O som de batidas foi ouvido e Thomas abriu a porta dando de cara Lizzy.
- Lizzy, oi. Entra. - deu espeço e Lizzy passou retribuindo o comprimento.
- Tudo bem?
- Tudo ótimo, tirando a parte que Ava anda muito preocupada por algo que não quer me contar.
- Isso é justamente o que eu vim fazer aqui. Ela está?
- Sim, tá no quarto.
- É hoje que eu descubro o que a Ava está aprontando. - falou sorrindo e se dirigindo até o quarto da loira.
Entrou sem bater e encontrou Ava deitada na cama com o celular na mão. A noite estava fria e Ava não perderia a oportunidade de se enrolar no cobertor.
- Sua mãe não te ensinou a bater na porta?
Lizzy sorriu e afastou as cobertas para se deitar ao lado da amiga se aconchegando embaixo do cobertor e gora as duas estavam com as costas escoradas na cabeceira da cama.
- Falei nessa aula. Mas vamos direto ao ponto Ava. Eu quero saber de tudo, desde o começo.
- Mas Tudo? Olha Lizzy algumas coisas são um pouco estranhas e você vai me achar uma louca.
- Eu gosto de loucuras!
Ava sorriu e se preparou.
- É claro que gosta. - segurou a mão da amiga - Tudo começou na noite em que dormimos na floresta.
- Foi lá que você conheceu a loira?
- Não, quero dizer, acho que não. É complicado. Quando todos já estavam dormindo eu acordei de um pesadelo e não consegui mais dormir. Então fui dar uma volta.
- Como?
- Eu sei que foi burrice, tá legal? Mas eu não estava pensando direito. É como se tivesse alguma coisa chamando por mim, foi quando eu entrei.
- Você tá louca? - elevou a voz. - Sabe o que poderia ter acontecido com você? Sabe das coisas que já aconteceram lá? Como você pode fazer uma coisa dessas?
- Ei calma, eu tô bem. Não aconteceu nada.
- Mas poderia ter acontecido.- Falou com raiva enquanto cruzava os braços.
- Lizzy...
- Não, espera. Agora eu tô com raiva de você.
- Posso falar agora? - perguntou após alguns minutos.
Ela concordou com um aceno mas continuo emburrada.
- Eu fiquei andando por um tempo, não sabia bem onde estava indo. Até que eu ouvi um barulho e depois vi um... Lobo.
- Um lobo?
- É.
- Pensei que os lobos só fizessem parte da lenda.
- É eu também. E agora vem a coisa mais estranha.
Lizzy a olhou com curiosidade e espectativa.
- Ele era exatamente com as lendas cantam. Não era como um lobo comum, era praticamente do meu tamanho. Isso sobre quarto patas! Eu pensei que ele fosse me matar, mas foi o contrário. E...
- E o que?
- Você vai me achar louca.
- Mais do que eu já estou achando? Impossível.
- Na verdade... - mordeu o lábio apreensiva - é possível sim. Eu não tenho certeza, provavelmente é coisa da minha cabeça mas eu escutei algo...