A expressão no rosto de Wheein era a mais controversa possível, seus lábios tremeram a cada palavra que sua melhor amiga desferia com certeza e convicção do que estava fazendo, mesmo que a pequena tivesse suas dúvidas sobre aquilo. Via Yongsun não como uma garota ingênua, mas sim como uma mulher ingênua. Sabia que se fosse longe demais com seus "compromissos noturnos" podia acabar se machucando física, psicologicamente uma vez que não sabiam com quem estavam de fato lidando; andar nas sombras era extremante fácil quando lhe convinha mas ao contrário daquilo, ser transparente era algo para poucos. Todos esses pensamentos mudos foram colocados em cheque assim que pensou que a empresária também andava em sombras, mas até estás eram muito bem escondidas por todo o balançar de interpretação da mais velha na sala. Poderia esconder uma arma em sua garganta com a facilidade e dissimulação de uma assassina e lhe abraçar com a força de um amor de toda a vida, tinha aprendido no mundo do entretenimento do lodo mais difícil que segurar as emoções algumas vezes era muito útil. Algo que dentro da famosa e gloriosa Fetish, não era muito seguido pela mesma. Respirou fundo cruzando suas pernas depois de sentar em seu sofá confortavelmente para preparar sua fala com alguma antecipação e limpeza mental.
Solar tinha saído da Fetish e ido diretamente ao apartamento de Wheein, não costumava atrapalhar o grandioso ritual de banho de seu único e mimado filho Ggomo, mas estava fumaçando de adrenalina e quando a pequena abriu a porta mais pareceu que o ratinho da Coréia tinha tomado algum tipo de droga sintética de todas as cores, mas assim que adentrou a sala após retirar os tênis vira a euforia e porquê dela. Yongsun largou sua bolsa na mesa de centro e apertava forte sua única chance de descobrir finalmente quem caminhava boa parte de seu dia em sua mente, não era capaz de tirar sua concentração pois sei foco estava no novo ritmo da Solarsido, mas daqui a alguns dias se continuasse com essa pequena fixação, poderia logo logo personificar seu fetiche em alguém.
Pensou enquanto via o o número no papel que escreveu quando chegara ao prédio para que não esquecesse. Sessenta e seis. Nunca gostou de números pares, mas aquele tinha uma importância significativa. Seu prazer e pequeno trunfo estavam envolvidos. Alargou os lábios já sem maquiagem e virou-se para Wheein já no sofá com as pernas se movimentando por todo o lugar; seguiu até a cozinha indo buscar uma xícara de água quente, iria fazer um chá mas esqueceu-se aonde ficavam os sachês, se é que existiam na vida da assistente.
— Eu tenho certeza disso, puppy. — Ggomo observava tudo deitado ao lado da dona que ainda estava mista em emoções, ao menos para Solar que sentou em um dos braços do sofá tamborilando as unhas na porcelana firme e begue da xícara. — Ela foi lá pra me ver, pra debochar da minha cara porque sabe que alguém estava lá. Observando-a com suas companhias.
Deixou um meio sorriso alcançar seu rosto logo quando o conteúdo quente tocou seus lábios. Começou a pensar em sua próxima jogada, agora que tinha o mais importante em suas mãos iria começar a se divertir como podia já que sua garota mistério iniciou-o com certa pressa e lhe deixou realmente zangada pela rapidez com que deixou a sala. Como poderia não terminar algo que ela mesma começou por conta própria? Era no mínimo estranho, até porque não era de fato o ato, talvez um recado que se estivesse correta tinha entendido muito bem. Agora sabia como tudo funcionava e este fato, deixava tudo mais interessante.
— Mas é claro que ela sabia, Sun. Todas as pessoas que vão ali, que sobem aquele elevador sabem aonde estão indo e no que estão se metendo. Você mesma me disse isso uma vez. — Wheein estava sendo o mais sincera possível como sempre era, havia entrado na boate panelas duas vezes em toda sua vida e mal conseguiu ficar até o final. Entendeu minimamente como funcionava pra que pudesse apoiar com mais segurança a amiga. — Porque dessa vez, apenas com uma pessoa foi diferente?
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Fetiche
ФанфикQuando a dona de uma das mais conceituadas revistas da Coréia, volta a praticar seu antigo hobby: voyeurismo. O quão patético seria apaixonar-se por uma da pessoas que passava por sua cabine todas as noites, mesmo que não pudesse ver seu rosto? Até...