Katsuki é o primogênito da família bakugou que a gerações é abençoado pela deusa Hamni.
Todos os parentes de sangue tem o poder de interagir com dragões e draconianos, formando assim um dos mais poderoso reino.
Porém sangue foi derramado, pessoas se...
não tenho muito oq falar nesse capitulo Eu tentei expressar como o dragão via mas n sei se deu muito certo jksdhfskd Enfim, a partir daqui as coisas vão se desenrolar
Vou tentar trazer o proximo capitulo o mais rapido possivel, mas não prometo nada pq ando bem ocupadinho
Espero que gostem :>
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Pelo pouco tempo que passei com a bruxa e o garoto aprendi muitas coisas, com Mina por exemplo, aprendi sobre uma variedade de ervas, estas que serviam de poções até remédios. Era incrível as coisas que ela fazia com suas mãos, receitas de uma simples cortina de fumaça, um antidoto, um suplemento, poções de disfarce, tudo parecia ter o toque dela.
Ashido chegou a fazer um xale para mim, Katsuki disse que ficou ridículo, mas eu gostei, ele era vermelho igual a mim. Eu perdia a peça de roupa com facilidade, não preciso dela, estou bem aquecido comigo mesmo e posso suportar temperaturas extremas.
Ainda assim eu levo junto a mim para onde vou, é como se eu conseguisse sentir o carinho sempre comigo. Me lembra de uma que nunca existiu, uma em que eu posso apenas deitar, me cobrir com algo macio e dormir, sem medo de me machucarem de madrugada.
As coisas são bem animadas de dia, eu e Mina ficamos irritando Katsuki, ele fica bravo, mas acho que bem no fundo gosta de nossa companhia, caso o contrário acho que já teria nos matado.
Ele caça muito bem para um humano, em uma velocidade e precisão surpreendente, algumas vezes ele me ensina sobre isso também e sobre como os animais funcionam. É meio assustador, eu acho que ele sabe mais sobre mim do que eu mesmo.
Os dias de viagem não demoraram, pensei que me pediriam para eu carrega-los, mas eles apenas caminharam comigo, por poucas noites. Chegamos em um grande castelo, estava em ruinas, mas uma das torres dele ainda estava inteiro, como se estivesse sendo protegido por um feitiço, talvez seja a Ashido.
Entramos pelos fundos, passando por todas aqueles enormes blocos de pedras destruídos, tinha uma grande porta de ferro chamuscada na entrada. Katsuki pegou uma chave entre os escombros e a abriu, me chamando para eu segui-lo.
Ainda tinha papel de parede intacto, sem nenhum arranhão ou rasgo, as estatuas bege enfeitavam os lados do corredor, junto dos quadros de paisagens na parede. Tudo parecia sofisticado demais para o resto da estrutura estar destruída, como se a realeza morasse ali ainda com seus empregados.
Mina se dividiu de nós em algum momento, eu nem percebi, O loiro entrou em um quarto grande. O lugar quase não tinha mobília, as que tinham estavam quebradas no canto, me pergunto se é só esse quarto que está destruído, ou se todos os outros estão também.
– Era uma das sala de reuniões, se quiser dormir aqui dentro do castelo eu posso arruma-la para você, ser o seu quarto.
Virei a cabeça para encara-lo, ele estava sério, parecia estar tão distante, como se estivesse revendo uma memória. O quarto era um pouco estranho, o papel de parede cor vinho estava descascando, chamuscado pelo mesmo fogo que destruiu o resto. O chão também estava quebrado em algumas partes, a porcelana mostrando a pedra bruta em baixo.
– Eu sei que ele não é o melhor, na verdade está bem destruído, mas é o maior – Ficou me encarando por um tempo, acho que tinha a esperança de eu responde-lo – Se quiser tem outros quartos mais arrumados.
Saiu dali, deixando a porta de madeira aberta, era bem triste para falar a verdade, ver uma construção incrível como aquela completamente destruída. Caminhou pelo corredor, as grandes botas deixavam marcas pelo tapete vermelho, mas ele não pareceu se importar.
Entrou em outro cômodo, o segui pela curiosidade, era outro quarto, um pouco menor, estava bem cuidado. Uma grande cama de casal ficava no canto, com várias mantas decoradas por cima, pareciam ser da ceda mais macia.
Subi na cama e o observei de longe, ele procurava alguma coisa dentro de um armário de madeira já desgastado. Tirou a capa que sempre usava, a dobrou e a guardou, foi a primeira vez que realmente vi suas costas, tinha pequenas cicatrizes ali, todas muito superficiais.
Ele finalmente pareceu perceber que eu estava deitado em sua cama, achei que ficaria bravo, mas ele apenas sorriu e balançou a cabeça. Se sentou na cama ao meu lado, o colchão afundou, ele encarava o guarda roupa, sempre tão distante.
– Porque está na minha cama seu dragãozinho? – Ficou em silencio por um tempo, ele não espera mais uma resposta minha, nem mesmo um rugido – Você quer o meu quarto?
Lambi seu rosto algumas vezes, não vou responde-lo, ainda não. Não quero seu quarto, quero ficar consigo, quero protege-lo enquanto dorme, estou procurando uma forma de retribuir tudo o que fez por mim.
– Não fique me lambendo, você tem um bafo horrível seu dragão bobo.
* **
Mina fica pelos cantos do castelo, as vezes sai para a floresta buscar ingredientes para as suas receitas, eu a acompanho na maioria das vezes. Alguns raros dias nos limpamos tudo no castelo, todos juntos, é divertido, toda aquela espuma amontoada e bolhas brilhantes.
Katsuki faz o trabalho mais bruto, normalmente ele só caça e vai buscar água no rio aqui perto, mas nesses dias ele parece mais um criado do que o selvagem que me salvou. Sinto que eu poderia ficar para sempre junto de si e ainda assim, não ver todas as suas facetas.
Na viagem para o castelo ele parecia mais feliz, falando bobagens e fazendo brincadeiras idiotas as vezes. Agora ele só encara a janela pensativo, tem dias que nem abre a cortina, fica a maior parte do tempo lendo ou escrevendo algo em seus vários livros.
A porta do cômodo revirado está sempre trancada, não sei o porque ele fica tão abalado quando passa por ela, mas isso me entristece. As vezes ele entra em uma outra sala, ela é enorme também, está cheia de livros e quadros, alguns vasos e estatuas de ferro, mas nada realmente chamativo.
Fica longos minutos encarando os retratos, as vezes chora, mas é sempre tão silencioso que eu só percebo pelo tapete molhado. Sussurra frases desconexas, as vezes recita uma cantiga em uma língua que eu não conheço, muito menos sei o que ela significa para ele.
Nesses momentos eu fico ao lado do loiro, sentindo sua mão acariciar as escamas vermelhas do topo da minha cabeça, sem nunca tocar no chifres. Espero o fazer sentir melhor, então depois de alguns minutos ele esfrega o rosto e pede para eu não contar nada para Mina.