Capítulo 18

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P.o.v Draco

Hermione e eu passamos a manhã inteira brincando com as crianças. Para ser sincero, estou totalmente exausto, esses dois cansam qualquer um. Agora, os bonitinhos estão tendo o "soninho depois do almoço" enquanto a mãe deles e eu estamos estudando na biblioteca. Estávamos lendo um livro de história da magia, no caso é a matéria que eu mais odeio, principalmente a aula, mas o que me surpreendeu é que aparentemente, Hermione também não gosta dessa matéria, e tirei minhas conclusões quando ela respirou fundo, fechou o livro e disse que iria descansar um pouco com o rosto entre os braços cruzados em cima da mesa. O problema é que já se passou quase uma hora que ela está "descansando", deve estar é capotando.

— Hermione — Falei a cutucando — Hermione! — Nada, nem um mínimo movimento, só um resmungão — Scorpius e Lyra levaram todos o seus livros — Disse bem baixinho no seu ouvido. Ela levantou a cabeça na hora e quase bateu no meu nariz.

— Mentiroso.

— Você dormiu.

— Não dormi, não! Só fechei os meus olhos por alguns minutinhos.

— Uma hora são minutinhos para você?

— Não fiquei daquele jeito por Uma hora — Apontei para um relógio na parede da biblioteca e ela se virou para olhar — Eita, passou tão rápido.

— Vai dormir, Mione.

— Não, tenho que estudar para o N.I.E.M.s, e você também.

— Estudar cansado não adianta nada.

— Adianta, sim — Eu levantei e comecei a empurrar para o quarto enquanto ela travava as pernas no caminho.

— Para com isso, você está parecendo uma criança.

— Então não me empurra — Ela se jogou no chão e ficou lá, deitada — Me deixa voltar para a biblioteca, não estou com sono.

— Levanta, Hermione.

— Não!

— Ah é? — Pequei ela pelos braços e a coloquei deitada nas no meu ombro enquanto ela começou a socar a minha costa.

— Para! Me põe no chão! Nem meu pai faz isso comigo e não você que fará!

— Você está insuportável.

— Imbecil.

Chegamos no quarto dela e eu a joguei na cama. Adivinha o que ela fez? Levantou e sentou em uma cadeira perto da porta.

— Não gosto de ser obrigada a fazer nada — Disse ela de braços cruzados.

— Ai! Você está chata!

— Sai de perto da porta e me deixa voltar para a biblioteca.

— A sua cara está inchada.

— Não está.

— Vem cá — Disse pegando o braço dela — Acabei de descobrir para quem a Lyra puxou — Ela levantou devagar.

— Deixei meus livros na biblioteca.

— Ninguém vai mexer, as criadas tem instruções de trancar portas que as crianças não poderiam entrar sem adultos.

— Se você diz.

— Deita aqui — A empurrei de volta para a cama e deitei do seu lado — Vamos conversar.

— Não, já entendi o que você quer! Me distrair até eu cair no sono.

— Quero conversar.

— Sei....

— Como vai os seus pais?

— Bem, consegui desfazer o feitiço que fiz neles, graças a Merlim.

— Feitiço? Que feitiço?

— Obliviei eles para se eu morresse na guerra, eles não sofreriam. Então para eles eu não existi por quase um ano.

— E como eles reagiram quando você retirou o feitiço?

— Ah! Ficaram muito zangados comigo, mas no fim me entenderam e fui perdoada — Ela riu e logo soltou um bocejo.

— E como é a sua casa?

— Comum, meus pais nunca foram de querer coisas estravagantes.

— Qual a profissão deles no mundo trouxa?

— Dentistas — Ela falou baixinho e olhei o seu rosto, eu estava quase vencendo.

— Pensei que era algo totalmente diferente, mas até bruxos tem dentistas.

— Eles amam o que fazem, e pelo menos eu tenho dentes saudáveis — Ri da resposta dela porque ela falou engraçado por causa do sono.

— E quão profissão você quer ter? — Perguntei e ficou um silêncio no quarto, virei para ela e vi que tinha vencido, consegui a colocar para dormir.

A embrulhei e deitei do mais perto dela. Fechei meus olhos para dormir também, eu deveria estar tão cansado quanto ela. Uma recomendação, evitem ter gêmeos se você não tiver certeza de que eles serão bem comportadinhos. Brincadeira, amo a personalidade de Scorpius e Lyra, eles animam qualquer lugar.

* * *

Hermione p.o.v

— Mamãe, acorda — Uma voz suave invadiu meus sonhos — A vovó vai dar um lanchinho para todo mundo.

Abri os olhos lentamente e vi Lyra do meu lado. Então o oxigenado conseguiu me fazer cair no sono? E lembrando bem do que fiz, vi que realmente nem comportei como uma criança. O que me deu na cabeça para me jogar no chão?

— A senhora e o papai fizeram as pazes? — Perguntou ela.

— Por que você perguntou isso?

— Ele está lhe abraçando — Olhei para baixo e vi que Draco estava abraçando a minha cintura, virei para trás e ele dormia calmamente. me soltei devagar para ele não acordar e saí do quarto com a Lyra, o deixando na minha cama.

— Onde está o seu irmão, princesa?

— Ajudandando a vovó a pintar uma paisagem.

— Vamos lá?

— Sim! Sim, sim, sim, sim!!! — Ela começou a pular.

— Nenê! Para! Vai acordar o seu pai!

— Desculpinha, mamãe.

Ela pegou a minha mãe e me direcionou até uma sala onde vi Narcisa e Scorpius sentados em bancos, pintando o jardim que dava para ver da janela. Cheguei perto deles e elogiei o quadro, que estava ficando perfeito.

— Não sabia que você pintava, Scorpius — Falei o abraçando.

— Foi a vovó que me ensinou, mãe!

— Eu ensinei? — Falou Narcisa rindo — Me sinto lisonjeada.

— Vovó Ciça, já podemos encher a barriguinha? — Perguntou Lyra.

— Claro, meu amor! Vamos — Ela pegou a mão dos gêmeos e saiu andando — Mione, cadê o Draco?

— Dormindo — Respondi rindo — Esses dois nos cansaram de tanto jogar Quadribol — As crianças nos olharam com uma cara cínica e rimos delas.

Quando chegamos na sala de jantar, nos sentando e comemos. Draco chegou depois com a cara toda amassada e quase nem conversou com ninguém, acho que a alma dele não tinha voltado para o corpo ainda, mas me mostrou um sorriso vitorioso e entendi ao que se referia.

Os Gêmeos Granger-Malfoy: Confusões de um vira-tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora