Catorze

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*Para os narnianos que buscam refúgio nas fanfics de nosso universo preferido, muito obrigada! Vocês são a razão pra eu continuar publicando. Apesar de ter demorado tanto tempo, espero que gostem deste capítulo. Grandes surpresas estão por vir...*

~*~*~

O elefante sobrevoava os belos campos floridos, olhando sempre para frente, balançando suas enormes orelhas.

Theo ficava maravilhado com tudo que via: árvores coloridas, monumentos abandonados, inclusive os destroços de Cair Paravel, onde o paquiderme pousou, deixou seus passageiros e logo retornou a voar; mas alguém não queria que ele fosse.

-Ei! Amiguinho! - gritou Theo na beira do penhasco. - Porque não fica com a gente? Nós te protegemos e você nos protege!

-Nem morta que eu vou ter que cuidar de um elefante! - vozeirou Suzana insatisfeita.

-O que tem contra os elefantes? - pergunta uma voz pueril, porém alta e forte.

-Não vai me dizer que elefantes também falam? - pergunta Theo com um sorriso no rosto. Ele acabou se apegando ao animal.

-Claro que sim! - contou ele voando em sua direção. - Minha mamãe me contou que falamos graças a Aslam.

Aslam... não sabendo como, Theo se encheu de uma alegria inexplicável. Seu coração se cobriu da mais pura disposição e coragem. Ele já ouvira esse nome antes, mas não se lembrava do quão maravilhoso ele era.

-Por favor, fique! - insistiu o menino. - Talvez ele saiba algum lugar que podemos passar a noite, que aliás, já está chegando. - completou ele olhando e apontando para o céu.

-Sabe de algum lugar? - perguntou Suzana se dando por vencida, e o elefantinho logo se animou e foi voando na direção dos humanos.

O elefante que, apesar de ser bem jovem conhecia muito bem a sua morada, os guiou para um lugar conhecido por Suzana: o porão de Cair Paravel, onde por uma vez, abrigou os pertences dos Reis e Rainhas do Passado.

Obviamente, o animal não conseguiu entrar, mas prometeu ficar de vigia na porta. Suzana colhia maçãs par comerem, e Theo fez uma coberta de folhas para o paquiderme.

-Nessa correria toda, acabei me esquecendo de perguntar seu nome. - observou Theo juntando algumas folhas.

-Me chamo Tivo Tyui Halub. - respondeu ele todo pomposo.

-Para quê dar um nome tão complicado a um simples elefante? - Suzana ainda não se conformara com a presença do animal.

-Porque Aslam quis assim! - respondeu o elefante um pouco ofendido.

-Posso te chamar só de Halub? Achei mais fácil de pronunciar.

-Gostei! Halub! Parece o nome de uma fruta! - o animal se levantou e pulou em êxtase. Tremeu a terra com sua animação contagiante, mas perigosa.

-Pede para essa coisa parar! - gritou Suzana se aproximando do esconderijo, que de escondido não tinha nada, agora que o Halub havia resolvido fazer um pequeno terremoto.

-Em primeiro lugar: - começou Theo, passando por cima do elefante e entrando no abrigo por uma fresta da porta. - ele não é uma coisa, ele é um animal! E segundo: dá para para parar de desfazer da pobre criatura? Ele também é filho de Deus!

-Eu não conheço esse moço não! - gritou o paquiderme do lado de fora. - O primeiro da minha família foi criado por....

-Aslam. Já sabemos trombudo! - Suzana realmente não gostou da ideia de ficarem com Halub. Além de chamarem muita atenção, o apego pode gerar um pouco de atraso; Claro, do ponto de vista dela! Eu aqui não penso assim.

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