|Por Nós 2|

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🎵In the name of love, Bebe Rexa & Martín Garrix🎶

O som do chuveiro anuncia o término do meu banho, e certeza que meu irmão deve estar a minha espera ansioso em saber o motivo do meu rosto inchado pelo choro

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O som do chuveiro anuncia o término do meu banho, e certeza que meu irmão deve estar a minha espera ansioso em saber o motivo do meu rosto inchado pelo choro. Enrolo meu quadril com a mesma toalha que sequei meu corpo. O pacote que havia escondido por baixo da jaqueta, agora o oculto sobre o maço de minhas roupas. Saio do banheiro e adentro meu quarto encontrando Jeff observando o ferro-velho pela janela. Seu olhar corre até mim imediatamente, e sua feição não nega sua percepção.

— Não me diz que fudeu com o dinheiro? — cerra os dentes, então viro as costas e abro o guarda-roupa, deixando as roupas braçadas ali dentro.

— Já disse que paguei. — visto uma cueca verde musgo. O silêncio reina enquanto me trajava com peças limpas. Além dele desconfiar de algo, tenho a certeza que percebeu que guardei roupas sujas, pois normalmente as deixo jogadas no chão. Levo meu olhar a ele que mantinha o cenho franzido ao fixar seus olhos nos meus. Obviamente, o castanho de meus olhos devem estar cercados pelo vermelho do choro, pois sua feição continua a me notar com argúcia. Engulo a seco e uma lágrima rola em minha bochecha. — Encontrei a Jess e... — escorre lágrimas consecutivas, acelerando as batidas em meu peito. — Ferrei com tudo mais uma vez.

— O quê você fez, Jason? — dá um passo a frente e percebo se conter para não surtar, pois fecha os punhos ao virar-se para janela suspirando fundo.

— Veja você mesmo. — minha voz soa embargada, trazendo seu olhar para minhas mãos buscando aquele maço de roupas, retirando dentre delas o pacote marrom. O par de olhos castanhos a minha frente se arregalam diante do lote lançado na cama.

— Seu filho da puta! — agarra seu topete cacheado dando passos de um lado para o outro, segurando-se para não me socar. — Mas só pode ter merda mesmo nessa cabeça! — quase percebo os fios do cabelo serem arrancados, mas não tornam-se suficiente para conter sua raiva, pois suas mãos me empurram contra o guarda-roupas. — Você é louco? — soca o roupeiro atrás, ao lado de minha cabeça. — QUER MORRER? — grita enfurecido bem a minha frente, e não movo um membro, apenas espremo meus lábios e olhos a chorar. — Acha que Ramírez está de brincadeira?

— Eu precisava... — cerro meus olhos deixando mais lágrimas fluírem e encharcarem meu rosto. — Jess precisa de ajuda. — ergo as pálpebras notando meu irmão completamente imóvel, que arregala os olhos mantendo a testa franzida. — Ela está sendo estuprada.

Jeff dá dois passos atrás desacreditado no que ouviu. Por mais que ela tenha procurado Ramírez por conta própria, ser estuprada não é um ato admissível. Não importa o que fez, você sabe disso, e entende perfeitamente. Além do mais, não consigo não amá-la, por mais que tenha me ferido tanto da pior forma possível, não posso permitir que isso aconteça debaixo de meu nariz. Assento na cama levando meu rosto nas mãos ao apoiar os cotovelos nos joelhos. Minha voz emitida é abafada ao explicar detalhadamente o que aconteceu, então ele assenta ao meu lado para ouvir atentamente.

Sou a pessoa certa? - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora