- Você está de sacanagem, né? – Hola perguntava irritado enquanto tomava um gole de café. – Você só pode estar de sacanagem com a nossa cara que assinou um contrato merda desses.
- O Hola tem razão, apesar do novo apartamento ser ótimo. – Anne olhava ao redor. – Acho que só a geladeira já é mais cara que o aluguel que estávamos pagando no outro.
- Sim, mas ainda é dois quartos, então ainda sou obrigado a dormir na sala quando você resolve trazer um cara para casa.
- E eu ainda preciso ouvir seu ronco à noite, mas não estou reclamando.
- Você está reclamando, na verdade reclama todos os dias quando acordo.
- Os dois podem parar de discutir igual um casal ranzinza e focar no problema! – O fato de Victória aumentar o tom de voz chamou a atenção de todos. – Helena, você sabe que pessoas famosas podem ser difíceis, Jiyong está na mídia faz um tempo, arranjando problemas em festas e saindo carregado. Como isso pode ser uma boa ideia?
- Bom, o contrato não tem uma cobrança de resultado, então se ele não se apaixonar por mim a gente não perde muita coisa, sabe? Achei que era uma forma de voltar para casa com uma boa reserva financeira.
- Mas e se a informação vazar? Pelo que você falou as multas são astronômicas e a gente não ia poder pisar aqui nunca mais!
- E desde quando temos dinheiro pra viajar pra Coréia do Sul todo mês? – Helena tentava manter um tom de voz calmo, para não assustar os amigos. – Olha vocês precisam confiar em mim, se ficarmos quietos no nosso canto, esse contrato não representa tanto risco assim. E nós vamos ter acesso a todas as festas e eventos do ramo, conhecer famosos, ganhar mimos. Viveremos uma vida de influenciadores sem precisar “influenciar” ninguém.
- Eu ainda acho que não faz sentido. – Anne interrompeu o discurso da amiga. – Para que contratar você? Nada contra miga, você é linda, mas para que ele foi buscar essa “musa” do outro lado do mundo? Por que não contratar alguém daqui?
- Seria mais difícil manter a pessoa calada eu acho. Pensem só, quem a gente conhece daqui? Ou quem do Brasil no nosso grupo de amigos ia se interessar por essa informação? Além disso, ele não pode impedir que uma pessoa daqui fique no país.
- E ele pode impedir que a gente fique? – Victória indagou.
- Bom, é uma obrigação contratual, em caso de quebra rolam multas também, além disso, imagino que um homem com tanto dinheiro tenha contatos, então acredito que sim. – Helena suspirou e continuou. – Olha, a verdade é que a merda já está feita, eu já assinei o contrato, já nos mudamos, Hola já tomou um expresso da máquina de café...
- Muito bom por sinal. – Hola virava o último gole do seu café. – Você está certa, você já fez a merda e meio que já envolveu todos nós nela. Qual é o plano agora, advogada do diabo?
- Eu já disse, vamos ficar no nosso canto, tentar fazer algumas amizades, e ganhar nosso dinheiro. Para mostrar serviço vou tentar me aproximar do problemático vez ou outra, mas dificilmente vai rolar e logo nosso contrato será quebrado pela outra parte. Saímos daqui com algumas economias e boas histórias para contar.
- Falando assim parece até divertido. – Anne sorria imaginando as festas que viriam. – Vai ver arranjo um cara rico para mim, não seria de todo mal.
- Anne...
- O que foi Victória? Homens recebem por volta de 22% a mais que a gente, nada mais justo que tirar proveito deles financeiramente quando tenho a oportunidade... Fora que não vou escolher só por isso, é tipo um bônus.
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Jibe Gajima.
FanfictionNo país onde os sonhos parecem se realizar um grupo de amigos decide tentar a sorte em uma nova carreira, porém o curso de tudo muda quando Helena recebe uma proposta irrecusável: Ser o suporte emocional secreto de um artista. Antes que tomasse cont...