87. Passaram dos limites!

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— ANY GABRIELLY

VANCOUVER — CANADÁ

19:43 | PM


Quem nos encontrou?

— E-eles — Nicholas faz uma pausa, respira fundo e pragueja — Droga!

Ele respira fundo mais uma vez, olha para Wéllyda e fala: — Aqueles filhos da puta nos encontraram, eu cheguei nervosa por que eu os vi no aeroporto, tinha uma menininha...

Ele faz uma pausa e olha pro chão.

— Ela estava do lado de fora igual a mim, então ela veio para o meu lado por algum motivo e só fico ali... em um momento ela olhou para mim e sorriu.

— Uns caras começaram a vir até mim também, obviamente para me pegar... e-eles... caralho!

— Calma Nicholas, fica calmo — Yala o alerta.

O mesmo concorda com a cabeça e torna a falar: — Foram chegando perto de mim e deram um tiro no meio da testa dela, da menina.



O quê?

— Bosta... — ele suspira — A criança tinha uns sete anos, eu me apavorei e sai correndo, roubei o primeiro carro que eu vi e vim para cá, eles seguiram por um tempo mas eu despistei eles.

Sete anos? Só pode estar de brincadeira.



— Meu Deus... — Wéllyda diz e olha para Shivani — Vem, vamos chamar o Josh. Shivani vai para o lado de Wéllyda e as duas sobem as escadas atrás de meu marido.

— Você está bem bem? — Hina pergunta — Não está machucado?

— Não, não — ele diz e lança um sorriso gentil para ela — Eu só estou meio em choque ainda, mas estou bem.

— A mãe dela — Yala começa a dizer — Onde estava a mãe dessa menina?

Yala está seria, assim como Mari, não estam rindo ou fazendo piadas como o de costume.

— Não sei... ela só estava lá, correndo em volta do aeroporto, depois ela veio para perto de mim e aconteceu essa merda toda.

— Você viu quem era? — Bryan pergunta — Conseguiu ver o rosto?

— Não, não consegui — Nicholas vira a cabeça e olha para mim, logo depois seus olhos se arregalam.

— Priscila? — diz em um susurro.

— Não, eu... — começo a dizer mais Dylan e Josh descem as escadas rapidamente.

— Eles estão aqui? — Josh pergunta parando ao meu lado.

Ele quem?



Olho para Bailey, Krystian, Bryan e Lamar, mas julgando pelas suas expressões de dúvida, eles não estão diferentes de mim.

— Na cidade? Sim! Agora... se estão por perto eu não sei, e... é a Priscila?

— Não! — Josh diz rápido e ríspido — O nome dela é Any e ela minha esposa, não essa Priscila.

— Certo... — Nicholas fica me encarando, logo em seguida desvia o olhar.



— Olha... — Heyoon começa a dizer — Eu não sei o que está acontecendo, nem sei se quero, mas pelo visto ninguém aqui está seguro.

Dylan ia começar a dizer algo,mas Josh interrompe e fala: — A invasão será antes, amanhã para ser exato. Carlos está com um aliado muito forte e grande, todo cuidado é pouco, amanhã nós iremos sair daqui e vamos de encontro ao nosso pessoal, então descansem por agora por que amanhã o dia vai ser cheio e depois de amanhã pior ainda. E... a, é um prazer te conhecer Nicholas.



— Prazer conhecer você também — fala simpático.

— Vocês sabem com quem Carlos está? — Taylor que está ao meu lado pergunta.

Dylan e Josh que olhavam para todos nós, desviaram o olhar imediatamente.

— Não. — dizem em uníssono.



Ah! Eles sabem sim.

— Certeza? — pergunto olhando diretamente para Josh.

Seu olhar vacila por um mísero segundo, mas então ele diz: — Sim.



Mentiroso.

— Ok... — murmuro a ele que não me encara.

Nicholas suspira e torna a dizer.

— Descobri umas coisas enquanto vinha para cá — ele diz e pega seu notebook — Sei onde Carlos está e descobri umas coisinhas sobre sua vida pessoal e... vocês diziam que Any era filha de Carlos mas ele é estéril, não pode ter filhos, então não tem como Any ser filha dele.

Uau, passei a vida inteira ao lado de um criminoso e não fazia a mínima ideia. Será que em algum momento da minha vida as pessoas foram verdadeiras comigo?

Fala sério, tudo tem que ser ruim.



— Any — escuto a voz de Josh — Você está bem meu amor?

— Sim — sorrio para ele — Está com fome? — mudo de assunto,não quero mais falar sobre isso — Não comeu nada hoje.

Ele franze o senho, mas concorda: —
S

im — sorri — Estou faminto.



— Então vem — puxo ele pelo braço — Vou fazer comida para você.

E vou com ele até a cozinha.

Estou aliviada de Carlos não ser meu pai, mas ao mesmo tempo triste por saber que minha vida inteira foi uma mentira.

A melhor coisa que posso fazer é ignorar, e fingir que isso nunca aconteceu. Sim, só... ignorar.

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Reta final...

Att. Autora I.S 🍒

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