- Eu vou me arrepender disso. – Jaehyun falou encarando seu próprio reflexo no espelho de seu quarto.
Eram dez e meia quando o mesmo se viu em pé na frente de seu espelho, procurando alguma desculpa para não ir à festa. Por mais que ele quisesse, sabia que como sempre, poderia dar alguma merda muito grande para o seu lado. O destino parecia não cooperar com o mais novo, nem mesmo quando ele mais precisava.
Uma nova mensagem de texto.
- Já está pronto? Desça logo! Já vi a luz do quarto da sua mãe apagar. – Taeyong.
- Você vigiou minha mãe indo dormir? Você quer mesmo que eu vá para a festa, não é? – Jaehyun.
- Mas é claro! Não posso deixar que alguém tão legal falte a essa festa. Agora, desça. – Taeyong.
- Tae... eu não sei... acho que não vai ser uma boa ideia. – Jaehyun.
Depois de sua última mensagem, Jaehyun não recebeu mais nada como resposta. Achou que Taeyong havia ficado com raiva do mesmo pelo jeito medroso que tinha.
Jaehyun não parava de mandar mensagens para o número de Taeyong, quando escutou um barulho vindo de sua janela. De primeira, estranhou, mas logo depois seguiu até a mesma para abrir a cortina.
Abriu rapidamente a cortina e se surpreendeu.
- O que?! – Jaehyun sorriu ao mesmo tempo que se indignou.
Taeyong estava em pé entre os fortes galhos da árvore.
- Eu disse que não iria te deixar desistir. – Falou fingindo não se importar que estava em cima de um tronco de uma gigantesca árvore.
- Você não existe. – Jaehyun balançou a cabeça negativamente enquanto sorria.
- Claro que existo! Estou bem na sua frente! – Tae sorriu. – Agora venha!
Taeyong estendeu as mãos para Jaehyun. Ele ainda estava com medo de deixar sua casa, mas cedeu toda aquela pressão e apenas se deixou levar. Segurou nas mãos de Taeyong e ficou em pé nos grossos galhos da árvore.
- Até que não estou tão enferrujado. – Jaehyun disse descendo dos galhos, relembrando de sua gloriosa infância em que fazia artimanhas pelo quintal, inclusive escalar a mesma árvore em que acabara de descer.
- Você desceu como um profissional. – Taeyong falou chegando ao chão. – Isso não fez sentido.
- Você não faz sentido. – Jaehyun revirou os olhos, rindo. – E agora, vamos para onde?
- Hell Hills. – Taeyong falou caminhando para o carro enquanto limpava sua calça.
- O que!? – Parou de caminhar e franziu o cenho. – Hell Hills? Isso é longe pra caralho!
Taeyong riu e caminhou para perto de Jaehyun. O mais velho vestia uma camisa branca e uma calça preta rasgada. Estava usando seus velhos all-stars, os cabelos um pouco bagunçados e a maquiagem levemente escura nos olhos. Ele se superava mais a cada dia na arte de ser bonito.
- Você vai estar comigo. – Taeyong se aproximou tanto que fez Jaehyun dar um pequeno passo para trás, para se equilibrar. – Nenhuma distância será um perigo para nós.
Jaehyun engoliu seco.
Não conseguia processar e lidar com todas as coisas bonitas que lhe diziam, ainda mais vindo de Taeyong. Um garoto que Jaehyun sequer cogitava em conhecer dessa maneira.
- Vamos. – Sussurrou no ouvido do mais novo o puxando pelo pulso.
Jaehyun seguiu sendo guiado pelo mais velho até a caminhonete preta. Se sentou no banco do passageiro enquanto fitava sua casa. O medo de seus pais acordarem o atormentava por completo. Pensou duas vezes antes de correr de volta para casa, mas conseguiu se conter.
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Entre novas linhas.
Roman d'amourJaehyun sempre evitou os babacas da escola e preferiu se dedicar a sua própria vida. Já Taeyong, preferia bagunçar e festejar o tempo inteiro. Os dois não se batiam de forma alguma, porém, o destino adora brincar com as pessoas. Seriam os dois, "alm...