O soar do sino anunciando o final da aula marcou o início de um capítulo inesperado. Enquanto arrumava meus pertences, despedir-me dos colegas tornou-se uma formalidade vazia, afinal, éramos meros estranhos compartilhando a mesma sala de aula.
Ao deixar a escola, meu passo era desconexo com a realidade, imersa na rotina monótona que se tornara meu cotidiano. A contemplação do chão era interrompida abruptamente quando, de maneira desafortunada, esbarrei em uma mulher, causando um acidente com seu sorvete.
— Caramba! Olha o que você fez. — ela lamentou, inspecionando suas roupas sujas.
— Me desculpa. — curvei-me, lágrimas surgindo nos olhos.
— O que vou fazer agora? Estava indo para o trabalho, e agora precisarei voltar para trocar de roupa. — ela falou enquanto tentava limpar a mancha com um lenço.
Múltiplos pedidos de desculpa ecoaram de meus lábios, envolta em um pranto descontrolado.
— Ei! Não precisa chorar. Está tudo bem. — ela colocou a mão em meu ombro. — Vá para casa, está bem? Resolverei isso em um instante.
Seria ela agora um anjo benevolente? Essa mudança repentina me causava espanto. Assenti com a cabeça, pedindo desculpas mais uma vez antes de partir em direção ao ponto de ônibus. Consultando o relógio, percebi que estava um pouco atrasada.
— Droga! Por que isso teve que acontecer? — murmurei, acelerando o passo.
Ainda distante do ponto, avistei o ônibus indo na mesma direção. Sem poder perdê-lo, iniciei uma corrida, exausta pela falta de exercício. Contudo, minhas pernas vacilaram, e o transporte escapou. As lágrimas fluíam novamente, e ao chegar ao ponto, desabei em um banco, a cabeça baixa.
Por que eu estava tão sensível hoje? Por que o dia não transcorria normalmente, como os outros? Sentia-me mal, ansiando apenas por chorar.
— Hae Won? — uma voz masculina, familiar, pronunciou meu nome.
Limpei as lágrimas rapidamente, encarando Han Jisung.
— Hm?
— Você está chorando? Ei! O que aconteceu? — Han indagou, sentando-se ao meu lado, olhar carregado de preocupação.
— Não é nada. — respondi, fitando minhas mãos.
— Ei! Olha... Você não precisa esconder nada de mim. Me veja como um amigo e seja sincera. — ele pediu, dirigindo-me um olhar solidário.
— Veja, BoRa! Veja como Jisung se mistura facilmente com pessoas de classe pobre. — uma garota zombou, chamando nossa atenção.
— É Haru... Mesmo sendo o veterano mais bonito da escola, ele só se mistura com pessoas que não combinam nadinha com a classe dele. — a outra garota acrescentou.
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Você é a minha alma gêmea, Han Jisung.
Hayran KurguChoi Hae Won não era o tipo de garota interessante que fazia com que garotos caíssem em cima de si, mas em meio há tantas pessoas diferentes, acabou por chamar a atenção de um rapaz que nunca nem imaginou tornar-se próxima. Rapaz este que era a sua...