• Capítulo 15 •

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Laura segurava o telefone em suas mãos sem conseguir falar, as pernas tremiam.
— Meu Deus... estou sonhando, por favor... — disse fechando os olhos.
Eram quatro horas da manhã quando recebeu a notícia. Caminhou até o quarto de Leonardo que dormia bem pela primeira vez em quase dois meses. Seu coração se cortava ao ter que fazer isso... Sentou-se ao lado dele e o cutucou.
— Quê? — perguntou, sonolento. Olhou para o relógio com dificuldade por causa da luz acesa e encarou a mãe. — Mãe? Você está bem? — indagou, colocando a mão na testa da mãe.
O celular dele tocou.
— Não atenda! — disse a mãe, segurando em sua mão com certa firmeza.
— São quatro horas da manhã... O que está acontecendo? — disse, virando-se para o outro lado da cama. Encobriu a cabeça e, depois de alguns minutos, deu um pulo. Seus olhos ficaram marejados no mesmo instante.
Saiu de sua casa correndo, afogava-se nas próprias lágrimas. Havia muita gente em sua frente, empurrou a todos, desesperado, não queria que fosse verdade, mas estava vendo com seus próprios olhos.
— NÃO, ANNE, POR FAVOR, EU TE AMO! — gritou, abraçando-a.
Ela não tinha nenhuma reação, estava sem aparelhos respiratórios e tudo o que ele conseguia sentir vindo dela era a sensação gélida de seu corpo. Leonardo chorava com todas as forças e fora retirado do quarto depois de passar mal.
Anne havia sofrido convulsões violentas depois da redução dos sedativos e não aguentara.
Helena apareceu com os olhos vermelhos na sala em que ele se encontrara, abraçou-o, ambos atingidos pela dor da perda, consolando um ao outro.
A imprensa estava de prontidão para receber a confirmação do falecimento de Anne Santonini, e quem o fez foi Joaquim.
— Onde está o moço do guarda-chuva vermelho? — perguntou um jornalista ao longe.

O Guarda-Chuva VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora