Capítulo 6 - Céu azul

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As nuvens dançavam no céu azul, a copa das arvores eram movidas em uma dança lenta. Os pássaros voavam no céu azul enquanto eu caminhava pelo parque. O sol estava no alto e iluminava as varias pessoas eu tomavam banho de sol ou estavam em seus piqueniques matinais com grupos de amigos ou familiares enquanto as crianças brincavam com seus cachorros. Haviam pessoas no lago de águas mornas andando em pequenos barcos ou pedalando naqueles enormes cisnes.

Caminhei um pouco e segui por uma trilha mais afastada, peguei na cesta que eu carregava uma toalha xadrez vermelha e estendi ela no chão, me sentei sobre ela e coloquei os óculos escuros. Olhei para a movimentação no lago e para algumas pessoas que caminhavam ou faziam Cooper com seus cachorros por ali. Então me deitei e olhei para o céu azul e deixei que o sol esquentasse minha pele então fechei os meus olhos.

Em algum momento e devo ter dormido, pois senti algo frio sendo passado em meu rosto, então abri os meus olhos rapidamente e me levantei enquanto ouvia risos.

- Nossa. – ele disse rindo – Não sabia que era tão ágil.

Ele estava sem camisa, vestia uma bermuda e carregava na mão um tubo que parecia ser de protetor solar, a camisa estava amarrada em sua cintura e uma garrafa de água estava ao seu lado, na sua orelha esquerda havia um fone de ouvido branco. Sua pele estava bronzeada e seu sorriso estava largo enquanto me fitava.

- Não me olhe assim. Eu estava te ajudando.

- Eu não pedi sua ajuda. – retorqui.

- Claro que não. Só alguém com sua cabeça dormiria aqui, e pelo visto sozinho, sem passar um protetor ou bloqueador solar. Você pode desenvolver câncer sabia disso?

- Um a mais, um a menos... Não é nada. – resmunguei.

- Não fale assim. – disse ele se levantando.

- E o que quer que eu diga? – fechei meu rosto e me afastei dele.

- Alex... Por favor... – disse ele ao que parecia indo atrás de mim.

- Não! Fique longe de mim!

- Será que podemos conversar?

- Conversar sobre o que exatamente?

- Sobre nós.

Ri ironicamente.

- Quando foi que isso existiu para você?

- Alex...

- Não espera. Foi quando ganhei aquele par de chifres sendo que eu te amava, ou quando você arranjou outro e inventou tudo aquilo e depois terminou comigo por telefone? Melhor foi quando me deixou para morrer? Ou você gosta de me ver numa merda de vida. – as lagrimas começaram a sair dos meus olhos.

- Eu sinto muito... – disse ele por fim de cabeça baixa.

- Sente porra nenhuma... Porque eu fui idiota o suficiente para te amar e quem acabou fudido nessa merda toda foi eu...

Ele me abraçou. Seus braços fortes me envolveram enquanto eu tentava me livrar dos mesmos, eu socava suas costas, pisoteava seu pé e tentei acerta-lhe entre as pernas, mas ele evitou. Ele não me soltou e quanto mais me prendia mais eu lutava e chorava, ate que finalmente eu cansei. Ele continuava ali me segurando, seus braços agora eram apenas apoio. Eu não tinha forças para me mover dali.

- Eu sinto muito. – ele disse no meu ouvido.

Então ele me colocou sentado embaixo de uma arvore, foi ate onde estava e pegou minha cesta de piquenique e a tolha xadrez. Ele a estendeu no chão e me colocou sentado nela e se sentou a meu lado.

Querido Diário: Ascensão | Livro III | Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora