- Eu amo quando você sorri desse jeito. – Taeyong falou suavemente, dando a Jaehyun um enorme sorriso que fazia seus olhos sumirem.
Jaehyun piscou os olhos diversas vezes, tentando focar sua visão no lugar aonde estava. Novamente, estava dentro de um sonho e não era difícil perceber isso. Estava em uma espécie de casa abandonada, com muitas flores e matos espalhados pelo chão e pelas paredes descascadas. Estavam sentados em uma janela sem vidro, observando o vasto quintal arborizado da casa.
Os sonhos lúcidos de Jaehyun eram cada vez mais frequentes e ele se perguntava a todo momento por que diabos em todos os seus sonhos, Taeyong estava ao seu lado? Seria o famoso destino? Ou apenas uma grande coincidência decorrente do fato de ver o menino quase todos os dias? Não sabia responder.
- Aonde estamos? – Jaehyun tentou perguntar sem parecer muito esquisito.
Taeyong deu de ombros.
- Eu também não faço a menor ideia. – Respondeu olhando para fora da casa. – Mas é um bom lugar para nós esquecermos dos problemas, não é?
- S-Sim... – Jaehyun gaguejou.
Taeyong voltou seu olhar para Jaehyun, o fitando, olho a olho.
- É uma pena que eu não consiga esquecer dos meus. – Falou em um sussurro.
Tudo ficou mais escuro, como se o belo sol do sonho fosse embora em um estalar de dedos. As paredes, antes cobertas com flores e plantas, agora mostravam sombras obscuras. Taeyong havia sumido.
- Taeyong!? – Jaehyun gritou saindo da janela. – Tae?
- Não me procure, você não pode me ajudar. – Escutou Taeyong chorar por entre os cantos cinzas e escuros do cômodo em que se encontravam.
- Eu posso te ajudar! – Respondeu à procura do garoto. – E eu irei te ajudar!
Jaehyun fechou os olhos, os forçando. Colocou as duas mãos nos ouvidos, tampando todo os gemidos e choro de Taeyong.
- Isso não é real... isso não é real... – Falou ainda com os olhos fechados.
Abriu os olhos.
Aquela deveria ser a pior cena em que vivenciou em toda sua vida.
Taeyong estava ao chão, deitado. Seus pulsos cortados na vertical, sangrando. Suas artérias jorravam sangue, o deixando em uma poça vermelha. Agonizava, balançando seu corpo com o pouco de força que ainda lhe restava. Jaehyun escutava o bater dos dentes do mais velho.
- JaeJae... – Falou pausadamente. – Me salve.
Jaehyun gritou. Apenas gritou. Gritou para todo aquele pesadelo acabar.
Levantou da cama em um pulo, estava suado. Os cabelos estavam grudados em sua testa e seus olhos permaneciam arregalados enquanto respirava ofegante. Sua camisa estava molhada de suor, juntamente com as palmas das mãos.
Olhou para o lado e se viu sozinho, Taeyong não estava dormindo ali. O desespero foi real. E se aquilo não tivesse sido um mero pesadelo?
- Taeyong? – Gritou, ainda sentado à cama, esperando o mais velho chegar. – Taeyong, cadê você?
Jaehyun estava sem paciência, se levantou, cambaleando até a porta. Sentia seu coração acelerado e seu ataque de pânico e ansiedade virem ao mesmo tempo. Se segurou na cômoda, ainda forçando seu corpo a caminhar até a porta.
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Entre novas linhas.
RomanceJaehyun sempre evitou os babacas da escola e preferiu se dedicar a sua própria vida. Já Taeyong, preferia bagunçar e festejar o tempo inteiro. Os dois não se batiam de forma alguma, porém, o destino adora brincar com as pessoas. Seriam os dois, "alm...