Katsuki é o primogênito da família bakugou que a gerações é abençoado pela deusa Hamni.
Todos os parentes de sangue tem o poder de interagir com dragões e draconianos, formando assim um dos mais poderoso reino.
Porém sangue foi derramado, pessoas se...
Demorou mais do que eu esperava, mas continuamos firmes
to começando a soltar os caps lá no tt tbm
vou deixar meu lintree aqui caso alguém queira dar uma olhada
https://linktr.ee/Alec_Kyou
pra ser sincero eu enfiei um monte de fanfic e projeto no meu rabo e agora eu n to sabendo lidarkkkkk
Eu to apressando a reforma do castelo, n sei se deu pra perceber kkkkk talvez eu deveria detalhar mais?? oq vcs acham, precisa de mais narração detalhada do castelo pra vcs mentalizarem ou tá ok assim?? me deem opinião
talvez eu demore pra voltar com essa fic :D
espero que gostem ☆
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Era um pouco estranho ir para um reino tão grande depois de tanto tempo dentro do castelo, quase como se eu estivesse em um sonho estranho. A feira estava bem iluminada e o ar era um pouco mais poluído ali por causa da altitude baixa que o reino se encontrava e pelas diversas fogueiras e maquinários.
Crianças corriam pelas ruas animadas, as vezes comendo doces ou apenas brincando de algum faz de conta. Me lembrei quando eu tinha aquela idade, de quando eu corria pelas estradas de terra segurando minha espada de madeira, sonhando em ser um soldado real.
Não me imagino fazendo outra coisa, mas meu cargo é doloroso, as estações se passaram, eu ainda lembro de todas as perdas em batalhas e por mais que eu tente esquecer, os gritos daquela noite ainda escoam pela minha cabeça, o calor do fogo parece voltar e eu me sinto no inferno.
Kaminari puxa o meu braço por algum motivo, tagarelando animado sobre algo ao longe, ele aponta para uma barraca com diversas bebidas alcoólicas e me pergunta qual eu gosto mais. Fico divagando bastante tempo sobre isso, normalmente eu só bebia a cerveja do bar no subúrbio do reino Endeavor.
A vaga memória me vem à mente, todo o batalhão comemorando uma batalha ou caça no bar, gastando um pouco das moedas de prata que ganhamos com prostitutas e álcool barato de péssima qualidade.
Meu estômago se revira ao pensar que quase todos que brindavam comigo alegres estão mortos e embora eu não tinha um relacionamento mais profundo com eles, meu coração embalça em melancolia.
– Gosto daquele Whisky – Apontei para a garrafa de vidro em uma das prateleiras, a reconheci pelo rotulo, eu bebi com meu avô pela primeira vez e depois comecei a compra-lo quando as coisas ficavam difíceis de se lidar.
– Achei que você iria preferir um vinho.
– E você?
– Eu prefiro cerveja, vou pegar dois barris para a gente.
– Não é muito? Como vamos levar depois?
– Vamos levar tudo até a divisa da cidade em um canto escuro, depois Mina vai usar sua magia para ficar bem mais fácil de levar.
Não falamos mais sobre isso depois disso, o loiro se separou de mim para comprar coisas para a horta e eu fui ajudar a bruxa a escolher algum objeto para o dragão. Acho que ficamos duas horas comprando tudo o que precisávamos e mais um tempo carregando tudo até a divisa. Quando me chamaram para vim ajudar na feira, eu não imaginava que eles me usariam como burro de carga para levantar todo aquele peso.
* * *
Tinha um grande pedaço de carne assada na mesa, o barril estava alocado em um dos balcões da cozinha, quando eu cheguei no cômodo, Neito já estava começando a ficar bêbado e conversava animadamente com o bárbaro que parecia desinteressado, virando o que devia ser a terceira caneca na noite.
Não achei que tinha demorado tanto tempo no banho, mas tinha muitas coisas que não faziam sentido na minha cabeça. Toda aquela devoção e lealdade da parte de todos por aquele homem parecia ser sincera, aquilo me soava errado, quase pecaminoso.
O loiro me chamou com a mão, hesitei antes de me sentar ao seu lado, ele estava bem mais risonho do que antes e parecia extremamente feliz. Kaminari me estendeu uma caneca cheia e eu fiquei internamente agradecido de a bruxa estar usando sua magia no barril para deixar ele gelado.
– É melhor não beberem muito – O "rei" alfinetou encarando especificamente Denki que bufou – Eu não vou limpar o vomito de ninguém amanhã, ouviu Kaminari.
– Porque você pega tanto no meu pé?
– Talvez porque alguém chegou aqui caindo de bêbado – A rosada provocou, rindo quando o garoto jogou sua caneca vazia nela.
– Nunca vão esquecer isso?
– Até Eijirou ficou com pena de você.
O dragão, que até agora eu não havia percebido, guinchou no canto, como se risse também. Por um momento meus olhos se fixaram na cena da besta, em seu menor tamanho, lambendo a cerveja dentro de uma caneca separada só para si.
– O Riot é legal, diferente de vocês – Kaminari resmungou, indo catar sua caneca que estava do outro lado da mesa. Encheu o recipiente de alumínio com mais da bebida amarelada e voltou a se sentar do meu lado.
– É sério que o dragão está tomando cerveja?! – Exclamei e todos me encaram perplexos, como se não houvesse realmente nenhum problema nisso.
– Ele só vai tomar uma caneca – Bakugou quebrou o silêncio, tomando mais um gole de sua cerveja.
– Ele é um dragão.
– Para de ser chato tenente – Monoma me reprendeu, disfarçando seu tom como se tudo fosse uma grande piada – Ele é um animal majestoso, não é feito de vidro.
– Ainda é um animal, ele nem sabe que isso faz mal para a saúde dele – Me levantei indignado, entornei a bebida que estava na minha mão e coloquei a caneca no balcão perto de mim – Vocês são horríveis.
Os encarar me dava nojo, o álcool estava subindo a minha cabeça e a fúria que eu guardei por dias queria sair de uma vez só. Quero chutar, socar, quebrar, arranhar, berrar o mais alto que a minha garganta consegue, mas não faço nada disso.
– Não bastasse todas essas cicatrizes nele, o tratando como um cachorrinho que sabe fazer um só truque. Me diga Bakugou que porra você escreve sobre ele? Quando se cansar dele vai o dissecar para estudar seu dragãozinho por dentro também?
– Como você sabe que eu escrevo sobre ele? – O loiro se levantou rápido, ficou parado no lugar e eu quis que ele viesse na minha direção para eu enfiar meu punho no seu rosto – Você leu?
– Ah não, Kaminari adorou me dizer o quanto você era dedicado o tempo todo em tudo.
Não precisei encarar o garoto para saber que ele me olhava chateado, mas mesmo assim virei em sua direção. O jardineiro estava magoado, virou o rosto envergonhado e eu me senti com mais raiva ainda, então saí daquela cozinha rapidamente. Atravessei o corredor e pátio quase correndo, eu precisava ir para longe dali, talvez um pouco de ar puro me fizesse colocar a cabeça no lugar.
Parei de bater o pé com força quando eu já estava longe o suficiente para não escutar mais nenhum ruído deles, o coração batia acelerado e tudo o que eu via a minha frente era um grande breu. Tudo parecia um grande breu naquele momento e eu quis chorar, chorar porque eu estava frustrado demais com tudo.
Me sentei no chão, a grama fazia cocegas na minha pele, minhas mãos foram para os fio negros, puxei meu cabelo enquanto um soluço escapava da minha garganta. Não sei o que fazer e tudo me parece assustador, assustador demais, até para mim.