Fetiche

Resultado

O rosto do homem se tornou a personificação da fúria que os antigos gregos temiam como castigos dos deuses que recairia na terra. Suas mãos envolvidas por pulseiras de alta joalheria banhadas a ouro e chamuscadas de pequenas pedras em todas a borda e no feicho, brilhavam num conjunto muito bem escolhido com os anéis juntos entrepassados uns aos outros pela posição fechada e unida em que suas mãos se encontravam; ao alongar o olhar sua mandíbula travada por seus dentes apertados doendo pela sensibilidade fresca de sua gengiva,fazia a linha V aparecer perfeitamente.

A reação inesperada de inconformismo e raiva veio como um soco em seu amado e bem cuidado rosto e ainda não satisfeito com os sentimentos negativos que carregava, sua memória fez questão de leva-lo até aquele prédio, naquela sala patética em que se dispôs a ter como um de seus bem sucedidos negócios para simplesmente remoer a imagem de Kim Yongsun humilha-lo, joga-lo fora como se todos os seus esforço para subir o valor de suas ações da revista fossem um mero trocado que se tem na carteira para emergências.

Se isto acontecera com a situação financeira da mulher, era por sua causa. Por causa de seus trinta canais de rádio, por suas redes de stream que acolheram-na como MC, que apoiaram tê-la como rosto e como figura mais importante em cada uma dela. Vendo a mulher sorrindo enquanto ministrava aquela patética seleção de novos funcionários pelo canal no YouTube, soube o quão atordoado estava. Mas não ligava.

Com o impulso necessário e certeiro, levantou-se num bufo de vento arrastando os papéis junto com seu copo de café matinal para fora da mesa, num acesso de raiva descomunal, que descia por sua garganta e anestesiou seu corpo de tal maneira, que não sentira o líquido quente queimar sua palma na mesma agilidade com que arruinou sua sala. Apoiou suas mãos trêmulas no vidro a frente na parte que não foi devastada e abaixou a cabeça, a balançou deixando com que seus fios caíssem em sua testa, desarrumados.

Dong-hae apertou seus dedos uns contra os outros e sem ter nada para apertar além do vidro grudados nas hastes que formavam sua mesa de trabalho, desistiu.

— Eu quero que coloquem os melhores detetives atrás de Kim Yongsun. Eu quero saber todos os passos dela. Aonde vai, com quem vai, o diz e até mesmo o que está usando. — A cada palavra dita, seu corpo relaxava da respiração acelerada e quase descontrolada que tomara a minutos atrás, como se aquilo fosse a solução de todos os problema em sua mente. Caminhou até o secretário, úncia pessoa a presenciar aquela lamentável cena, o segurou pela gola do blazer com um misto de desespero e obsessesão em suas orbes escuras. — Quero que descubra tudo sobre ela, TUDO! Quero Kim Yongsun nas minhas mãos de todas as maneiras possíveis. Eu vou destruí-la assim como fez comigo naquela sala e assim como fez a anos atrás.

O homem manteve-se imóvel vendo a reação do patrão que o soltou lentamente, vendo o que estava fazendo. Não atrasou para estar sozinho novamente.

— Querendo ou não, você vai implorar pela minha ajuda, Solar. Você vai.

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Poderia facilmente se perder com tantas pessoas e tantos botões no painel de andares no elevador, preferiu apenas seguir as instruções de Wheein e dar uma conferida no cardápio mirabolante que estava em destaque no mural do refeitório; o estômago da Moon estava sim roncando, sem Hyejin em casa que preferiu dormir no trabalho (não se sabe como), era difícil se alimentar com a frequência que precisava para pelo menos enganar-se dizendo estar saudável. Ficava apenas mascarando a situação com algumas vitaminas e com o cansaço de algumas corridas em volta do quarteirão que segundo a mesma, lhe esclareçam as idéias além de dar energia para qualquer coisa que viesse ao decorrer do dia. Hoje, não foi muito diferente de seu costume, mas não conseguiu correr estava se sentindo um pouco nervosa de passar um dia inteiro em um lugar desconhecido, com câmeras apontadas em seu rosto além de toda a pressão.