Capítulo IV: Ered Edrus.

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Jewel of The Ocean, composição do grande Peter Gundry é o tema sonoro do personagem Peity.

PEITY

Ano 693 A.P.P ( Antes das Posses dos Poderes)

Ano 897 da Idade da Estação em Branco.

Mês Eglevov, o sexto.

Manhã de Sefís, o quarto dia da novena.

Despertou de seu sono ao escutar mais de trinta homens pesados prosseguindo em uma marcha na estrada, estavam silenciosos em voz, mas barulhentos em presença. Peity se levantou com sua mão já sobre o cabo de sua espada que estava ao seu lado. Teria se deixado levar pela correnteza do sono durante toda a levada das horas de luz e da noite, se aquele batalhão não tivesse rasgado o silêncio das margens da estrada. Como pensado, era apenas soldados de Ered Edrus em suas constantes vigílias territoriais.

Se prontificou atrás da árvore qual furtou sombra para descansar e a usaria de banheiro enquanto assistia os soldados passarem. Se apoiou em uma mão na árvore enquanto o alívio se tornou um acréscimo ao momento. Observou os soldados cortarem o caminho, vestidos em suas cotas de aço brilhantes e no manto do azul marinho dos Edrusianos. Cavaleiros passaram primeiro e depois soldados a pé e por último carroças que transportavam feridos, e uma jaula.

Jaula essa qual prendia um garoto de estatura menor que o comum e uma garota que escondia seu rosto entre as pernas.

"Pelos temores da noite alongada, o que você fez agora Ifir ?" Se apressou com sua necessidade e se pôs a caminhar na estrada seguindo-os, entre caminhar manco e pensamento temeroso.

"Ei Peity, venha cá!" Gritou Ifir de dentro da Jaula. Um Soldado bateu com a ponta de sua lança na barra de ferro, afastando e intimidando o pequeno que estava erguido e próximo das barras.

"Cale a boca, duende" Comandou o soldado olhando para trás. O homem avistou Peity na estrada e clamou com um grito para todos pararem, se formaram em uma muralha de escudos em sua direção e uma voz surgiu por trás das placas de cobre, cobrindo a estrada de tensão.

" Você está com eles? " gritou, abafando a voz de Ifir se defendendo de ter sido chamado de duende.

" São conhecidos meus, mas eu não estava com eles." Afirmou Peity

" Se dê mais um passo será levado para o julgamento do rei." Peity evitou de se mover, foi cauteloso em retroceder um passo e abrir os passos sinalizando rendição prontificada.

" O que eles fizeram ?" , ele questionou, varrendo os soldados com seu olhar de águia marinha.

" Vá embora rapaz e não volte a caminhar sobre nossos passos. Espero que tenha entendido." Um cavaleiro trotou com seu cavalo até a muralha de escudos e o encarou. " Prossigam homens." Disse o líder do batalhão. Peity avistou três homens carregando o machado que virá a guarda-passos de Ifir transportando mais cedo, era uma bela arma, difícil de se esquecer, e os homens estavam com dificuldade em carregá-la.

" Estamos sendo acusados de matar a princesa, mas não matamos ninguém... Bem, não a princesa." Gritou Ifir que levou uma estocada na cabeça e caiu desmaiado.

- Você fala demais Ifir, fala demais. - Pensou Peity. Deixaria que os homens o levasse e prosseguiria atrás deles sem a chance de ser visto, as coisas piorariam se ele também fosse levado. Teria que voltar a Ered Edrus mesmo com pouca chance de ser capaz de ajudá-los, mas queria entender melhor o que Ifir queria dizer sobre assassinar a princesa.

A curiosidade sempre foi uma das suas maiores maldições.

Em pisadas apressadas, ele enfrentou a rota de Ered atrás do batalhão. Caminhou sobre a estrada de terra lamacenta e sobre as colinas de cor de feno, não se deixou ser carregado pela inquietude que germinou em si pela estranheza da situação, continuou sereno. Se apressou quando perdeu o batalhão de vista após eles terem cruzado A passagem Dos Favores, também conhecida como O aberto de Ered Edrus, uma região onde duas fortalezas, mais largas que altas, surgiam em cada lado da estrada. As poderosas construções portavam os estandartes dos herdeiros dos sábios, uma espada longa de prata sendo banhada por ouro, ouro que caia de um jarro negro, erguido por mãos feridas. O ouro escorria pela metade de sua lâmina, sem tomar toda sua extensão, deixando seus meados ainda por serem tomadas pelo líquido valioso. As gotas que escorriam em seu fio, caiam em formas de símbolos desconhecidos a forasteiros, mas amados pelos Edrusianos.

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