto um pensando me atinge. - Você está com ciúmes, Sina ?

- Ciúmes? - gargalha. - Você acha que eu ficaria com ciúmes de você com aquela garota? Só porque o cabelo dela é bonito? Ou porquê ela uma mochila de rodinhas? Oh! Ou quem sabe pelo modo que ela ficava sorrindo para você?

Ainda com um sorriso no rosto, cruzo os braços vendo-a confessar de certa maneira seu ciúme. E não me incomodo por estar feliz, pois como ela, algumas vezes, eu não posso evitar sentir o mesmo.

- Você fica tão fofa com ciúmes! - digo. - Suas bochechas ficam rosadas, e dá uma imensa vontade de apertar!

- Noah! - bato o pé ficando vermelha. Gargalho abraçando-a de lado.

- Você sempre vai ser a minha garota favorita. - admito. Porque é a verdade, não importa quantas meninas eu conheço ou ainda irei conhecer, Sina sempre será a minha favorita.

- Marquei de tomar sorvete com a Savannah. - se afasta tímida depois de escutar o que eu falei. - Falo com você depois.

Assinto vendo-a se afastar rapidamente. Sorrio caminhando rumo ao meu armário.

[...]

- Noah! - minha mãe grita enquanto pauso o jogo do Super Mário. Me levanto da cama e corro até as escadas. - Sina está aqui! Vou pedir para ela subir.

Surpreso por não saber que ela viria hoje, corro para o meu quarto pegando minhas meias sujas em cima da cama e colocando-as embaixo dela. A roupa dobrada em cima do armário me lembra que esqueci de guardá-las quando minha mãe mandou, então apenas jogo tudo dentro do guarda-roupa.

- Noah? - Sina entra no quarto. - Eu sei que você estava tentando limpar o seu quarto, você não me engana!

- Eu não estava não! - minto sentando-me. - Por que está aqui?

- Você não queria que eu viesse? - seu olhar agora está triste. Me arrependo de ter parecido rude. Odeio quando pareço ser grosso com ela quando isso é a última coisa que eu pretendo.

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