|Mãos Santas 1|

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🎵River, Bishop Briggs.🎶

Trazer garotas a minha casa não é uma novidade, ainda mais a Mana, a mesma que desejei desde o início

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Trazer garotas a minha casa não é uma novidade, ainda mais a Mana, a mesma que desejei desde o início. Não compreendi muito bem se estava dando em cima de mim ou se apenas estava na tentativa de colher informações, ou drogas, ou talvez ambos. Entrei na brincadeira e agora torço para que seja algo a mais, pois confesso estimar cada detalhe de sua imagem.

No momento ela parece silenciosa, talvez nervosa por vir a minha casa, até entendo seus motivos, são muitos contra mim. Arrependida não sei, mas o incômodo certamente é visível. Minha casa é humilde, móveis simples e a organização que deixa a desejar, uma rotina diária faria a diferença, mas isso não vem ao caso, o que realmente importa agora, é ela. Assim que adentramos em meu quarto, a pintura azul desgastada das paredes e a cama de solteiro de cobertores bagunçados, levam sua atenção a reparar e entendo o porquê.

— Não falou nada o tempo todo... —  chamo sua atenção ao tirar minha jaqueta. — Muda eu sei que não é. Fala até pelos cotovelos! — jogo a jaqueta no pé da cama.

Ela sorri ressabiada e se escora na cômoda logo atrás, avistando a narguilé apoiada em cima, em seguida, leva sua íris azul encantadoramente em minha direção.

— Por que me trouxe na sua casa? — finalmente ouço sua voz quebrando o silêncio, e por minha vez, dou passos leves até ela parando bem a sua frente, envolvendo meus braços um de cada lado de seu corpo ao apoiar as mãos na cômoda.

— Achei que quisesse — minha voz flui quase num sussurro, lhe arrancando um suspiro involuntário, então puxo a pequena gaveta direita, sem despregar os olhos nos dela. —, isso! — mostro o pacotinho retirado da gaveta.

Suas pupilas se dilatam imediatamente. Não sei se é o que realmente queria, até por que esquecer da cocaína não é assim tão fácil. Ela encara o pó branco como se fosse algo extremamente valioso, umedece seus lábios com a língua como se estivessem secos pela abstinência.

— Engano o seu, lindo... — empurra levemente o pacote, no momento que abro um grande sorriso.

— Então você me acha lindo? — me mantenho parado a sua frente, e ela sorri em resposta mordendo o lábio inferior.

— Não é de se jogar fora. — inclina a sobrancelha e intensifica o olhar, me arrancando um sorriso safado. — Um baseado seria ótimo. — leva seu olhar ao narguilé.

— Você que manda. — abro a gaveta novamente, mas dessa vez, pego outro pacote com a erva fresca, e preparo tudo cuidadosamente. Enquanto a erva queimava, a fumaça vai se concentrando no interior do aparelho, e a água borbulha numa espécie de resfriamento e filtro. — A primeira é sua. — alcanço a mangueira, e ela confirma ao segurar. Aspira uma grande quantidade de fumaça sem muito esforço, o que torna a tragada mais leve e suave.

— Você podia me dizer de seu envolvimento com Christie... — diz após inalar a fumaça. — Está fornecendo esctasy a ela?

— Você não se cansa, não? — pego a mangueira na minha vez. — O que vai dar em troca da informação? —  inclino a sobrancelha inalando a fumaça, e ela, abre um belo sorriso danado.

Sou a pessoa certa? - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora