A porta do quarto batia insistentemente. Levantei da cama, amaldiçoando o ser que me acordou às seis da manhã, a escola e o frio que vinha com o vento que invadia o quarto pela janela aberta. Se no Brasil já é frio de manhã, aqui é congelante. Abri a porta, ainda de olhos cerrados de sono. Mas logo minha expressão mudou. Ele não dormia, não? Sério, às seis da manhã ele já estava impecavelmente arrumado? Bufei. Okay, ele era uma assombração, com um cheiro "impregnante" e que não largava do meu pé.
- Estou saindo daqui à uma hora. - Falou sério. Levantei uma sobrancelha. Sr. Malik se aproximou, falando mais baixo: - Tenho ordens a cumprir. - E saiu andando pelo corredor, sumindo pelo mesmo ao descer as escadas. Bufei e fechei a porta com força. Não estava nem um pouco a fim de andar no mesmo carro que ele novamente. Em quarenta minutos, meu recorde, tomei banho e vesti meu uniforme: uma blusa social vinho justa, com o símbolo da escola no peito esquerdo e com os três primeiros botões abertos; gravata preta com o nó frouxo; saia pregada curta (ainda ia tirar satisfações com Court) xadrez em tons de marrom, vinho e vermelho e calcei meu all star branco de couro. Meus cabelos estavam soltos e secos. Peguei minha mochila e desci para a varanda, onde tomavam café. Apenas a Sra. Peter, Meredith, estava lá tomando café, a não ser por um garoto de cabelos pretos lisos, olhos castanhos, pele branca, estatura média, forte e hot sentado com ela. O Sr. Malik estava de pé, ao lado da mesa do café.
- Mila! - Meredith disse sorridente. - Esse é Martin, meu primeiro filho.
- Olá. - Ele sorriu. Sorri de volta, calada.
- Court já acordou? - Perguntei, mudando de assunto.
- Verdade, onde ela está? - Martin olhou para a mãe que não soube responder.
- Está gripada. - Sr. Malik respondeu e Meredith apenas assentiu. Ou seja, de ressaca. Ontem ela exagerou mesmo.
- Bom, vou indo. - Falei rápido, já me virando.
- Não vai tomar café? - Martin perguntou.
- Ah, não. Tô com pressa. - Dei de ombros, tímida.
- Quer carona? É caminho da minha faculdade. - Martin sorriu fofo.
- Não, obrigada, tenho que sair agora. - Sorri de volta.
- Okay, eu te levo. - Sr. Malik se manifestou.
- Faça isso. - Meredith mandou, me mandando dois beijinhos. Forcei um sorriso e segui o Sr. Malik até o Jaguar na garagem. Court nunca mais ia beber tanto em véspera de aula, fato. Entrei no carro, ao lado do Sr. Malik, e ele acelerou, nos tirando dali.
- Dá para não correr tanto?! - Perguntei, me segurando no banco.
- Bom-dia para você também. - Sr. Malik desacelerou. Ficamos em silêncio - Por que é assim? -, mas só até ele quebrá-lo. Suspirei.
- Bom, minha mãe e meu pai se amavam muito e então não usaram camisinha. Logo, eu surgi assim, graças a algo chamado genes. - Sorri irônica. Sr. Malik bufou.
- Isso eu sei, okay? - Acelerou o carro. Estávamos bem rápidos novamente. - Só quero saber por que é tão idiota. - Falou normalmente.
- É assim que ajo com cafajestes. - Dei de ombros. Estava decidida a não me estressar por causa dos comentários e "elogios" dele.
- Você não me conhece. - Falou convicto.
- Está rápido de novo. - Deixei de lado o que ele disse. Sim, eu não o conhecia, mas nem estava disposta a conhecer.
- A arte de mudar de assunto... - Pensou alto e eu o encarei, já desistindo de ter um diálogo normal uma hora ou de pelo menos nunca falar com ele, o que seria, da minha parte, um grande prazer.
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Síndrome de Estocolmo
FanfictionZayn Malik um motorista sexy, manipulador e misterioso e Mila uma garota que esta prestes a ser mais uma na armadilha dele! inspirado na música stockholm Syndrome do álbum Four Da Boyband One Direction