O futuro de Átimes e do planeta

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Átimes estava em um sono profundo, sendo carregado por Hambertain a doze metros do que sobrara do chalé 263. O dia estava nublado. Não se ouvia muito barulho.

Um sujeito se aproximou obrigando Hambertain a se virar.

— Quem é você ? — Hambertain se virou e viu um homem machucado, cheio de arranhões, com o olho direito inchado, de cabelo preto e pele escura com as roupas rasgadas. — Tigoriano?

O aurel se aproximou e disse:

— Que bom. Átimes está a salvo. — Ele deu um longo suspiro.

— Tigoriano. O que aconteceu com você?

— Eu e os outros aureles fomos atacados por destruidores. — O professor de filosofia tentava entender toda a situação.

— Dérion os mandou vir? — Tigoriano assentiu com a cabeça.

— Sim. Ele estava desconfiado de que Destrot poderia vir atacá-los. Eu e mais quatro aureles viemos. Tivemos uma briga séria e feia. — Hambertain estava mais curioso. Não havia sido avisado de que os aureles viriam.

— Que tal conversarmos em outro lugar?

— Claro. Vamos para a minha nave.

Eles seguiram até um lugar ao lado de uma ponte. Havia poucas casas ao redor. O ambiente estava tranquilo. A nave era de tamanho mediano e de uma coloração azul. Era bonita, com linhas brancas na superfície e faróis enormes.

 Em frente, via-se um pequeno rio. Tigoriano puxou do bolso as chaves, clicou nelas e, no mesmo instante, a porta se abriu e uma pequena escadaria surgiu.

No início, havia seis cadeiras, em cima, um espaço destinado a armazenar bagagens. Também havia um lugarzinho pequeno dentro de um conjunto de quatro paredes, onde ficava a privada. Na sala de comando, havia duas cadeiras e quatro monitores e três teclados.

Tigoriano pegou um cobertor de cima, colocou-o no chão e fez uma bola com outro cobertor.

— Pronto. Pode colocar Átimes aqui. — Hambertain lhe obedeceu e o olhou atentamente. O menino estava com o rosto um pouco vermelho e tinha uns poucos arranhões.

Eles se sentaram.

— Tigoriano. Obrigado pela ajuda, mas acho que você deveria estar no hospital.

— Eu fui levado a um posto de saúde próximo à pousada. Contudo, logo acordei e fui correndo atrás de Átimes e Kentra.

— Você deveria voltar. Aliás, como tá se sentindo ?

— Não.Tô bem assim. — Ele tomou fôlego. — E me diz uma coisa: Dérion também te mandou?

— Sim. Ele disse que era bom eu vir caso vocês tivessem muitos problemas. Então eu era o plano reserva dele.

— Você sabe algo de Kentra ? — Hambertain ficou num silêncio reflexivo.

Tigoriano já sabia naquele momento qual era a resposta.

Hambertain, para não deixar dúvida, afirmou com a cabeça dolorosamente.

— Faz menos de uma hora que cheguei. Fui correndo à procura dos dois. Vi o chalé destruído, o corpo de Kentra no chão e Átimes desacordado.

— O que você fez com o corpo ?

— Cobri com um lençol. Não sabia o que fazer. Não queria que Átimes acordasse e visse aquilo. — Nesse momento, Átimes se mexeu.

— Ele tá começando a acordar. — Falou Tigoriano.

O menino se despertou e se levantou. Passou o olhar pela nave.

Átimes Genard e os osderianos- O Suc MentarOnde histórias criam vida. Descubra agora