Capítulo 5

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Quando percebeu que já estava encarando à mulher por tempo demais, Ava aceitou a sua mão. O toque foi instantâneo, sentiu cargas elétricas se espalharem por todo o seu corpo, acompanhados por arrepios. Com a ajuda da mulher, Ava se levantou e  afastou as mãos rapidamente sentindo um formigamento onde nossas peles tinham se encontrado.

Suas sobrancelhas se juntaram pelo  ato mas ela não disse nada.

- O que foi? - perguntou.

Ava percebeu que  ainda estava vidrada nos olhos da loira e desviou os seus  sentindo o sangue se concentrar em minhas bochechas.

Sério isso? Perguntou para si mesma

- Não, nada. É que... você me lembra alguém. - respondeu sem jeito.

- Ah... - Ava podia jurar que vira o traço de um sorriso, mesmo que por milésimos.  - eu tenho o rosto comum. Mas você está bem? Se machucou?

- Não, eu estou bem! - afirmoi enquanto aquele aroma maravilhoso entrava por suas narinas.

A cabeça de Ava estava a mil por hora. Seria coincidência encontrar alguém com a aquele mesmo cheiro? Ou com os mesmos olhos? E o porque o seu coração parece uma escola de samba?

- Que bom, fico aliviada. Eu estava distraída e acabei não te vendo. Espero que possa me desculpar.

- Tudo bem, eu também estava distraída então se preocupe.

Deu um sorriso tímido.

Ela se abaixou e recolheu os livros que só agora eu tinha percebido que  tinham caído. Seu coração se apertou em ver seus tesouros jogados na calçada. Se abaixou e também recolheu os que a mulher ainda não tinha pegado.

- Eu sinto muito por eles mas acho que não estragaram. - disse enquanto os entregava.

- É acho que não.

A sacola havia rasgada e o plástico que os envolvia também, então quando os mesmos foram empilhados nos braços de Ava, a metade foi ao chão, afinal, eram grossos e um pouco pesados.

- Ah não! - murmurou enquanto tentava apanhá - los.

- Deixa que eu levo - em segundos os livros já estavam nos braços da mulher que era mais baixa que Ava. - Pra onde estamos indo?

- Não precisa, meu carro está perto!

- É o mínimo que eu posso fazer. Vamos, me deixe ajudá-la.

A lora mais alta queria negar novamente, mas seu corpo pediu o contrário. Ele parecia ânsiar a presença da estranha loira.

- Ok, estacionei na rua de trás.

A mulher concordou e se pos à andar ao seu lado , deixando Ava mais nervosa do que antes.

- Prazer, Sara Lance. - falou estendendo a mão.

- Sharp, Ava Sharp - retribuiu  o aperto sentindo as mesmas sensações de antes.

- Você é daqui?

- Não, moro na cidade vizinha. Deriva! Conhece?

- Não, mas já ouvi falar.

- E você? - Ava perguntou olhando para frente mas voltou o olhar para Sara vendo que a mulher não tinha respondido.

Os profundos oceanos pareciam avaliar a pergunta enquanto olhava para frente.

- Não sou daqui. - disse por fim.

Ava entendeu o recado e não fez mais nenhuma pergunta. Minutos depois elas já se encontravam ao lado do veículo prata. Após guardar os livros Ava se voltou para Sara e percebeu que a loira a avaliava atentadamente.

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