|A Guerra Continua 3|

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— Podia ser bem diferente

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— Podia ser bem diferente. — sussurro a mim mesmo sentado na beira da cama, ao passo que revirava a rede social de Christie, e examinava cada foto postada com a família em New York.

Eu tentei... de formas incertas eu sei, mas eu tentei... Penso, bufando ao passar os dedos no rosto. Preciso mudar o rumo da minha vida...

Desci a escada em busca de uma conversa com meu pai. Raramente Bryce Walker está por casa, pois vive no trabalho afim de aumentar a conta bancária da família. Como se a fortuna da minha mãe não fosse o suficiente... No sofá da sala, encontro minha mãe lendo atentamente um livro com seu óculos para leitura, enquanto descansava as pernas sob as almofadas de veludo do sofá escuro. Meu pai ao seu lado, segura o jornal escancarado em frente de sua face, portanto, seus olhos azuis desviaram do papel em suas mãos e olharam para minha direção.

— Precisa de alguma coisa? — diz ele, levando consigo a atenção de minha mãe.

Hesitei por segundos ao falar, ficando boquiaberto sem reação alguma. Ele por sua vez, retira a carteira do bolso rapidamente, pois deve ter pensando que eu pediria dinheiro. Isso já é um costume...

— Quero só uma conversa. — chacoalho a cabeça em sinal negativo. Por mais que dinheiro, na maioria das vezes, era o que mais pedia, agora eu realmente queria fazer outro pedido.

— Veja só... — minha mãe olha para o marido por de cima do livro. — Nosso menino quer conversar!

É tão raro isso acontecer, que sua voz soou até sarcasticamente. Uma boa conversa com seu filho não acontece desde que me conheço por gente. Se eu queria ou precisava de algo que não fosse dinheiro, os dois sempre tinham a desculpa de estar muito ocupados com o trabalho ou algo que desconhecia.

— Achei que quisesse umas notas de dólares. — ele volta a admirar o jornal, folhando para a próxima página.

— Não... — quase permito meus olhos de transtornarem. — Só gostaria de convidar uma garota e sua família para jantarem aqui hoje... já que é natal.

— A Christie? — a voz petulante de minha mãe soa ao rebaixar o livro e me avistar melhor. — Mas a família Cooper está em New York!

— Não é a Christie... — deixo o olhar cair em desdém, e continuo a dizer: — Quero convidar a família McCoy. Christie não é minha namorada desde o ano passado — ergo o olhar, avistando um de cada vez. — , mas vocês não sabiam, por que estavam ocupados de mais para perceber.

— Você nunca nos fala de sua vida amorosa, como eu ia adivinhar? — minha mãe retorna para o livro, me ignorando mais uma vez.

Não importa o que eu diga ou o que eu faça, para eles, nunca será o suficiente para notar o próprio filho. Nem mesmo meu relacionamento com a garota mais bem sucedida de Denver os encheu de orgulho, pois acabaram de demonstrar desconsideração por todo esse tempo que estive com Christie.

Sou a pessoa certa? - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora