Capítulo 23

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Sábado. Uma semanas depois.

- Vou sentir sua falta, cara!

Titan me diz, ao mesmo tempo em que me abraça.
Uma semanas já haviam se passado desde o almoço em família, que resultou no meu padrasto com a cara toda machucada e eu me sentindo um mostro. Mas, para a minha sorte, Jo estava comigo e ela não saiu do meu lado nem por um segundo, a não ser quando nós já estávamos indo embora e ela pediu a receita de biscoitos da minha mãe, já que segundo Jo, eles eram os melhores biscoitos que ela já havia comido e inanna ia ficar de joelhos quando esperimentasse.


- Eu também vou sentir sua falta.


Eu digo, me despendido assim do meu irmão mais velho, que depois de uma  semanas está indo para a Alemanha.
Titan me solta, mas só para abraçar Jo, que está do meu lado e dá um abraço apertado no meu irmão.


- Não se preocupe, eu vou.


Jo diz para Titan, ao mesmo tempo em que eles se soltam e meu irmão vai abraçar novamente minha mãe é irmã.


- É, mais um filho saindo do ninho.

Minha mãe diz em um soluço, ao mesmo tempo em que enchuga as lágrimas que escorrem pelo seu rosto com um lensinho de papel, quando Titan se afasta de nós e vai para o portal de embarque.


- Bom, eu acho que nós já podemos ir. Jo, você vai almoçar conosco, não vai ?


Minha mãe perguta, para a minha namorada, já querendo encher a sua casa e manter a mim e a Mercy o mais perto possível


- Claro que vou, contando que eu ganhe aqueles biscoitos maravilhosos!


Jo diz sorrindo, ao mesmo tempo que faz minha mãe sorrir também e garantir que vai fazer os biscoitos que ela fez para nós no sábado passado e que encantaram Jo.
Mercy, minha irmã mais nova, ri da exigência de Jo de ir almoçar na nossa casa, mas continua sem falar comigo quando nós entramos no carro da minha mãe. Desde o almoço de sábado, onde eu bati no meu padrasto, Mercy está me evitando, o que era perfeitamente compreensível, mas que estava me incomodando um pouco, afinal, desde aquele almoço em família até mesmo minha mãe parece estar com um pouco de medo de mim.
Josephine lê os meus pensamentos, e entrelaça nossos dedos ao mesmo tempo em que deposita um beijo suave na minha bochecha, bem onde a minha cicatriz está.
Alguns minutos se passam, e assim que minha mãe estaciona o carro na sua garagem, eu e Jo saímos do mesmo e seguimos Mercy até o interior da casa.



- Olha só, e eu que pensava que não conseguiria chegar a tempo do almoço!


Bruno, meu padrasto, diz, quando desce as escadas da sua casa, surpreendendo assim a todos, já que segundo minha mãe ele estaria de Plantão no hospital.


- Pai! Achei que você estaria no hospital .


Mercy diz, ao mesmo tempo em que abraça o pai, que está com alguns pontos na testa e com a cara toda roxa.


- Bom, eu também pensei, mas consegui sair mais cedo do plantão!


Meu padrasto diz sorrindo, mas assim que nossos olhares se encontram seu rosto assume uma expressão tão séria quanto eu sei que o meu está.
Jo aperta mais minha mão contra a sua, e eu sei que ela está tentando me deixar tranquilo e o mais confortável com a situação.
Eu estendo minha mão para o meu padrasto, que olha para Jo e para nossos dedos entrelaçados como quem desaprova o fato de Jo ainda estar comigo. Mesmo assim, meu padrasto aperta a minha mão, e minha mãe logo começa a conversar com o marido, para tentar desviar a atenção do mesmo.



A Psicóloga Onde histórias criam vida. Descubra agora