Sexta - feira- Cara, eu sei que você aguenta levantar muitos pesos, mas eu acho que já está bom !
Titan diz, quando eu abaixo a barra de cem quilos depois de levanta-la três vezes.
Eu me sento na parte acolchoada do equipamento e bebo em um só gole a água que Titan me oferece.
Hoje era sexta, o que significava que eu teria uma consulta com a minha psicóloga, e eu ainda estava perplexo com o fato de ela ter dito exatamente as coisas que eu de certa forma queria ouvir, mas nunca teria coragem de adimitir.
Eu me sentia, ainda me sinto, um fraco por Jo ter conseguido entrar na minha cabeça e saber o quão mal eu estou, mas, por outro lado, eu me sinto "bem" por ela ter dito que não tem nenhum problema se as coisas não estiverem bem.- A mamãe está muito feliz que você tenha aparecido no almoço de ontem!
Titan me diz casualmente, e eu sei que ele espera que eu dê uma resposta do tipo " sim foi muito bom ficar com ela" ou " É, e eu agora consigo me sentir em casa" mas eu me limito a balançar a cabeça para cima e para baixo, afinal, eu não me sentia confortável em nenhum momento do almoço, e duvido que algum dia irá me sentir.
A verdade era que eu mudei, eu deixei de ser aquele garotinho que adorava almoços e jantares em família, porque a verdade é que eu não me sinto mais em família, mesmo que esteja só eu e minha mãe, eu não me sinto mais tão confortável quanto me sinto ao lado de Titan ou de Cody ou de Zack.
Eu mudei, e sei que minha mãe não consegue ou simplesmente não quer enxergar isso.- Eu vou tomar um banho.
Eu digo para Titan, ao mesmo tempo em que saio da academia do seu prédio e me direciono para o elevaodor.
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- Olá, senhor Hero.
Jo diz, ao mesmo tempo em abre a porta de madeira, permitindo assim que eu entre em seu consultório.
Eu me sento no sofá preto, e Jo vai para a sua poltrona petra acolchoada.- Você parece melhor. Seus olhos não estão mais tristes.
Eu digo, enquanto reparo nas íris azuis brilhantes de Jo, que sorri para mim.
- Eu estou melhor, obrigada.
Jo me diz com um sorriso calmo, e eu concordo com a cabeça, feliz por ela não estar mais triste.
- Mas, e você, teve algum pesadelo essa noite ?
Jo me pergunta, ao mesmo tempo em que abre o caderninho preto brilhante e me observa, enquanto eu me mexo desconfortável no sofá preto.
- Sim. Eu tenho todas as noites.
Eu digo de uma forma seca, e Jo concorda com a cabeça, mas não anota nada em seu caderninho preto brilhante, apenas fica me olhando atentamente com as íris azuis e as lentes do óculos dourados.
Alguns minutos se passam sem que qualquer um de nós diga alguma coisa, e antes que eu possa começar a falar que eu não quero comentar nada sobre os meus pesadelos, Jo começa a dizer:- Hero, eu entendo que esse tipo de coisa seja extremamente difícil para você, mas, como eu já disse, eu estou aqui para te ajudar e não te julgar!
As palavras de Jo me atingem, mas eu não quero falar sobre isso.
Eu confio em Jo, eu já falei com ela sobre coisas que eu nunca, jamais, falaria com alguém, mas a outra parte dos meus pesadelos é algo que eu acho tão repulsivo e extremamente horrendo, que eu não tenho coragem de falar, pelo menos agora.- Eu agradeço, mesmo. Mas, eu não consigo falar sobre isso agora.
Eu digo, e por um momento eu paro de esconder os meus sentimentos, muito embora eu sabia que Jo pode me ver mesmo que eu esteja escondido pelo meu muro.
Josephiene me olha de um jeito extremamente compreensivo, muito embora eu não esperace outra reação dela, e sorri para mim ao mesmo tempo em que diz :
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A Psicóloga
FanfictionHero Faulkner é nada mais nada menos que que um soldado do exército americano, tendo se alistado aos dezenove anos, ele passou seis anos em combate no Afeganistão. Mas, agora que ele e seus irmãos de guerra foram resgatados depois de dias sendo tor...