Cário e Átimes, após umas poucas semanas, já haviam conseguido uma nova casa para morarem. Instalaram-se num bairro residencial próximo à praia. Era uma casa branca com um pequeno gramado.
Eles estavam desempacotando caixas e colocando tudo o que tinham em ordem.
— Toc-Toc! — Alguém tocara na porta.
— Quem será que é, tio? — O menino retirava seus brinquedos de uma caixa.
— Faço a menor ideia.
Cário abriu a porta e encontrou um homem de camiseta azul, calça jeans, sapato social e cabelo ruivo encaracolado.
— Bom dia! Meu nome é Adam Sholder e vim lhes dar as boas-vindas. — O homem sorria.
— Ah... Obrigado. Chamo-me Cário, e esse é meu sobrinho, Átimes. — O sobrinho se aproximou.
Adam esticou o braço. Cário apertou sua mão e Átimes fez o mesmo.
— Sintam-se bem-vindos. Se precisarem de alguma coisa, podem me chamar. Eu moro aqui do lado com minha esposa.
— Sim. Muito obrigado. Chegamos faz pouco tempo. Prazer.
— Estão conseguindo organizar as coisas?
— Sim. É que ainda tem mais por vir.
— Vieram daqui mesmo de São Francisco? — Cário nem sabia o que responder. Não achava que o humano acreditaria que ele viera de outra galáxia.
— Não. Do outro lado do país.
— Onde? Flórida? Nova York? Massachussets?
— Esse primeiro.
— Flórida?
— Isso. Me mudei pra continuar o meu negócio. Uma loja de várias coisas.
— Legal. Vai ficar no centro?
— Ainda não sei, mas é o que quero. Vim primeiro me acomodar pra depois decidir.
— Normal. Bem... espero que gostem. Qualquer dúvida, tô à disposição.
— Tchau. — Adam voltou para sua casa.
Cário fechou a porta e continuou desempacotando caixas.
Átimes subiu as escadas e entrou em um dos quartos. Ele estava vazio com algumas roupas dele no guarda-roupa. Através da janela, avistou o restante das casas e uma faixa de mar.
— Quer ficar com esse quarto? — O adulto apareceu.
— Quero.
— Eu fico com o outro. E então? Gostou da casa?
— Gostei.
— Ela não é grande até porque só vamos morar nós dois, certo? Mas o que você sente até agora? De Adam, dos humanos?
— É muito cedo, mas parece tranquilo. Só me dá saudades, às vezes, de Rêtulo, Ariane, da minha avó.
— Compreendo. Quando eles tiverem se fixado no mundo de Ósder, vamos visitá-los. Agora ajude-me a arrumar as coisas. — Ambos desceram.
Uma hora depois, outra pessoa batia na porta.
Ambos desceram para ver quem era.
Era um homem jovem de uns vinte e cinco anos com um uniforme azul.
— Bom dia! Sou do Ministério de Ósder e vim lhe entregar esse papel. — Ele retirou, de sua bolsa de carteiro, um envelope.
Cário o recebeu e assinou seu nome em uma prancheta.
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Átimes Genard e os osderianos- O Suc Mentar
Ciencia FicciónAlguns anos atrás, em uma galáxia afastada da Terra, existia um planeta parecido com o nosso chamado Ósder. Nele, havia pessoas inteligentes, gentis e com poderes. No entanto, o equilíbrio desse planeta é perdido por um homem chamado Thomas Plink, q...