Como (Não) Ser O Homem Perfeito • jikook.

Banheiras, beijos e perguntas cabulosas.

Como Não Ser O Homem Perfeito, adaptação por topicpj.

Capítulo 9

Dentro do avião, no caminho de volta, o clima ainda era de pura tensão. Jungkook já não tinha mais uma única unha para roer - estava a ponto de tirar o sapato e roer as do pé, só não fez isso porque tinha muito publico presente no ressinto. Jimin encontrava-se calado, não dizendo nada até chegarem ao destino planejado.

Quando chegaram de volta ao país, foram direto para o hospital, onde encontraram Miro, o encarregado que havia ligado para o Jeon informando à respeito do infarto, e este estava com uma expressão de quem queria sair correndo dali a qualquer momento.

O CEO ainda estava muito cabisbaixo, Park ao lado dele fazia o seu papel de esposo preocupado e companheiro - ou seja, agarrado ao braço dele morrendo de medo de se perder dentro daquele hospital enorme e mais caro que todos os seus rins.

— E aí, chefe, como é que o senhor está? — esse era o super educado Miro, que veio lhe perguntar com as melhores intenções do mundo.

— Cadê a minha babá? — e foi assim que o moreno retribuiu, tão delicado quanto um coice de cavalo.

E com o rabinho entre as pernas, ele levou o chefe até o quarto onde a babá estaria internada. Jeongguk ainda estava com o coração batendo na batata da perna, e o rosado Jimin lá do lado quietinho sem dizer uma única palavra, com receio de fazer algo errado e ser expulso como sempre acontecia nesses momentos em família.

E lá estavam eles, diante de um leito de hospital, escutando o sereno bipe dos aparelhos ligados ao nobre ser que jazia deitado naquela fria cama. Não era uma bela cena de se ver, e os momentos dramáticos se misturavam aos ares de quietude. Isso até o silencio ser quebrado, pela leve e calma voz de Jungkook, na solene e inspirada frase:

— Miro, você é idiota? — ele apenas perguntou, até então muito sereno e calminho.

— O que foi, meu patrãozinho? — Miro perguntou acanhado, estranhando a pergunta do chefe.

Jeon se manteve calmo por mais dois segundos, e enquanto ele estava prestes a ficar vermelho como pimenta, Jimin, que podia estar ajudando o coitado do funcionário, foi aproveitando para tomar distância dele. E no momento seguinte, o moreno explodiu.

— ESSA NÃO É A MINHA BABÁ! — gritou.

A coitada da enfermeira que ia passando na porta logo tomou um susto que derrubou a bandeja dos remédios. Tadinha, os olhos arregalados parecendo um papagaio.

— Você me fez voltar de Paris às pressas para me mostrar uma velha que eu nunca vi na vida, Miro?

Os segundos seguintes foram de pura tensão, onde o pobre empregado buscou forças dentro de si até de seu esôfago, para então admitir que realmente havia cometido uma gafe daquelas.

— É mesmo? — sabe aquela risada contida, toda sem graça? Pois é, ele até tentou disfarçar, mas não tinha como.

— Estamos em um hospital e eu não vou te matar aqui, pois sorte sua, ainda me resta educação. — falou o chefe, calmamente enquanto buscava uma paciência que ele não sabia se tinha ou não.

— Ah, mas eu não tenho educação!— tão rápido quanto um jato, gritou Jimin enquanto partia para cima do pescoço do mesmo com todas as forças que tinha. Estava furioso! Perdeu o melhor passeio de suas vidas por um empregado idiota.

— Seu idiota, estragou a minha lua de mel! — gritava ele esganando o pobre funcionário.

Pobre do Jeon que teve que chamar inúmeros seguranças para Jimin e enfermeira para o Miro.