🥉Concurso Sakura; 3° lugar na categoria Melhor Epílogo.
Alana é uma aluna do ensino médio que não é tão aceita por outros alunos, por conta do ocorreu no ano anterior. Portanto, tem ao seu lado - seus únicos amigos - Mariana e David.
Mariana é al...
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O som da música soa afastadamente, me despertando aos poucos, e estreitando os olhos com a claridade do dia. Estico os braços ao me espreguiçar e assim percebo que Melissa não está na cama. Deve ser ela ouvindo essa música... Levanto bocejando e vou direto para o banheiro fazer minhas higienes. Após isso, calço minha pantufa felpuda cor de rosa e ando até o andar inferior, na medida que o som da música se tornava mais alto. Encontro Melissa de pijama dançando com a colher em mão, estreitando os olhos ao cantar.
— O que deu em você hoje? — ando até os três pratos servidos com panquecas, uma em cada prato, ambos sob o balcão do cooktop.
— Nada... — sorri amistosa ao pegar xícaras no armário suspenso. — Só quero agradar minha melhor e única amiga. — Despeja café nas xícaras, e eu estampo um sorriso afetuoso.
— E Zac? — pego a xícara servida e ela me olha imediatamente. — Ele, já acordou? — levo meu olhar no terceiro prato, bebericando meu café.
— Já foi... — Melissa desvia seu olhar, pegando a panqueca que sobrava, rasga ao meio e deposita as fatias, uma de cada em nossos pratos.
Parece que tem mais alguém com raiva do Zac... Certeza que ele respondeu ao meu recado de ontem a noite.
— Vamos comer? — ela sorri ao segurar seu prato e xícara, e anda até a bancada sentando na banqueta de inox com estofado preto. Pego os meus e faço o mesmo, sentando a sua frente.
— Está muito bom. — digo, depois de experimentar a primeira fatia recheada pela pasta de amendoim. Ela por sua vez, me responde com um sorriso torto e leva a xícara até sua boca, bebendo o café ao manter seus olhos negros a mim. Já estava com saudade da Melissa extrovertida de antes, quando não corria atrás do Zac. Espero que agora ela fique longe dele, pois tenho certeza que ele ficará.
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Vozes sem nexo estalam em minha cabeça, fazendo minha visão contrastar a claridade do dia. Pisco um par de vezes avistando o teto branco, seguido o lençol azul petróleo em minhas mãos. Que merda é essa? Ergo minha cabeça de supetão e meu cérebro parece escorregar pelos cantos.
