🥉Concurso Sakura; 3° lugar na categoria Melhor Epílogo.
Alana é uma aluna do ensino médio que não é tão aceita por outros alunos, por conta do ocorreu no ano anterior. Portanto, tem ao seu lado - seus únicos amigos - Mariana e David.
Mariana é al...
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Nada mais importa quando estou com Lana. Beijá-la era o que mais queria e agora, a tenho em meus lábios. A boca desenhada com lábios cheios, usufruo de cada canto, sentindo o gosto indescritível e inteiramente desejado. Quanto mais tentei não me apaixonar, mais Lana mostrava-me o contrário. Inútil era estar a seu lado e não admirá-la, a garota mais única que conheci e que pra mim, fez toda a diferença em cruzar meu caminho.
Nos despedimos lentamente de nosso beijo com um selinho suave no final. Minha mão movimenta seu cabelo preso, puxando o fio elástico que os prendia. Meus olhos cruzam com os seus, na medida que seu cabelo caía sobre seus ombros. Um efeito lindo de cachos desfeitos emoldurando o belo rosto que tanto aprecio.
Lana abre levemente um sorriso doce, corando o alto de suas bochechas, contagiando-me a sorrir também, sentindo o refrigério percorrer em minhas veias. Olha para mim esperando alguma palavra fluir, mas apenas quero examinar sua reação acanhada, a qual considero tão irresistível, pra mim é provocante.
— Não sei se devia ter te beijado. — digo ao perceber tamanho nervosismo de sua parte.
— Não, não é isso... — desvia seu olhar, sorrindo encabulado e avermelhando ainda mais as maçãs do rosto. — Só estou digerindo tudo... err... — sorrio ao perceber seu jeito de sempre, todo envergonhado e gaguejando ao explicar: — Só não imaginava que aconteceria... Quer dizer, imaginava... Não que ficasse pensando o tempo todo, talvez um pouquinho ou as vezes. — para o olhar em mim, que sorria só de ouvi-la. — Viu, é por isso que fiquei calada! — seu riso me contagia.
Fico perdido em tanta ingenuidade, até me encontrar novamente nos olhos que me prendem, aproximando-me de seu rosto e examinando sua íris mais de perto ao pedir sua permissão para prosseguir. Seu rosto inclina aprofundando o olhar, então entendo que me foi concedido. Toco seus lábios, selando um beijo que já fazia falta e sinto mais uma vez o movimento que nossas línguas fazem. Eu queria muito beijá-la e agora usufruo de canda canto em um beijo lento, mas cheio de impacto. Despeço-me mais uma vez, e ambos mostram sorrisos satisfeitos, ao passo que ainda admirava o rosto da garota que estou apaixonado.
— Está com frio? — digo, depois de entrelaçar meus dedos nos dela, frios, porém calorosos. — Vamos andar um pouco e se aquecer? — noto seus dedos pálidos, com as pontas minimamente azuladas. Sua cabeça maneia positivamente com um sorriso doce, então me ergo ajudando-a a levantar.
Andamos até o piso de pedras sob o gramado, passeando em meio do verde envelhecido coberto pela pouca camada de neve. Lana fica desinibida e receosa, pelo efeito de sua timidez e tudo que acabara de acontecer, já que não esperava. Na verdade, até eu me surpreendi com minha atitude inesperada, pois a segui com preocupação, e acabei me perdendo em seu olhar e na imensa vontade que sentia de beijá-la, fazendo finalmente, o que mais queria. Sorrisos é o que entregamos um ao outro, ao passo que nossos olhares se cruzavam a cada passo que seguimos.
