Capítulo 6

10K 714 181
                                    

Era tudo o que me faltava.
Depois que Hero saiu da minha sala, eu senti que finalmente poderia respiara.
Ele me contou coisas, muitas coisas. Mais do que eu pude imaginar quando ele entrou na minha sala, desespero por algo que eu nem sabia do que tratava, mas ele se abriu comigo, e me contou na medida do possível o que estava acontecendo dentro da sua cabeça. A principeo eu fiquei na dúvida se eu deveria me sentar ou não no sofá ao lado de Hero, mas assim que eu fiz isso ele pareceu se acalmar um pouco mais, e nós tivemos uma sessão dupla de terapia, que me ajudou muito a conhecer mais sobre Hero.
Eu nunca tinha visto um paciente se abrir tanto em tão pouco tempo de terapia, e eu me impressionei muito a facilidade que Hero estava se abrindo comigo. E as covinhas?! Porra, por que ele tinha que ter covinhas ?!
Mesmo que ele estivesse tentando claramente esconder o lado direito do rosto, para que eu não visse a sua cicatriz, eu não poderia negar que ele é um homem muito bonito. Muito bonito e muito gostoso!


- Pacientes! 

Eu digo no ouvido de Inanna, quando  nós giramos e mudamos de lado no palco.
Minha amiga olha para a mesa que está de cara com o palco, e ela parece reconhecer o seu paciente.
Eu e Inanna continuamos cantando e dançando, e por mais que eu não possa adimirir isso, uma parte de mim se sente mais sexy e eufórica com os olhares de Hero sobre mim.
Ele obviamente avalia o meu corpo, e pelos breves segundos em que nossos olhares se cruzam casualmente, eu sinto meu corpo ficar em chamas.
Eu coloco minha mão no ombro de Inanna, e nós continuamos cantando a parte lenta da música. Nós descemos os três degraus localizados na frente do  palco, e assim que a música volta a tocar no ritimo normal, nós fazemos a coreografia no espaço vazio entre o palco e as mesas de frente para o mesmo.
Os olhos de Hero assumem um tom de verde extremamente vivo, e eu posso jurar que ele está quase me despindo com o olhar.
Esse pensamento me inflama ainda mais, porém, eu e Inanna voltamos a subir as escadinhas, de costas já que nós já estamos perfeitamente acostumadas com esse palco, e terminamos a coreografia com uma jogada de cabelo e as mãos na cintura.
Todas as pessoas do bar nos aplaudem, e eu sorrio, feliz por elas terem gostado da minha apresentação e da minha amiga.
Quando eu e Inanna tínhamos vinte anos, nós começamos a cantar em  karaoque, mas, assim que descobrimos esse bar, nós nos tornamos frequentadoras assíduas, e depois de alguns meses, algumas pessoas começaram a vir até aqui só para nos ver cantar, e agora, nós fazemos isso toda sexa-feira a noite. 
As luzes do palco voltam a se apagar, e eu e Inanna decemos pelas escadas laterais.
A medida que nós vamos passando pelas pessoas elas vão nos parabenizando pela apresentação, e eu e Inanna agradecemos, felizes, por todas essas pessoas terem realmente gostado da nossa apresentação. Mas, essa euforia loga passa quando eu e Inanna trocamos olhares significativos quando vemos nossos pacientes nos seguindo com o olhar.



- Josephine, Inanna! Vocês estão muito bonitas lá no palco!

Brian Connor, meu paciente, diz, quando para na minha frente e da minha melhor amigo.
Eu atendia o Brian a quase dois anos, e eu definitivamente não gostava do jeito que ele passou a me olhar quando descobriu que eu canto nesse bar. Era como se ele quisesse me ter do pior e mais sujo jeito que alguém pode querer alguém. É,eu, definitivamente, não suporto o jeito que ele me olha.



- Obrigada senhor Connor! Agora, se nos der licença, eu e minha amiga temos o resto da noite para aproveitar!


Eu digo para o meu paciente, e eu e Inanna saímos de perto do Brian o mais rápido possível.
Eu e Inanna caminhamos na direção do lado direito do bar, para poder pegarmos alguma coisa para beber, e por um breve segundo o meu olhar se encontra novamente com o de Hero, mas eu não olho muito para o mesmo e continuo seguindo em frente. 


- Linda apresentação garotas! Então, o que vocês querem beber ?!



Eduardo, o barmen, perguta, e eu e Inanna pedimos um sexy on the beach.


A Psicóloga Onde histórias criam vida. Descubra agora