Katsuki é o primogênito da família bakugou que a gerações é abençoado pela deusa Hamni.
Todos os parentes de sangue tem o poder de interagir com dragões e draconianos, formando assim um dos mais poderoso reino.
Porém sangue foi derramado, pessoas se...
quem é vivo sempre aparece né mores kshdkahdaja eu vou oficialmente tirar prazos de atualização, vou att quando der é isso vou tentar trazer capitulo o mais rapido possivel mas tá meio dificil e tem essa capa maravilhosa que a fez @binha_indie 💖💖💖 ela é muito amorzinho 🥺😳
enfim vamos ao capitulo kjsdhks n sei se tá tão bom quanto os outros, mas dei o meu melhor
erros não propositais
espero que gostem <3
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Abri os olhos lentamente, ainda aturdido e cansado, a luz do sol não chegava até mim, mas eu ainda podia vê-la tocando a grama. Isso de certa forma me acalmou, não sou prisioneiro novamente, apenas estou deitado na grama, aproveitando a sombra de uma árvore.
O vento passa por mim, balançando a copa da árvore e fazendo pequenas folhinhas caírem sobre o meu rosto. Meu corpo parece estar ainda mais pesado do que o normal, mas sei que as correntes de ferro já não me prendem mais, isso me alivia.
Observei botas de couro ao meu lado, não estavam com o dono, pelo menos não nos pés dele. Tentei levantar, quero fugir, ir para um lugar onde nenhum humano pode me machucar novamente. Porém, antes que eu tentasse, uma mão acariciou minhas escamas, um aviso para eu ficar no lugar.
– Você está muito machucado, não vai conseguir nem dar dois passos – O rapaz avisou, se sentou do meu lado e começou a passar uma pasta esverdeada nos ferimentos que eu nem tinha notado. Grunhi de dor, aquilo parecia queimar de dentro para fora – Calma, se eu não passar isso os cortes vão infecionar.
Tentei me distrair, me rendendo ao cansaço e a dor, sem esperança e nem forças para fugir. Analisei o garoto atentamente, seu cabelo loiro bagunçado, as tatuagens que exibia, me lembravam algo, mas eu não conseguia identificar, as memorias se embaralhando e se perdendo pelo tempo.
Uma garota apareceu alguns minutos depois, usava um vestido longo, cheia de bijuterias, seu cabelo curto preso por uma bandana. O homem ainda me medicava, falando sobre coisas que eu nem fazia questão de ouvir. Quero ir para casa, mas não tenho mais uma, para onde eu poderia ir?
– Ele vai ficar bem?
– Acho que sim, é um dragão forte, não é? – Tinha um sorriso meia boca no rosto, nunca visto antes por mim, era de certa forma encantador. Ele era diferente de todos os humanos que eu já tinha visto, os homens com quem eu vivia não possuíam a mesma gentileza no olhar.
* * *
Permaneci no mesmo lugar, adormecido com uma leveza que não estou acostumado, acordei ao anoitecer. As duas pessoas estavam sentadas em tocos de arvore, uma fogueira assando um grande pedaço de carne, não consegui identificar de que animal era, normalmente só me davam galinhas.
– Ah! Ele acordou – Agora mais perto dela, conseguia ver dois pequenos chifres amarelos de um formato estranho, ela agitava o garoto ao seu lado – Será que ele está com fome? Você está com fome?
– Claro que ele deve estar com fome, está dormindo a três dias! – Me assustei com a sua fala, eu fiquei inconsciente por tanto tempo assim?
– Ainda não nos apresentamos! Meu nome é Ashido Mina, esse do meu lado é o Katsuki, meu rei – Deu uma pausa, parecia esperar que o garoto falasse algo, mas ele apenas cortou um pedaço da carne – Qual o seu nome?
Não sei o que ela esperava, não pode me entender, mesmo assim grunhi meu nome para ela. Mal me lembrava dele, os guardas me chamavam por números ou apelidos maldosos, não se importavam, em um certo momento parei de me importar também.
– Ele não fala...
– O que você esperava? É um dragão – Colocou o pedaço de carne na minha frente, rindo da expressão chateada da Ashido – Dê um nome a ele, acho que não vai se importar.
– Hmm, que tal Riot? É um nome legal.
– De onde você tirou esse nome?
– Não sei, foi a primeira coisa que eu pensei.
Ignorei a conversa dos dois a partir daquilo, me concentrando em me alimentar, fazia tanto tempo que eu não comia algo diferente, era praticamente um banquete aquele pequeno pedaço de carne. Eles voltaram a se sentar, conversando sobre assuntos aleatórios, volte e meia a garota vinha me acariciar ou o loiro trocar meus curativos.
* * *
Os dias se passaram arrastados, como se eu estivesse contra a correnteza do tempo. Mina contava inúmeras histórias para mim, era relaxante ouvi-la, mesmo que os contos se repetissem e eu nunca a respondesse. Katsuki as vezes falava comigo também, mas não era a mesma coisa, ele raramente contava algo sobre si ou suas aventuras, eram sempre papo fiado, conversas vagas demais.
Ainda que andar doesse e que eu tenha desaprendido a voar, estou feliz de estar fora daquele pesadelo, nunca achei que sairia de lá. O loiro, embora quieto e emburrado a maior parte do tempo, tem cuidado muito bem de mim, sem me temer ou me humilhar.
À primeira vista, parecia ser um garoto bruto, insensível e até mesmo um pouco antipático, mas percebi que eu estava engando. Ele sempre era tão atencioso na hora de cuidar dos meus machucados, caçava um animal inteiro para mim e ainda me ajudou a recuperar minhas asas, aos pouco, da sua maneira.
Era nostálgico voltar a voar, sentir o vento bater contra o focinho, as asas se apoiarem no ar para planar. Me senti depois de muito tempo, completamente livre, eu poderia ir para qualquer lugar naquela tarde, mas decidi voltar ao acampamento.
Katsuki me esperava sentado na grama, de olhos fechados, um sorriso tímido no rosto, não sei ao certo quanto tempo passou, mas já estava anoitecendo. Acho que se eu fosse embora, ele teria passado a noite ali, me esperando, isso aqueceu meu coração.
O meu pouso fez a capa dele voar pra longe, chegando até Mina, mesmo assim ele não se moveu, continuou ali até eu me aproximar dele. Abriu os olhos, aqueles mesmos olhos gentis, que combinavam incrivelmente bem com ele.
– Achei que não voltaria.
Bufei em seu rosto, sua risada era gostosa de se ouvir, contagiante. Me encolhi o máximo que pude, o suficiente para eu acomodar minha cabeça em seu colo, seus dedos passeavam incertos sobre as escamas da minha cabeça, sussurrava uma musica baixinho, não consegui decifrar a letra.
Naquele anoitecer, eu finalmente tive a liberdade depois de anos, poderia sumir em qualquer minuto, fugir sem rumo. Mesmo assim, fiquei com o garoto de olhos gentis, pois não me imaginaria em qualquer outro lugar que não fosse ao seu lado.