10. Envios Express

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Rafaella Kalimann's Point of View

14:24 PM de 05 de outubro de 2020

Bianca estava em perigo. E isso mudava o rumo da nossa investigação. Hélio começou o que tanto havia mencionado, está atacando aqueles que são mais próximo de mim. Mesmo que ambas não tenhamos mantido contato por esses anos, por algum motivo ele sabia que ela era uma arma poderosa contra seus planos maquiavélicos. E está usando-a como uma distração.

-Tem algum endereço ou nome de quem enviou? - a delegada analisava a embalagem em que foi retirado a carta e a imagem.

-Nada, apenas um envelope em branco. Ele não seria tão idiota de dar um deslize desses - e novamente estávamos na estaca zero.

-E se entrarmos em contato com a transportadora?

-Mas não tem informação nenhuma aqui na embalagem - Gizelly que antes muito esperançosa, agora parecia ter as perdido.

-Eu tô dizendo a transportadora terceira que trabalha diretamente com esse escritório. Eu posso ser novata aqui, mas quando recebi uma encomenda tive que arcar com uma série de prejuízo pois não sabia não poderíamos aceitar recebimentos somente de uma única transportadora

-Você tem razão, se essas informações chegaram até às nossas mãos, foi porque o envio foi autorizado - Marcela estava a postos em seu computador e digitava algo enquanto deduziamos uma possível pista.

-Achei, Envios Express, consegui o endereço físico. Se vocês quiserem mais alguma informação referente à isso, terão que pedir ao Pyong do setor de T.I

-Vamos lá falar com o gerente e tentar descobrir a carga horária dos funcionários. Se não conseguirmos as informações exatas, então falamos com o garoto do T.I - a delegada se pronunciou -Rafaella, me acompanhe por favor. E você Gizelly, peço que continue analisando o caso juntamente com os meus parceiros da polícia

-Pode deixar - a capixaba direcionou-se até sua sala e retomou de onde paramos.

A viatura está com a sirene desligada por motivos de um trânsito controlável, e como não estávamos em uma perseguição, não era necessário. A delegada estaciou na vaga mais próxima da porta de entrada, e então seguimos até a recepção - para colher algumas das informações.

-Com licença, sou a delegada Gonzalez - ela mostrou o distintivo para comprovar sua fala -Precisamos falar com o responsável por esta organização

-Só um instante, vou pedir para chamarem a senhorita Assis - assentimos e esperamos pela chega da dona. Minutos após isso, uma mulher preocupada adrentrou o ambiente muito bem decorado com cores claras.

-Pois não? Desejam falar comigo? - diz ela.

-Senhorita Assis? - a mulher concordou -Podemos conversar em um local privado?

-De certo que sim - ela acompanhou-nos até a sua sala no andar superior. Nos acomodamos nas cadeiras feitas de couro -Estão, qual o problema?

-Durante o período desta manhã, recebendo uma encomenda um tanto quanto comprometedora. Mas não havia informação alguma da pessoa que enviou

-Isso é estranho, nos pedimos a identificação de todas as pessoas que realizam contato conosco, para evitar situações como essa

-Acreditamos que um dos seus funcionários burlou as regras com o intuito de ganhar em cima disso

-Não é possível, todos eles são do meu conhecimento e trabalham à anos comigo

-Me desculpe senhorita, nunca foi da minha intenção ofender você ou a sua empresa

-Eu vou fazer uma ligação, mesmo que eu confie nos meus funcionários. Estou em plena consciência de que você está apenas cumprindo o seu dever perante a lei - a delegada suspirou aliviada, percebo que ela não gostava da ideia de ter que buscar um mandado apenas para obrigar a mulher a contar a verdadeira história por trás desse discurso.

A dona do estabelecimento estava alterada na ligação, provavelmente por confirmar que as nossas suspeitas estavam certas.

-Acabei de descobrir que empregaram um garoto sem o meu consentimento. Ao que me parece está trabalhando a três dias, e fazendo entrega nesta manhã

-A senhorita pode nos conceder as informações desse garoto?

-Já me adiantei quanto a isso, é só passar na recepção e recolher os papéis

-Muito obrigada, senhorita… - a mulher pareceu entender que a delegada gostaria de saber o seu nome.

-Thelma, Thelma Assis - as duas se despediram em um último aperto de mãos. Enquanto isso tratei de lhe agradecer pela grande ajuda.

-Muito obrigada pela sua cooperação senhorita Assis

-Espero que consigam resolver esse caso. Aliás, você ficou calada o tempo inteiro, aconteceu alguma coisa?

-Eu sou apenas a advogada desse caso, e quando interrogamos eu prefiro ficar quieta para poder analisar melhor as novas informações

-Ah, neste caso, boa sorte para vocês. Qualquer coisa que precisem, serão muito bem vindas - acenei antes de me retirar da sala.

Desci as escadas encontrando a delegada passando os olhos sobre a ficha do tal funcionário novato. Ela parecia buscar algum contato pessoal ou qualquer outra forma de contatá-lo.

-Ele fez alguma coisa errada, não fez? - a secretária que nos atendeu, se pronunciou dessa vez -Meu irmão não consegue andar na linha por muito tempo

-Seu irmão? - ela concordou.

-Sim, eu consegui esse emprego para o Daniel, mas como em todos os outros ele prefere ir contra as regras e ganhar em cima do esforço dos outros - ela estava indignada.

-Fique calma, ainda não temos certeza de que ele é culpado

-De qualquer maneira, se precisarem de qualquer coisa estou a disposição. Cansei de passar o pano para os erros dele, apenas porque ele é meu irmãozinho

-Muito obrigada senhorita - antes que nos retirarmos do ambiente, resolvo perguntar o seu nome, para facilitar um contato futuro -Qual o seu nome?

-É Manoela, Manoela Gavassi Caon. E o seu?

-É Rafaella, Rafaella Kalimann. Até logo, Manoela - nos despedimos com um aceno de cabeça. E ao passar pela porta esbarro com um garoto que me parecia apressado -Ei, você não pode sair atropelando as pessoas desse jeito. Tá fugindo da polícia por acaso?

-Desculpa aí - ele parecia envergonhado e foi então que reconheci seu rosto. Pois era o mesmo que continha na ficha do garoto que procurávamos.

-Você é Daniel Caon? - ele confirmou com a cabeça parecendo estar nervoso com a pergunta.

-Pera aí, Rafaella Kalimann? - confirmei -Eu tenho uma encomenda pra você - procurou algo entre as encomendas que carregava e entregou-me mais umas das cartas.

-Acho bom você ficar esperto garoto, e não tente fugir, pois estaremos de olho em você - digo, enquanto seguro pela gola de sua camiseta.

-Eu só estou fazendo o meu trabalho

-Isso é o que vamos descobrir - ele saiu o mais de pressa que conseguiu, entrando no estabelecimento em meio a tropeços.

-Você sabe que ameaçar um possível infrator não é o mais indicado, não é? - a delegada pareceu se divertir com a situação.

-Me desculpe, eu estava nervosa e nem pensei no que fiz

-Não tem problema, agora vamos para o departamento. Pedi para encaminharem o garoto do T.I para lá, já que necessitamos dos seus trabalhos - assenti com a cabeça enquanto nos encaminhávamos para o destino final.

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Olá, eu prometi que voltaria logo. Espero que tenham gostado. Um beijo.

Passado Mal ResolvidoOnde histórias criam vida. Descubra agora