Jenny, Lois e Any
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Assim, que Jenny, chegou ao apartamento das amigas, lugar que ela tinha grandes vivências, lembranças, ela abraçou as amigas e começou a chorar. Ela não falava nada, somente deixou escorrer dos olhos , toda a aflição e a insegurança que estava sentindo. Abraçadas permaneceram por um bom tempo, até que Jenny, resolveu iniciar seu desabafo:
-Lois, Any, estou perplexa, bestificada, com o comportamento que Deny tem apresentado, não sei qual a razão de seu autoritarismo, de sua insegurança e agressividade. O que torna tudo pior, é que ele fala, tudo que quer , como quer, não escuta, e quando escuta está tomado por uma fúria imensa, ele não assimila uma palavra, o que vale para ele, é o que ele diz, como e quando quer, desconheço esse homem com quem estou me relacionando agora, o Deny do início do meu namoro era outro, estou sem saber que destino tomar.
-Jenny! Diz Lois, seu companheiro amadureceu, ele deve estar sendo pressionado pelo meio que está vivendo, não deve estar conseguindo lidar com o fato de que tudo acontece quando tem que acontecer, ele quer que as pessoas ao seu redor o vejam como o homem que deu certo, tanto profissionalmente e também na sua vida pessoal, viver sem ter vínculos e alguém todo momento, deve estar mexendo com ele. Te ver crescendo, se tornando independente, o deixa inseguro, ele deve pensar, que você já não precisa dele para nada.
- Meninas, vocês não estão entendendo, Deny, não teve esse comportamento essa vez, já presenciei e vivenciei em outros momentos, estou assustada justamente com isso.
- Que outros momentos foram esses , pergunta Any.
- A primeira vez que vi Deny, demonstrar um comportamento diferente, foi em um jantar de negócios que ele insistiu e eu o acompanhei. Durante a noite, um dos empresários se dirigiu a mim, dizendo que eu era uma bela jovem, cheios de atributos que encantam qualquer homem, sorriu e brincou com Deny, dizendo para se cuidar, pois poderiam querer me roubar e estando tão ocupado nem perceberia. Na hora, fiquei desconfortável, mas me mantive equilibrada e acabei dizendo que era gentileza, mas que estava fora de cogitação tal proeza, que Deny sabia muito bem cuidar de mim. Assim, que a noite terminou, Deny estava muito incomodado e irritado, ainda no carro, me insultou, me chamou de oferecida, disse que estaria me insinuando ao seu amigo, não me deixou dizer uma única palavra, ao chegar na frente de meu apartamento, mandou que eu descesse, foi embora, me deixando estarrecida e sozinha.
As amigas estão incrédulas com que ouvem, elas desconhecem essas características de Deny, e eu também. -E que você fez:
-Cheguei em casa, tomei um banho,no chuveiro enquanto a água escorria no meu rosto, eu chorei muito e sozinha com meus próprios pensamentos, adormeci. Ao amanhecer, fui acordada por Deny batendo insistentemente na porta do meu apartamento, pedindo desculpas, dizendo que não conseguiria viver sem minha presença e jurando que isso não se repetiria, que fora tudo um mal entendido, que ele se sentiu enciumado em ver que outros homens me olham com malícia.
- Então amiga, disse Lois, ele ama muito você, deve sofrer por te ver despertando interesses, ver as pessoas te cortejando, deve lhe deixar inseguro.
-Concordo, ter alguém linda, inteligente e independente, não é para qualquer um, disse Any.
-Lois, Any, não parou por aí!
-Como assim, indagou Lois.
- Saímos, para jantar uma noite dessas, no restaurante, o garçom se mostrou muito solícito, educado, toda hora tratava de encher meu copo, perguntar se me sentia à vontade, na hora da sobremesa trouxe uma porção extra para que eu saboreasse, uma gentileza do estabelecimento. Vi nos olhos firmes de Deny, que ele não gostou, imediatamente, mesmo antes de terminar minha degustação, que ele pediu a conta, me pegou pelos braços com rispidez e arrastou para fora do restaurante, apertou tão forte meus braços, que me machucou,me disse coisas horríveis, em alto e bom tom, chamando atenção das pessoas ao redor, sai correndo, entrei no primeiro táxi que vi, novamente cheguei em casa,chorei, estava muito ferida, envergonhada, adormeci e acordei com o zelador interfonando para meu apartamento, avisando ter entregas, era Deny, mandou flores, chocolates e pedidos de desculpas, novamente prometendo mudar, recebi e decidi não ligar, me encaminhei ao trabalho e tratei de manter meus pensamentos longe de meus problemas pessoais, o dia estava produtivo e estava satisfeita com meus resultados. Porém, ao meio dia, ele apareceu na administração do museu, estava sorridente, bem humorado, como se nada tivesse acontecido, me beijou e disse que eu estava cheirosa e linda, quase não acreditei na sua capacidade de esquecimento.
