Capítulo 3

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L.Lawliet
  Os dias insistem em passar e eu estou preso em um mundo estranho e complexo de observar, durante esse tempo passei cerca de 80 %  analisando os mesmos traços anteriormente supervisionados do cubo porém sem resultados.
  A garota dos cabelos verdes cujo nome desconheço retratando essa como Angel para não obtermos laços após minha partida, aparentemente está sabia várias coisas sobre mim o que era um tanto estranho.
    A jovem sorri e passa boa parte do seu tempo em minha companhia, eu estou na almofada trabalhando em meus objetivos e ela com postura seria, curiosa e especuladora sobre algumas questões em relação a mim, no entanto após receber respostas objetivas essa cansa e começa um leitura, horas passam se e a tonalidade de atenção sobre uma diversidade de assuntos refletidos no livro persiste, certa vez entonei uma conversa e para minha surpresa essa era capaz de falar de ciências e tecnologias indecifráveis as pessoas comuns, sem dúvidas ela era intelectual.
    Uma pessoa interessante podemos se dizer é uma pena que estamos fadados a não morarmos no mesmo mundo, Angel é a versão idealizada do que um dia pensei caso tivesse uma irmã mais nova.
   Garota inteligente, persuasiva e com uma personalidade amigável, embora oculte algumas coisas, como o fato de passara tanto tempo aqui na casa da árvore esteja também relacionado aos constantes machucados que essa falha em tentar esconder com roupas ocultando 90% de seu corpo exceto os ferimentos e ematomas, mas quem faria isso? Foi a pergunta que fiz a mim memo na primeira vez que deparei com determinada cena, com as horas, dias ao meu lado e entre nossos poucos diálogos destinados a vida pessoal essa comentou sobre problemas familiares, escolhas e pensamentos peculiares ao padrão estabelecido pela família e com isso as  "discussões" sinto em pensar nessa passando por absurdos como esse, ela não merece tal destino, deveria seguir seu caminho solo sem aqueles que prejudicam sua vida.
...
   Eram 11:00 horas o horário de costume para sua chegada, seus pais saíram logo ao amanhecer enquanto a jovem cuidava dos afazeres domésticos durante horas, logo após terminar vinha com alimentos, no qual devo confessar que desde minha chegada essa passou a deixar doces mantidos aqui.
   Essa alegou ser por doces  terem alta taxa de glicose e ajudar a manter a energia, porém as vezes acho que essa sabe o quanto sou viciado neles.
   Quando menos espero essa aparece, como de costume trajando roupas largas, mas reparo que está mancando, corro ajuda lá, essa um pouco sem graça agradece e  abaixa a cabeça evitando o contato comigo, questiono mentalmente o que estava acontecendo, além disso a jovem estava com alguns livros de anatomia e química aquantica, essa costumava estudar além de tudo, não importava quantos problemas passassem.
    Ficamos algum tempo calados, ela agora estava sentada sobre a janela, até iniciar um assunto sobre o cubo.

- Você conseguiu alguma pista sobre o cubo?
- Não, ainda estou traduzindo, inclusive devo agradecer você pelos livros, eles continham alguns sinais traduzidos.
- De nada...
- Você quer falar sobre seus machucados?_ela permanece algum tempo em silêncio enquanto a observo....
- Meus pais, eles fizeram isso por eu não querer aceitar meu destino._fala entre soluços enquanto começei a pensar qual seria a atitude correta diante de determinada situação, não fazia a mínima ideia de como lidar com uma jovem chorando, talvez falar que tudo ficaria bem, mas se eu considerar a probabilidade de isso realmente acontecer eu chegarei em uma resposta não muito agradável, nesse caso resolvi ficar calado, porquanto seria indelicado de minha parte falar a ela minha opinião sobre o quanto os pais dessa eram pessoa primitivas mentalmente e ela deveria seguir o que realmente almejava.
- Jamais desista de seu objetivos, por ninguém somente assim você conseguirá justiça._ falo a encarando..
- eu posso te dar um abraço?_ essa fala olhando nos meus olhos com grande tristeza, sem saber o que falar simplismente acento com a cabeça a deixando encostar a cabeça sobre meu peito retribuindo o abraço, a sensação era estranha, jamais fiquei próximo de alguém naquele nível.
   Inclusive na maior parte do tempo julguei a proximidade humana inconveniente e inútil, porém quando senti aquela criatura frágil soluçar de tristeza e desamparo minha atitude foi cogitar a hipótese de adquirir ela como uma amiga, quem sabe um laço de irmandade não nós uniria a partir daquele momento.
- Eu não sei o tempo em que você ficará nessa realidade, mas preciso falar que você é muito importante para mim_ diz Angel apertando suas mãos em meu corpo, confesso ter ficado espantado com tamanha revelação.

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Esse capítulo ficou em rascunho, durante algum tempo...

Em outro mundo estou (Lawliet)Onde histórias criam vida. Descubra agora