Amores imposiveis

amores imposiveis cap 24

Gustavo Narrando:

Sai do quarto dela e encostei a porta. O que será que estava acontecendo comigo ? Eu... eu nunca fiz nada dessas coisas por uma garota. Eu sei, quero provar pra ela que sou uma pessoa melhor, mas porque será que eu me importo tanto com isso ?  Porque eu gostei tanto de cuidar dela daquele jeito ?  Eu não sei o que estava acontecendo, mas aquilo estava me deixando doido, confuso.

Balancei a cabeça tentando afastar esses pensamento e desci. A tia Jô estava me esperando na sala, sentada no sofá.  Sentei ao lado dela e a abracei.

- Joana: Oh meu amor, que saudades que eu estava de você – sorriu–

- Gustavo: Eu também tava tia – meus olhos encheram de lagrimas – Sofri tanto quando ela... quando ela se foi – solucei, deixando as lágrimas correrem pelo meu rosto –

Eu ainda não havia me permitido chorar, desde a morte da minha mãe. Eu entrei em choque, simplesmente não saia lagrima nenhuma, nada. E começou aquela loucura com o Sérgio, só tive tempo para processar a raiva que eu sinto dele, só isso. E agora, que eu estava ali, com a Tia Jô, a melhor pessoa que eu já conheci na minha vida, eu só encostei a cabeça em seu colo e chorei, chorei até não consegui mais, solucei, e ela me abraçou, me deu conforto.

- Joana: Meu amor, s

ei o quanto foi difícil, mas agora... agora você tá aqui, comigo. Nunca vou substituir o lugar da Iasmin, mas vou estar aqui, sempre, pra te proteger e ficar contigo, tudo bem?

Enxuguei as minhas lágrimas, respirei fundo e agradeci. Começamos a conversar sobre como foram esses últimos 5 anos. Até sorri um pouco, ainda bem. E então, lembrei que tinha que ver a Gabi denovo

- Gustavo: Tia, preciso ir ver a Gabi – olhando pra ela – Ela se machucou feio, prometi que ia voltar lá e ver ela – sorri –

- Joana: Tô gostando de ver – sorriu também – Espero que isso continue, que vocês construam uma amizade forte e que a gente consiga viver feliz.

Amizade... essa palavra me entristeceu um pouco, não sei porque. Mas deixei passar, pode ser só coisa da minha cabeça –sorri pra mim mesmo –

- Gustavo: Tudo bem tia, vou lá. Boa noite.

- Joana: Boa noite meu amor.

Então, eu subi pro quarto da Gabi e bati na porta duas vezes. Fui entrando devagar e quando abri, lá estava ela, deitada na cama com uma camisa bem grande, chegando até o meio da coxa, com mangas compridas, toda linda, pronta pra dormir. Lendo o livro A Esperança, da Trilogia de Jogos Vorazes...