//voltei, meus amô! música de hoje: "feel something - Bea Miller"
Algumas estações depois, Tasha e Patterson chegam ao apartamento da morena, depois de tirar os sapatos e se jogar no sofá da sala, a cientista pega seu telefone. Ela sentia a cabeça girar mas os efeitos da tequila já estavam amenizando, a pequena viagem de metrô tinha dado tempo para a mulher se recompor. Tasha pega um copo de água e entrega à loira, que agradece com um sorriso.
- Então, vou chamar um carro. - Patterson diz quando termina de beber água.
- Por que? Achei que iria dormir aqui... - a morena se senta ao seu lado no sofá, colocando os pés em cima da mesa de centro.
- Eu só estava dando um tempo pra eu parar de ficar doida, mas eu prefiro dormir em casa. - a loira explica se esticando no sofá.
- Ah sim, é que fiquei preocupada, tem certeza que vai ficar bem? Você pode ficar se quiser, tem um outro quarto aqui. - a amiga insiste.
- Eu sei me cuidar, Tasha. Obrigada mesmo! - sorriu irônica e depois ficou séria.
- Patterson, eu não disse que você não sabe. - encarou os olhos azuis da mulher que a olhava sem expressão.
- Mas você pensa isso, você pensa que eu não tenho capacidade de me cuidar.
- Lógico que não! Eu só me preocupo... - a morena tenta explicar mas é interrompida.
- Mas que porra de preocupação é essa? Você tá na minha cola, tipo, sendo super protetora. Eu fiz alguma coisa? Porque tem tempo que eu sinto que deixamos de ser amigas e nos tornamos mãe e filha. - cruza os braços e levanta as sobrancelhas esperando uma resposta da amiga.
- Depois de tudo que você passou eu só... Sei lá, Patterson, você se distanciou, só isso. Quer saber? Você ainda tá bêbada e tá vendo coisa onde não tem. - foge do assunto - Você tá fazendo merda desde a hora do bar! - levantou-se do sofá e ficou de frente para a loira que arregalou os olhos indignada com o que Tasha acabara de dizer.
- Olha aqui, Zapata, tudo no bar não passou de uma brincadeira. Mas se você não quisesse que eu tivesse te beijado, era só me empurrar para trás! - também se levantou - E depois de tudo que todos nós passamos, acho que todo mundo precisa de espaço. Com licença, preciso ir. - a loira saiu do apartamento deixando a latina sem palavras.
A mulher, agora sozinha em seu apartamento, voltou a se jogar no sofá assim que a porta se fechou. Respirou fundo o cheiro do perfume doce de Patterson que impregnou a sala e sentiu uma lágrima pesar seus olhos. A verdade era que nem mesmo Zapata tinha a resposta para a pergunta da cientista, por que toda essa preocupação e esse instinto de proteção? Ela só sabia que quando pensava em Patterson tudo de ruim desaparecia e apenas aquela imagem maravilhosa do sorriso da loira tomava conta de sua mente. Só de imaginar que algo de ruim pudesse acontecer à alguém que a fazia tão bem, seu estômago embrulhava e talvez fosse isso que a fizesse querer protegê-la. Mas não deveria ser assim com todos os outros amigos também? De fato aquela discussão poderia ter sido evitada se a morena soubesse expressar com palavras o que estava sentindo, porém isso não era muito o forte dela e, consequentemente, fez a loira entender tudo errado. O que mais doía era saber que ela tinha magoado um serzinho tão perfeito.
Do lado de fora do prédio, o vento batia forte no rosto de Patterson que se encolhia enquanto esperava o carro. Xingou a si mesma mentalmente pelo seu carro ainda estar no conserto e depois xingou o cara que bateu nele, na verdade ela poderia encontrar motivos para xingar o mundo inteiro naquele momento. Não sabia ao certo se sentia raiva, tristeza ou se estava decepcionada por ter sido subestimada e começou a ficar ainda mais insegura consigo mesma e com suas ações. Tasha era a pessoa em que a loira mais confiava, sua melhor amiga que sempre a encorajou em momentos de insegurança e agora ela tinha sido o motivo de tudo. Por um momento desejou que se esquecesse do que tinha feito no bar quando acordasse mas ela sabia que não iria esquecer, porque mesmo que o álcool a tenha encorajado a fazer aquilo, ela queria fazer. A cientista não conseguiu se envolver sentimentalmente com mais ninguém depois que Borden fez o que fez com ela, a sua escapatória era dormir com pessoas em um dia e nunca mais vê-las no outro dia. A mulher realmente tinha medo de se apaixonar e quebrar a cara novamente. Há tempos já tinha mostrado interesse por Tasha mas nunca transpareceu isso como se fosse algo sério e nem queria que fosse, por isso a amiga não deu confiança porque sabia que Patterson iria sumir no outro dia e não iria levar nada a sério, como fez no bar. Era um grande impasse.
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what are you afraid of?
FanfictionNovos sentimentos surgem entre Patterson e Tasha, será que vai ser simples aceitar tudo isso? Talvez elas descubram que as coisas são um pouco mais complexas do que realmente parecem. Aos fãs de Blindspot, não segui exatamente uma linha do tempo cer...