Conversa - 13

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  Estão prontas crianças?
-Estamos capitão!

  Eu não ouvi direito!
-Estamos Capitão!

  OOOOHHHHHHHHHH

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Dinah Jane Pov's

-Dona Milika! Cheguei!_     Berro assim que passo pela porta de casa e logo vejo minha rainha aparecer em meu campo de visão.

-Minha menina, que saudade!_     Abracei o meu bem mais precioso do mundo, com todo amor possível e impossível.

-Eu também estava com saudades._    Beijei a testa dela com muito carinho.

  Como eu estava com saudade dela! Sabe quando você quer até chorar de tanta saudade? Então, eu estava assim. Essa mulher faz uma falta na minha vida, que eu nem sei explicar!

-Como você está meu amor? Se aumentou direitinho? Tomou bastante água?_    Bom, agora ela decidiu dar uma de mãe preocupada e está checando cada canto do meu corpo.     -Porque você ta bem magrinha, acho que aquelas meninas não te deram comida direto!_ comecei a rir e puxei ela para outro abraço.

-Vem aqui, vai! Eu me cuidei sim, agora me agarra que eu tava morrendo de saudade._    Ela me abraçou de novo e se eu pudesse, não soltava mais.

-Finalmente ele te ligou, porque eu acho que você não voltaria mais._     Neguei e soltei ela.

-Claro que não, seu aniversário está chegando e logicamente eu já voltaria antes. Mas ele demorou pra dar o braço a torcer._     Ela pegou a minha mão e me levou pra cozinha.

-Eu fiz literalmente greve de tudo e até na sala coloquei ele pra dormir. Fui tão má, que até tranquei o seu quarto e os quartos de hóspedes, só pra ele ficar com o sofá de última opção._     Gargalhei gostos e me sentei com ela, em volta da mesa.

-Em falar nele, onde ele e as crianças estão?_

-Foram ao mercado comprar as coisas para o almoço._    Respondeu me servindo com um cafezinho fresco. -Como  as crianças não tiveram aula hoje, foram junto._

-Ah, obrigada._   Aceitei o café de bom grado e tomei um golinho, tendo noção de quanta falta esse café fez na minha vida.     -Eu vou aproveitar que ele não chegou e vou levar as minhas coisas de volta para o meu quarto._ 

-Eu deixei o seu quarto limpinho, mantive ele arejado e arrumadinho pra quando voltasse._     Terminei meu café e fui abraçar ela de novo.

-Você é a melhor!_

  Depois de tomar o meu cafezinho, fui ate o meu carro buscar as minhas coisas. Mas antes, coloquei o carro na garagem e subi com tudo. Realmente minha mãe cuidou do meu quartinho, o cheirinho de limpeza me invadiu assim que passei pela porta.

-Filha?_    Ouço um tom de voz mais grosso, bem conhecida por mim e sai do banheiro.

  Já havia guardado tudo em meu guarda roupas e estava apenas colocando o meu shampoo e meu condicionador no lugar.

-Oi, pai._    Ele me olha de um jeito meio sem graça e cruza os braços.

-Oi, como você está?_      Dei de ombros e fui me sentar na cadeira da escrivaninha.

-Estou bem e o senhor?_     Ele suspirou e veio sentar na cama, perto de mim.

-Nada bem, quando eu cheguei em casa e vi que não estava aqui, na hora eu nem liguei, pra mim você só queria pirraçar. Mas ai sua mãe me explicou tudo e eu vi que realmente tinha pego muito pesado e chateado você, mas não tinha coragem pra te encarar. Eu estava morrendo de vergonha, então eu não quis te ligar e pedir pra voltar antes._    Assenti e abaixei a cabeça, focando em meus dedos.

-Eu meio que tive medo do senhor me bater, aquele dia. Foi literalmente o dia mais assustador da minha vida, nem a época de escola me assustou tanto._     Ele segurou a minha mão e me fez olhar pra ele.

-Me perdoa filha, eu agi por impulso e não percebi o'que tinha feito. Me perdoa? Perdoa o seu pai?_    Suspirei, tirando um peso das minhas costas e abracei o meu velho.

-É claro que te desculpo, se o senhor me desculpar também, sobre o meu erro!_     Ele me apertou em seus braços.

-Você tá mais que desculpada, meu amor._     Disse me deixando aproveitar daquele abraço gostoso.

  Tudo poderia ter sido mais simples e já termos nos desculpado a muito tempo, mas oque adianta quando são dois cabeça dura brigados?

-Ah que lindo, agora você já pode voltar a dormir em nosso quarto, querido._    Dou risada com a fala da minha mãe e me separo dele.

-Obrigada por isso, querida!_   Os dois começaram a rir.

-Tá, agora venha me ajudar com o almoço e filha, ajuda seus irmão a encher a bóia para piscina?_    Assenti e já fui seguindo os dois escada a baixo.

  Passei pela sala e fui para os fundos da casa, encontrando os gêmeos com uma boia maior que eles, tentando encher com a boca. Mas são dois tapados!

-Hey, pirralhos!_

-Dinah!!!_    Gritaram os dois juntos e vieram correndo até mim, me abraçando contudo e me fazendo cair de bunda no chão.

-Hey seus destruidores de bundas, como estão?_    Ainda caída e deitada no chão, com os dois em cima de mim, questionei.

-Bem e com saudades de você!_    Respondeu Seth e Regina logo concordou.

-Certo, também fiquei com saudades de vocês, mas agora estou de volta e vamos encher aquela bóia!_

-Ebaaaa!_    Os dois gritaram juntos e saíram de cima de mim.

  Foi um dia bem gostoso ate, brinquei com os meus pirralhos favoritos, conversei muito com a minha rainha e ajudei nos afazeres e ainda assistir um jogão de basquete com meu pai.

  Agora já está bem tarde, mas como não to com sono e nem quero dormir, decidi sair de casa um pouco e respirar ar puro. Andei até o parque e assim que olhei para o lado, encontrei um jardim de lírios, idêntico ao meu sonho. Se bem que no sonho é bem mais extenso este jardim, mas é ele, é o jardim dos meus sonhos.

  Caminhei até ele, tocando levemente nos lírios que se abriam com a primavera, nossa, se isso aqui é real, será que ela…

  Mal tive tempo de concluir o meu pensamento, quando de repente, um pequeno corpo tromba ao meu e cai entre os lírios, mas assim que me viro e olho bem no rosto delicado, o meu coração para.

-É você!_    É tudo o'que sai da minha boca


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-Desy 👑

Como Almas GêmeasOnde histórias criam vida. Descubra agora