16. A Primeira e a Única

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..Me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra...}

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Já sentiu como se você estivesse caindo de um penhasco, mas você não está com medo porque sabe que lá em baixo tem uma cama fofa de algodão esperando para amortecer a queda?

Já sentiu aquele frio da barriga de quando você é adolescente e descobre o primeiro amor e vai para escola somente para ve-lo. E então você descobre que é recíproco?

Aquele frio na barriga de todas as primeiras vezes?

O primeiro olhar.

A primeira vez andando de mãos dadas.

O primeiro abraço.

O primeiro beijo.

A primeira vez.

Todas essas sensações gostosas de primeiras vezes que fazem você se contorcer por dentro e irradiar felicidade de si, Hermione estava sentindo tudo junto nesse exato momento.

Ela ainda estava olhando para o rio parado a baixo de si, as palavras de Draco ainda soavam como veludo em seus ouvidos.

Eu estou apaixonado por você.

Deus ela não sabia como aquilo era bom de ouvir. Hermione piscou algumas vezes e encarou bruscamente Draco. Quando Draco percebeu que ela estava o olhando, ele virou o rosto para fazer o mesmo. Hermione pode ver o proprio reflexo nos olhos de oceano de Draco. Hermione sentia dentro de si, a própria torcida da Grifinoria em dia de jogo, mas por fora ela estava calma como aquele rio congelado em baixo dela.

Então ela sorriu.

Ela não pode deixar de sorrir, era impossível. Diante de Draco e das palavras que ele dissera, era impossível não sorrir e se derreter, e então finalmente adimitir, para ele e para ela mesma, que.

—Eu também – as pupilas de Draco dilataram levemente e seus olhos se abriram um pouco mais – Eu também me apaixonei por você.

Nenhun dos dois soube ao certo quantos minutos se passaram desde que ela assumira seus seus sentimentos para ele.

A vista dela desfocou e Hermione só tinha noção de estar encarando seus olhos azuis, e só voltou a noção da realidade quando sentiu seu corpo ser rodado e suas costas batendo gentilmente contra a madeira de apoio da ponte. Draco parou na frente dela e da forma mais lenta possível, literalmente se arrastando, ele se posicionou entre a perna dela, com  cada perna dele de um lado da coxa direita de Hermione. Gentilmente Draco percorreu com as pontas dos dedos uma linha de cada lado de suas costelas até pararem na curva de sua cintura precionando então as mãos e apertando a carne com força. O corpo de Hermione deu um espasmo, Draco sorriu com o canto dos lábios e abaixou a cabeça para beija-la.

Dessa vez o beijo foi diferente. Das outras duas vezes por mais delicioso e gostoso que fosse, havia no fundo um gosto de incerteza e talvez o medo de cometer um erro.

Desta vez não.

Era como estar no paraiso e beijar nuvens de algodão, não havia porque ter medo pois eles sabiam que a partir desse momento eles se pertenciam.

No momento que Draco abriu a boca para aprofundar o beijo com a língua Hermione cedeu quase de imediato, deixando que ambos desfrutassem do mais doce sentimento. Rapidamente Hermione subiu as mãos pelo peito dele parando atrás dos seu pescoço traçando provocantes movimentos com as unhas, um arfar inconsciente saiu da boca de Draco contra os lábios dela, instantaneamente ela os mordeu de maneira leve e sedutora.

O que foi deixado para trás Onde histórias criam vida. Descubra agora