( Gaara on )
As vezes me pego pensando nós meus irmãos e em tudo o que deixei para trás quando resolvi sair de casa. Mas a convivência com o Rasa chegou ao limite no dia em que ele quase me matou. Parece que ele me preferia morto do que bissexual. Para ele era como se fosse um crime hediondo. Queria até me proibir de me aproximar da Tema que era uma criança na época. Ele usava termos ridículos comigo. Me tratava como a escória. E com isso não aguentei mais e chutei o balde jogando tudo para o alto quando ele disse que eu teria que casar de qualquer jeito quando eu fizesse dezoito anos, e que já havia encontrado uma noiva. Simplesmente dei as costas, subi para o meu quarto e arrumei minhas coisas. Esperei ele dormir e sai pela porta da frente deixando um bilhete para meus irmãos. Temari e Kankuro, que hoje já devem estar formados. Sou o filho do meio, Tema a mais nova e Kan o mais velho. Eu os amava e ainda amo, mas não quero ver o Rasa, ao menos até ele me aceitar como sou. Mas foi uma pena não ver minha irmã crescer e se tornar uma mulher. O que imagino ser belíssima. A infeliz era loira natural com belos olhos verdes vibrantes, ela já estava ganhando formas e curvas quando fui embora. Cheguei no morro por acaso, eu consegui meu primeiro emprego em uma padaria. Um colega de trabalho me disse que aqui as casas eram baratas. Me apaixonei pelo lugar, pelo som e pelas pessoas. Mas aqui tinha um "dono" e para morar aqui eu precisava ir conversar com o "chefe" para saber se ele me aceitava aqui. E conheci Shikamaru, um belo homem é verdade, mas nunca tive segundas intenções com ele, Shika era um homem diferente, mas ele era algo além disso, me aceitou sem fazer muitas perguntas. Nós tornamos amigos e até hoje ele não me fez perguntas sobre meu passado. Só me disse uma vez que quando eu quisesse falar ele me ouviria. Com o passar dos anos comecei a trabalhar para ele, sempre fui bom com números e sai da padaria e me tornei uma espécie de contador do QG.
O último estava fazendo tudo errado e as contas não batiam. E bem, o que aconteceu com ele não é da minha conta. Mas a vida no morro é muito boa. Aqui ninguém precisa saber que fico com homens e mulheres. E se souberem não irão me julgar, nunca fizerem isso. E aqui sou muito feliz! O pessoal daqui é muito simples e cordial. Fui bem recebido por todos, e retribuo tudo que eles me deram com dedicação ao meu trabalho para tornar as coisas aqui mais fáceis para os moradores. Sei que ser o contador do dinheiro das drogas e armas não estava nos meus planos. Mas ter a minha vida manipulada pelo meu pai também não era algo que eu queria. Portanto farei o meu melhor por essa gente boa. Há alguns anos chegou aqui no morro um cara de cabelo platinado, sorriso bonito e olhos azuis como safiras. Toneri veio trabalhar no postinho como enfermeiro e acabou tendo um breve romance. Ele é um cara incrível, mas seu coração já pertence a outra pessoa e por isso depois de um ano de relacionamento, resolvemos que seríamos amigos. E de fato somos e por esse motivo, eu e ele decidimos que iríamos melhorar o atendimento no postinho que não tinha mais um médico. Todos os médicos que vinham logo iam embora. Mas Toneri disse que conhecia médicas que nunca se negariam a ajudar quem precisa. Tivemos que usar o dinheiro do fundo de emergência, para subornar um funcionário para que mandasse exatamente as pessoas que Toneri queria. Enfim conseguimos cinco médicas que pelo que entendi são suas amigas. Ele nunca foi de falar muito sobre sua vida particular nem quando estávamos juntos. Mas isso não importa agora.
_ Ei Gaara, o Sai voltou!_ estava tão distraído caminhando em direção ao QG que nem percebi que Sasori estava correndo na minha frente. Mas gostei de saber que o Sai está de volta. Ele não merecia estar preso por causa de uma maluca como a antiga namorado.
_ Onde você vai com tanta pressa?_ ele se virou para mim e estava suado e ofegante. Isso me trás lembranças bem agradáveis dele ou melhor de nós dois, foi uma das melhores transas da minha vida, com exceção do tempo que fiquei com Toneri. Aquilo era como o fogo do inferno. Os dois ativos, era a perfeição. Será que passei o rodo no morro?
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A Dona (+18 )
FanfictionEm meio a policiais e bandidos amores podem surgir, e até famílias são formadas. E essas cinco médicas dedicadas irão ajudar a fazer a vida dessas pessoas melhor. O dono do morro nunca imaginou que poderia se apaixonar por uma médica atrevida e ma...