Capítulo 17

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Angel

    A Porta foi aberta trazendo consigo a vista da enorme sala diante de nossos olhos, móveis rústicos e empoeirados, além disso o cheiro de mofo estava esuberante como fragrância em torno de tudo.
   A verdade é que estava como uma verdadeira detetive, seria e determinada achar algo de importante ou no mínimo significativo naquele lugar, o companheiro ao meu lado gesticulava seus olhos observadores perante o ambiente, nada dizia sendo concentrado no trabalho, diferente de mim que almejava de determinada maneira repetir os acontecimentos anteriores de seu contato físico, o ter perto o suficiente mas ao mesmo tempo longo o suficiente parecia uma tarefa insuportável.
   Nossos corpos moveram se para o lugar, em um vento espontâneo minha pele do braço toca na sua, gelada e pálida pele, sinto estar vermelha quando nossos olhares cruzam se, esse modo tímido impede de ser uma profissional competente, porém meus sentimentos parecem querer pular para fora de meu corpo.
    Caminho até a cozinha, lembro que essa fora o local do acontecido, fico calada tentando procurar o inesplicavel, tudo parecia normal, sem fotos ou quaisquer objetos quebrados,a casa não possuía câmeras ou novos moradores atuais,nesse caso senti que deveríamos buscar em outro lugar.
    Com um pouco de pressa acabei esquecendo de Lawliet que não encontrava se ao meu lado conforme sai para fora da residência, alguns minutos após o ocorrido cogitei a hipótese de voltar a sua busca, entretanto esse já viera em meu encontro, seguido de um objeto em mãos, pensei ser um diário, mas ao envés disso fiz a leitura da capa que dizia álbum de fotos.

L:- Acho que achei algo interessante.._
diz mostrando algumas das fotos de minha antiga vizinha, ao seu lado encontrava se uma menina pequena com cara de chata, traços familiares, mas não o suficiente para reconhecer a mesma, porém quando Lawliet falou as peças encaixaram se como uma luva,a jovem sorridente na foto era professora Anastácia.
   Então mais uma evidência a ligava ao crime, ela estava ligada a mais um fragmento do caso, a primeira teoria seria a  inteligência em manipular os acontecimentos como estratégia de parecer algo planejado ou mera consciência, isso continuava acontecer em muitos relatos quando tratava se de verdades acobertada.
    A segunda alternativa seria sua incompetência em deixar tudo fácil o suficiente para a capiturar, julgo ser suspeito.
    Após mais algum tempo procurando alguma outra informação  sobre o ocorrido resolvemos ir embora para casa de vovô, esse costumava gostar de cozinhar além de contar histórias relacionadas a suas aventuras vividas pelo mundo, no fundo admirava a coragem do mesmo.
   No caminho percebi que Lawliet parece pensativo, no mínimo sem expressão apesar de calmo, gostaria de saber o que passa em sua cabeça além do caso, estaria ele interligando as peças do caso ou simplismente esse estava calado.
    Noto pela primeira vez então a presença do cubo em seu bolso, esse estava o olhando, certo tempo depois pegou encarando fixamente para o fragmento, olhando para meu rosto depois como em um gesto de dúvida se falava ou não.
  
Angel:- Aconteceu alguma coisa?

L:-Não acho que devemos ter essa conversa nesse momento.

Angel:- É sobre o que aconteceu no ônibus?

L:- Você é uma garota incrível, reuni todos os requisitos para uma pessoa  como eu ter sentimentos por a mesma.

Angel:-Mas existe a questão de sermos de mundos diferentes..

L:-Tenha consciência de você ter significado muito para mim,aceitei resolver o caso com você por motivos que incluíam mais que sua insistência , pois queria presenciar seu lado dedutivo e capacidades.

Angel:- Isso tem alguma coisa ligada com o cubo?

L:- Acho que já descobri a combinação para meu destino, todavia não se preocupe, somente irei ao finalizar a investigação.

Angel:- Eu sabia que uma hora você iria conseguir, só não imaginei ser agora_não antes de termos uma vida juntos....

L:-Antes de...?

Angel:- Nada, é só um pensamento bobo, precisamos entrar._falo abrindo a porta da casa de vovô com uma cara de morte e caminhando até o quarto em que estava.

L:- Está tudo bem?_balançabdo com a cabeça assenti o deixando próximo ao seu quarto.
  
   Não havia motivos para estar depressiva ou brava, afinal o garoto que eu amava só estava prestes a partir para sempre, não tivermos tempo para praticamente nada, fui incapaz de o fazer feliz, o ajudar, fazer a diferença, será que fui algo significativo de fato  para L. Lawliet?

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Em outro mundo estou (Lawliet)Onde histórias criam vida. Descubra agora