A flor da pele

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       Ele poderia parar de me olhar com seus olhos penetrantes, ele poderia calar a sua boca falante, ele poderia parar de de cheirar minha nuca sem a mimha permissão. Ele... é meu professor. Não sei como isso começou mas não entendo o porque de Sr.Peterson me tratar de um jeito diferente dos outros alunos, ele não me trata como uma simples aluna, não na frente de todos. Todos os dias antes de mim ir para casa ele me impede e sempre me pergunta como me sinto, se estou bem e se estou cuidando da minha saúde. Diria que ele se preocupa bastante comigo mas não entendo o por que. Sou uma simples aluna que é zuada por pessoas hipócritas que dizem ser melhor que do eu, apenas por causa da popularidade. Teve um dia em que cinco líderes de torcida me bateram depois da escola atrás do ginásio por eu simplesmente não ter feito o dever de casa da maddie, a líder. Só sei que ainda tenho alguns hematomas na barriga pelos fortes chutes que me deram. Se eu odeio elas? É claro que eu odeio! Mais do que tudo.

Sr.Peterson, gosta de me abraçar por trás, gosta de cheirar meu pescoço, gosta do jeito tímido que fico quando ele me intimida. Ele é um homem muito bonito, tem cabelos castanhos claros, olhos verdes, sua boca tem um tom avermelhado e ele é bem alto, diria que tem por volta de uns 1,80 e pra ser mais irresistível ainda seu corpo é bem másculo e forte. 

Me lembro que quando termino os resumos que ele me pede para fazer nas suas aulas sempre que entrego ele morde seu lábio ou dá uma piscada enquanto agradece.

Não vou dizer que não sinto atração por ele pois estaria mentindo, ele é um homem muito atraente e também principalmente é muito inteligente. Mesmo com seus 27 anos ele conhece muito mais de literatura que o antigo professor Piter de 45 anos, e olha que ele era um homem bem centrado em relação a literatura, ele tinha paixão. Sinto sua falta pois era meu professor preferido. Infelizmente ele foi transferido para outra escola. Ele sempre me dava conselhos para que eu não me importasse com a provocação dos outros alunos, além de já ter me ajudado bastante com a depressão.

Saio de meus pensamentos ao ser chamada inúmeras vezes por meu suposto professor gostoso de literatura, Senhor Peterson. 

- Você está bem? Estava tão distraída. - ele me joga um largo sorriso se sentando a uma cadeira ao meu lado. 

- Si...sim. - respondo timidamente. - O senhor está bem? - minha voz saia falha.

- Melhor agora. - ele diz me olhando de soslaio e eu sorrio.

- Então... Eu terminei o resumo. - digo passando a folha até suas mãos.

Ele lia cada palavra com luxúria, e esboçava um sorriso meigo que marcavam as linhas de sua bochecha, como se estivesse se divertindo com as palavras. Eu usava uma linguagem padrão meio coloquial, que davam um deslocamento na oração. Só agora que percebi o quanto ele está bonito hoje, estava com uma camisa social beje e com calça jeans preta justa que dava forma a suas coxas músculosas, seus cabelos estavam levemente bagunçados e seu cheiro amadeirado. Puro luxo aos olhos das garotas atiradas desse colégio.

- Muito bom, como sempre. Obrigado por me ajudar com os resumos, eu não sei o que faria sem você. - ele sorri e eu retribuo. - Você é a minha aluna preferida!

E você é o meu professor preferido.

Agora que me lembrei de que tenho 4 lições de casa para terminar, se não Maddie e suas fantoches me matam. 

- Professor, eu tenho que ir... até mais. - me levanto rapidamente e pego minha bolsa.

Estava prestes a sair mas sinto um puxão brusco em meu braço e acabo por cair em cima do colo de Peterson.

- Ahh... - ele solta um arfar rouco em meu ouvido. - Só um abraço. - diz baixinho no pé da minha orelha.

Ele envolve seus braços me abraçando e pressionando meu corpo sobre seu me fazendo sentir sua ereção se chocar contra minha intimidade, sinto seu nariz roçar em meu pescoço me fazendo sentir um frio correr pela minha espinha, ele estava cheirando minha nuca, como sempre. Pelo jeito ele gosta do meu cheiro. Suas mãos sobem a minha camisa e sinto seus dedos gelidos passarem pela região do tórax até meu até útero me fazendo dar uma leve mechida o que mostrava que eu estava ficando exitada com seus toques. Mesmo sendo totalmente fora do normal e inaceitável para o nosso nível de superioridade era gostoso sentir essa atração forte por ele. Eu desejava seu corpo naquele momento e era um pensamento totalmente errado. Ele dá uma leve chupada em meu pescoço me fazendo soltar um...

- Ahh professor... não... - tentei segurar o gemido e falhei, tentei pedir pra ele parar mas nem ao menos eu conseguia formular as palavras de minha boca.

- Me desculpe Rebecca. - ele diz tenso e separa seus braços de mim.

Me levanto e viro ficando de frente para ele com a cabeça abaixada por estar envergonhada e por ter soltado aquele gemido.

- É... Tudo bem... - sinto minhas bochechas queimarem. Pego minha bolsa novamente que havia caído no chão e saio rapidamente de sua sala o deixando sozinho.

Vou caminhando a passos largos pelo corredor sentindo minha respiração pesar até que sinto o chão gelado e inúmeras risadas pelo corredor. Maddie havia acabado de colocar o pé na minha frente para que eu propositalmente caise. Praticamente a escola toda estava no corredor e as atenções estavam ligadas a mim que estava espatifada sobre o chão. Olho para Maddie que ri enquanto aponta o dedo para mim. Ela é simplesmente uma vadia desgraçada.

Me levanto e pego minha mochila arrumando-a sobre o ombro e saio correndo em direção ao banheiro para lá eu desabafar minhas lágrimas.





(...)




Depois de ter feito o dever das meninas malvadas que não foi fácil pois minha mente só pensava no querido professor gostosão. Eu fiquei pensando bastante se eu não era boa o suficiente para as pessoas, por que as pessoas do colégio me tratam tão mal? O que eu fiz? As pessoas adoram zuar quando alguém é diferente ou excluído de certos grupos sociais. Algo tão patético.

Deitada em minha cama eu reflito sobre a minha vida e pensando se devo aguentar certas coisas por muito tempo. Minha vida não tem sido muito fácil ultimamente, se bem que nunca foi.

Eu moro sozinha e minha mãe mora na Austrália, ela se mudou pra lá a trabalho já que é médica e lhe ofereceram um salário maior. Eu converso com ela por telefone quase todos os dias. 

Meu pai, morreu em um acidente de carro duas semanas antes do meu nascimento. Queria ter conhecido ele, mas o destino não me permitiu.

O professor Peterson é a pessoa que mais conversa comigo, aliás, todos os dias, mas o jeito que ele me trata é diferente de algo como... amigos, chega a ser malicioso. Hoje por exemplo ele ficou exitado comigo e não foi nada normal ele me puxar para sentar no seu colo. Só não sei como vou encarar ele amanhã. 






   "Meu professor preferido..."






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Mr.PetersonOnde histórias criam vida. Descubra agora