Sunset Glow II

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- Bom dia raio de sol! – Helena dizia enquanto pulava nas costas de Daesung durante o café da manhã. – O que temos planejado para hoje?

- Nada que envolva muito sol pelo visto, pimentinha! – Ele ria ao ver o tom avermelhado que tomou conta da pele clara de sua amiga. – Que tal caminharmos um pouco pelo bosque que tem aqui perto?

- Ótima ideia, parece ter umas pedras legais para escalar e tal. – Helena então olhou para Jiyong, mais uma vez próximo do casal de amigos. – Quer vir conosco, Jiyong?

- Eu? – um sorriso tomou conta do rosto de Jiyong, porém logo desapareceu ao olhar para o amigo. – Acho que fica para a próxima, fiquei de ajudar a Anne em uns planos para nosso último dia.

- Você e Anne trabalhando juntos? Fiquei até curiosa para ver isso.

- Quer trocar de planos então? – Daesung perguntou.

- Não façam isso! – Jiyong respondeu mais rápido do que deveria, pensando em como seria incômodo passar mais um dia observando a felicidade dos dois. – Quero dizer, pode acabar sobrando trabalho para vocês, melhor irem se divertir.

- Tem razão, vamos Daesung oppa! – Helena puxou o rapaz para fora da mesa e logo foram em direção ao bosque. Caminhavam lentamente enquanto falavam novamente de seus gostos em comum, até que encontraram uma rocha alta, com topo plano, então decidiram escalar. Para a surpresa do rapaz, a jovem escalou com facilidade, o auxiliando em alguns momentos. Quando chegaram ao topo os dois se sentaram e ficaram observando a paisagem. – Sabe, eu adoro o ambiente urbano, mas as vezes sinto falta desse silêncio.

- Digo o mesmo. Acho que na cidade sempre temos algo para fazer. O tempo todo correndo de um lado para o outro e pensando em tudo menos em nós mesmos, então estar aqui sem obrigações ou distrações é bom. Ajuda a colocar a cabeça no lugar e a pensar melhor nas coisas. – Daesung então deitou a cabeça no colo de Helena e continuou a falar de olhos fechados. – Ao menos está me ajudando a entender melhor o que sinto e a organizar meus pensamentos.

- E no que está pensando? – Ela perguntou enquanto acariciava o cabelo do amigo.

- Bom, nesse exato momento estou me perguntando como você escalou tão rápido. – Ele disse rindo. – Sério, como conseguiu?

- Eu morava em uma área bem tranquila na infância e perto tinha um bosque com várias árvores e rochas como essa, então escalada era uma brincadeira comum. Mas não ache que você vai conseguir desviar da pergunta tão facilmente. Me diga, no que você tem pensado?

- Bom, acho que meus sentimentos estão confusos. Eu ainda estou tentando superar meus problemas pessoais, aquele término que te contei me abalou muito, achei que me casaria com ela, e no final acabei descartado mais uma vez. Difícil não questionar minha relevância na vida de todos depois disso, sabe? Tenho a impressão que se eu sumisse ninguém daria falta. Claro que as fãs perceberiam, mas eu falo das pessoas próximas a mim. Sou amigo de todos, mas não pareço o melhor amigo de ninguém, não sou a primeira opção de ninguém.

- Entendo esse sentimento Daesung, mas isso é subjetivo. Você pode ser a primeira opção em diversos assuntos e não em outros. Por exemplo, não consigo me imaginar aproveitando um momento assim com mais ninguém. Anne e Hola estariam reclamando dos insetos, Victória estaria tirando fotos de todas as plantas, e dos outros rapazes nem se fala, quase não falo com eles. Mas ao mesmo tempo, não consigo te imaginar como uma primeira opção para ir a um mc donalds de madrugada, por exemplo.

- Isso não é justo, sabe que durmo muito cedo!

- E é exatamente por isso que não seria minha primeira opção. – A jovem riu da reação do amigo e continuou. – Eu também me senti muito assim, e as vezes ainda me sinto, mas tento sempre me lembrar que eu nunca vou ser boa em tudo que faço, ninguém consegue ser bom em tudo. Isso se aplica para tudo, inclusive amizade. Você é a primeira opção dos seus amigos para muitas coisas Daesung, e acho que se chegasse a ser em tudo acabaria surtando.

Jibe Gajima.Onde histórias criam vida. Descubra agora