Capítulo 12 • La luz de la Luna

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Devia ser a décima vez em que eu conferia minha maquiagem e cabelo no espelho de meu quarto. Passei as mãos mais uma vez pela saia do vestido azul marinho que ia até minhas coxas, buscando algum sinal de amassado, não havia nada, mas não custava conferir mais uma vez. Depois de me cansar em busca de defeitos em minha aparência, acabei por ficar conferindo a hora a cada segundo, parecia passar tão devagar. 

Já estava quase ligando a televisão para tentar me distrair, quando finalmente ouvi o som da batida na porta. Antes tarde do que nunca, não?

Abri a porta encontrando Julio, e pela primeira vez, o vi usando uma camisa social. Ficava bem nele, a cor vinho destacava o tom claro de sua pele. Acredito que ele ia dizer alguma coisa, mas não disse, apenas me olhou de cima a baixo, formando um sorriso lindo nos lábios. 

-está atrasado. - cruzei os braços, fazendo pose como se estivesse realmente incomodada com os poucos minutos que passaram.  

Seu sorriso cresceu, de uma forma encantadora. 

-Me desculpe. - me olhou de cima a baixo mais uma vez. -  E... Uau, você… você está linda. - elogiou. 

-Obrigada, perdoo seu atraso apenas pelo elogio. - sorri de lado. - e então, vamos? 

-sim. - estendeu o braço. - pronta para o melhor primeiro encontro oficial da sua vida, senhorita Souza? 

-prontíssima, senhor Peña. - respondi formalmente, entrando na brincadeira. 

Peguei minha bolsa no aparador ao lado da porta, para depois cruzar os braços aos dele, e saímos do apartamento fechando a porta atrás de nós. 

Ao chegarmos a parte de fora de meu prédio, Julio parou em frente ao carro, me encarando de forma um pouco ansiosa. 

-O que foi? - franzi a testa, e ele sorriu se aproximando. 

-Antes de entrar no carro, teremos que fazer uma coisa. - colocou a mão no bolso, tirando de lá uma venda. 

Ah não. 

-Sem chance, você não vai me vendar. - neguei com a cabeça. - passei pelo menos uma hora nessa maquiagem. 

-você já é linda sem maquiagem, Isa. E vamos, é só pra fazer um suspense. - Pediu com um sorrisinho. A cada dia fico ainda mais certa de que Julio foi criado para brincar com autocontrole. 

-está bem. - me rendi, vendo ele se animar. - me dá aqui. 

-nada disso, eu coloco. - Se aproximou, ficando atrás de mim, colocando a venda sobre meus olhos.

Não pensei que esse simples gesto pudesse formar tantas fantasias na minha cabeça. Uau, que calor, o que a gravidez anda fazendo comigo?

 -prontinho, me dê a mão. 

Com a ajuda de Julio, fui encaminhada até o assento do carro, apenas ouvindo as portas sendo fechadas e o carro acelerando. O som das ruas movimentadas de Nova Iorque me deixaram atentas, na falha missão de identificar onde estávamos indo. 

-Para onde estamos indo? - perguntei curiosa. 

-É uma surpresa. 

-Minha vida é cheia de surpresas ultimamente. - revirei os olhos, mesmo que ele não pudesse ver. - como vou saber que não está me sequestrando? 

-não vai. - riu. - terá que esperar para ver. 

Cruzei os braços, fazendo bico como uma criança mimada. Ele riu de mim - como sempre - e continuou a dirigir, parando cerca de dez minutos depois. Ouvi o som da sua porta sendo aberta, e logo depois a minha. Sua mão tocou a minha, e me ajudou a sair do carro sem tropeçar nos saltos, que apesar de baixos, poderiam me causar uma linda queda ao estilo Isabela Souza, porque cair na rua é claramente a minha cara. 

Destiny • IsulioOnde histórias criam vida. Descubra agora