23. Um tempo

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ANY GABRIELLY

EDMOND — CANADÁ

16 : 38 - PM

— Depois de mais ou menos dois meses da morte de Letícia eu comecei a ficar muito mal — Josh não me olha.

— Comecei a perceber o que tinha acontecido, o que eu tinha feito...

— Mas como sempre Ketherine sempre me falava que ela mereceu e concretizava isso com sexo, sempre que eu tocava no assunto, ela me chamava para transar.

Ele para uns minutos, respira, me encara e volta a falar.

— Era o jeito dela de me manipular, e ela conseguia isso, ela começou a me obrigar a fazer sexo com ela mesmo quando eu não queria, uma vez ela me chamou para ir na balada, me drogou e chamou quatro amigas dela para transarem comigo.

— Eu estava drogado então eu não podia dizer que se eu queria ou não, Taylor e a Savanaah dizem que foi estupro e eu sei que foi, mas não me traumarizou, não senti nada, eu nem lembro na verdade, só sei disso por que os meninos me contaram, foram eles que me encontraram no quarto da balada, então eu particularmente não me importo.

— Isso que ela fez comigo teve consequência em meu corpo, pelo que as amigas delas falaram depois, foram mais ou menos umas dez horas de sexo com as cinco, Ketherine estava junto, como não teve lubrificação na hora do sexo, fiquei com fissuras por todo meu membro, se curou uns quatro meses depois, mas mesmo assim foi estranho para mim, eu sentia dor para caralho depois.

Mas é óbvio que foi! — Penso comigo mesmo, isto é extremamente horrível!
É literalmente a mesma coisa que um estupro, é um estupro.

Como essa mulher tem coragem? Ela não tem senso? Ela não pensa? A situação dessa mulher só piora.

— Enfim — continua Josh — ela continuou me falando coisas extremamente horríveis, claro que eu só percebo isso agora, antes eu achava que ela só queria me proteger — ele faz uma pausa e suspira — eu achava que a amava, mas eu nunca a amei, eu realmente não sei o que aconteceu comigo.

Continuo olhando para ele sem dizer nada, só prestando atenção .

— Ketherine tem uma maneira de manipular as pessoas, ela se mostra uma pessoa completamente amável e dócil no início, mas depois mostra quem é de verdade — diz Josh.

— Ela já me fez querer matar Noah — ele diz com desgosto e eu fico perplexa.

Essa mulher só pode ter algum problema, deve ser psicopata, isto não é normal. Não é possível alguém ser tão ruim assim.

Quer dizer, é sim possível, ela é tudo e mais um pouco.

— Ela me disse que ele tentou ir para cama com ela — diz fitando a parede — como de costume acreditei, no dia em que ela me falou isso fui com tudo para cima dele, eu ia matar ele, ia mesmo, mas os meninos chegaram e não deixaram.

— Agora — me olha — eu sei o que realmente aconteceu, ela, foi ela que tentou ir para cama com ele, mas  Noah nunca se deixou levar por ninguém, ele sempre preferiu escutar as pessoas mais próximas dele, diferente de mim, e também...ele a odiava, ele a desprezava, ele sempre tentou me avisar quem ela era, mas eu sempre dizia que ele estava errado e que era paranóia da cabeça dele.

Ele suspira.

— Quando tentei matar Noah, toda minha família parou de falar comigo, eles haviam me dito que só iriam voltar a me acolher e estar ao meu lado quando eu a deixasse, quando eu descobrisse quem ela realmente é.

Ele me encara — Katherine descobriu isso, ela descobriu que queriam que eu me afastasse dela, então ela me disse que eles também mereciam morrer, que eles só queriam o meu mal e que na primeira oportunidade de me derrubar e me humilhar isso aconteceria.

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