Sina Deinert narrando.
Parecia surreal os acontecimentos das últimas horas. Em um momento, eu estava fazendo as pazes com Teddy e tendo um momento de irmãos e no outro, eu estava com o telefone nas mãos com Joalin perguntando se Noah ainda estava na minha casa e se eu poderia chamá-lo.
Ela parecia aflita demais, antes de questionar o porquê ela achava que Noah estaria ali, perguntei se estava tudo bem.
Tudo o que me lembro é que no momento seguinte Joalin estava gritando de dor, então pensando o mais rápido que eu pude, liguei para a emergência enquanto dirigia para a sua casa. Eu teria chamado Noah, mas eu obviamente não sabia o seu número, e se ele não estava atendendo ela, com certeza não me atenderia também.
O caminho até a casa de Noah e Joalin era pequeno, cheguei enquanto ela era colocada na ambulância e decidi acompanhá-la.
Por que eu resolvi acompanhá-la? É o que estou me perguntando nesse exato momento enquanto espero na sala de espera.Eu realmente estava ajudando a mulher que possuía absolutamente tudo o que eu mais queria? Sim, eu realmente estava. Tudo o que eu conseguia pensar é na sensação horrível de perder um bebê, e mesmo que eu não fosse a pessoa que mais admirava Joalin, eu não desejaria isso para ela. Eu não poderia viver sabendo que eu poderia fazer alguma coisa para ajudar e simplesmente ignorei porque preferi agi infantilmente.
Noah não merecia perder seu bebê também. Noalin Sua pequena garotinha merecia a chance de vir ao mundo. E imaginar que ela seria meia-irmã do meu bebê me traz algo que não sei identificar. Dor talvez, pelo fato de que nunca terão uma chance de conviver.
— Sina! — Noah surge veloz. Ele caminha em minha direção apressado, como se sua vida dependesse disso.
— Noah... — sussurro com o coração partido ao ver o estado que ele se encontra.
Sou surpreendida quando a primeira coisa que ele faz é me abraçar forte. Em qualquer outra situação, eu teria saltado de alegria, mas sei que é porque ele está sensível.
— Alguma notícia de Joalin? — pergunta ao se afastar. — E Noalin? Como elas estão?
— Eu não sei, eles não podem dar nenhuma informação para quem não é da família. — explico envergonhada.
Ele assente como se entendesse e vai em direção ao balcão de informações. Volto a me sentar observando-o de longe.
Ele é tão lindo. Até mesmo quando parece todo desgrenhado. Me sinto estúpida por ter esses pensamentos enquanto ele está sofrendo por sua mulher e filha.
— Ela disse que o médico vai aparecer logo para dar notícias. — suspira, se sentando ao meu lado e abaixando a cabeça enquanto passa as mãos pelo cabelo.
— Eu juro que não lembrei que meu celular estava no silencioso. — lamenta. — Droga!
— A culpa não foi sua. — murmuro tentando acalmá-lo. — Poderia ter acontecido com você lá ou não. — explico.
— Mas se eu estivesse lá, poderia ter a ajudado — resmunga. — Que marido de merda eu sou!
— Não, não é! — digo engolindo um seco. Não posso falar mais nada porque estou magoada. Não com ele, eu acho. Mas com o fato de me lembrar mesmo sem querer, que é marido dela.
Ficamos em um silêncio constrangedor pelos próximos minutos. Eu quero poder falar alguma coisa, mas sei que tudo o que sairá da minha boca é o quanto o amo e como quero saber tudo o que se passa em sua cabeça.
— Obrigado, Sina . — Noah sussurra. Eu viro o meu rosto para encará-lo e ele decide fazer o mesmo. Por um momento, me perco em seus olhos. — Obrigado por ter ajudado ela.
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Cacos Quebrados
Romance"Quando tínhamos oito anos, você prometeu que no momento certo, se casaria comigo. Aos treze anos, demos o nosso primeiro beijo, e foi a melhor sensação do mundo. Com dezesseis anos, eu disse que te amava, e você respondeu que me amava também. Fomos...