Ele sorriu, aproximando seu rosto do meu. Me mantive imóvel, sentindo Julio aproximar seus lábios de meu pescoço, soltando o ar em minha pele. Fechei os olhos o sentindo distribuir beijos por aquela parte, me fazendo deslizar meus dedos por entre seus cabelos.
-Você está tão linda. - ele disse entre os beijos em um sussurro.
Não consegui responder, apenas o senti subir os lábios, trilhando um caminho de beijos até minha orelha, mordiscando meu lóbulo.
-eu não devia estar fazendo isso. - Ah querido, me dizer isso com essa sua voz rouca não me ajudaria a te fazer parar.
-Concordo. - Puxei seu rosto até o meu, prendendo o ar ao unir meus lábios ao seu.
Abri a boca lhe dando livre acesso para aprofundar o beijo, segurando firme em minha cintura. Meus dedos deslizavam com facilidade por entre os fios escuros de seu cabelo.
Mas então, quando Julio tentou me erguer em seu colo, me prensando contra a porta de meu apartamento, tive que fazer algo. Tomando todo o restante de autocontrole que tinha, empurrei devagar seu peito, o afastando.
Respirei fundo, tentando tomar fôlego enquanto encarava seu rosto. Os olhos escurecidos e os lábios vermelhos entreabertos, puxando ar para sua respiração voltar ao normal. Novamente: por que ele tinha que ser tão lindo?
-obrigada por me trazer até em casa. - falei. Ele entende o que eu estava dizendo, se afastou um pouco, enquanto eu ajeitava meu vestido que havia subido um pouco.
-Me desculpe por isso. - pediu, passando a mão pelos cabelos, uma mania que eu acho uma graça.
-tudo bem, você não fez nada que eu não quisesse. - Ajeitei meus cabelos. - Mas… não somos mais apenas duas pessoas em uma balada, Julio. Temos uma responsabilidade juntos agora e, mal nos conhecemos. Irmos para a cama, de novo, apenas complicaria as coisas.
-está certa. - concordou, balançando a cabeça. - precisamos nos conhecer. Afinal teremos um bebê juntos, né.
-é… talvez tenhamos. - mordi o lábio, pensando em tudo o que havia pesquisado nos últimos dias.
-ei. - se aproximou de novo, segurando minhas duas mãos.- nada de perder as esperanças, certo? eu sinto que nosso bebê está bem.- sorriu.
-e se ao menos houver um bebê, Julio? - perguntei apreensiva, vendo ele assumir uma expressão pensativa.
-se não houver um bebê, pelo menos essa história toda serviu para eu poder me reencontrar com você.- sorriu.
-obrigada.- tratei de também colocar um sorriso em meu rosto. Ao perceber que estávamos a um certo tempo nos encarando, me endireitei.- mais uma vez, obrigada por me trazer.
-de nada, e me desculpe pela Carla, ás vezes ela fala sem pensar. - e aquela mulher pensa?
-tudo bem. - respondi. - ela parece gostar muito de você. - soltei, na intenção de tirar algumas dúvidas minhas.
-sim. Ela meio que não aceitou o fim do relacionamento. Acho que, ela pensava que tínhamos alguma chance de voltar.
Me pergunto se ele também não pensava nisso.
-vocês namoraram por muito tempo? - por que diabos eu fiz essa pergunta?
-nós ficamos juntos por dois anos. - bastante tempo. Tempo o suficiente para ainda haver sentimentos ali guardados.
-entendi.- balancei a cabeça, me afastando um pouco da porta.- eu sinto muito pelo fim do relacionamento de vocês.
-isso já faz um tempo. - sorriu. - é passado.
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Destiny • Isulio
RomanceAos vinte e quatro anos, Isabela leva uma vida monótona trabalhando em uma galeria de artes da cidade de Nova Iorque. Sem novidades, festas, ou relacionamentos. A história muda completamente quando ela recebe a promoção de seus sonhos, decidida a c...