Anjo de papel - yahikonan

capítulo 11 - amizades pt2

Autora narrando

Já se passaram alguns longos minutos, quase horas desde que começaram a trabalhar. Agora já não se ouve mais brigas, apenas conversas alheias pelo cômodo.

Enquanto isso gato da garota estava distraído, em cima de um vaso de planta arranhando uma babosa, ele gostava de ficar ali.

- ei - Tobi acena chamando a atenção do amigo

- eu? - Nagato levanta a cabeça e o olha

- meu desenho está bonito? - ele aponta as mãos para o papel com um sorriso no rosto

- ai que dor... - o ruivo pensa alto

- ahm? - Tobi não entende por não ter escutado direito

- nada não, isso está... lindo - ele diz olhando para a figura estranha que havia ali

Tobi não era bom em várias coisas, muito menos em fazer algo sair bonito. Mas dizem por aí que a beleza é relativa, então não vamos julga-lo.

- ah obrigado - ele põe a mão no peito sorrindo de forma exagerada - o seu também está bonito, claro que falta alguns anos de prática, mas você consegue

Ele diz na inocência e Nagato apenas ri achando divertido, eles não tinham laços fortes de amizade, mas quem sabe o que pode acontecer no futuro.

- vamos brincar de pergunta rápida - diz o moreno enquanto continua sua obra de arte

- como ass... - mal termina a frase e é logo interrompido

- por que seu cabelo é vermelho?

- porque... eu nasci com el... - é novamente interrompido

- você é tipo um emo alternativo?

- eu na...

- prefere levar um soco ou dar um soco?

- porque eu daria um so...

- rosas brancas ou vermelhas?

- ahm eu...

- perder a perna ou perder os braços?

- Tobi eu...

- morrer queimado ou congelado? - ele aumenta a velocidade das perguntas

- não morr...

- gosta de bolinhos?

- ...

- funk ou forró?

- To...

- biscoito ou bolacha? - sua voz saí grossa de repente

- ok chega! - Nagato segura nos ombros do outro

Ele o chacoalha um pouco para que prestasse atenção nele, então suspira satisfeito ao ver que ele finalmente parou com as perguntas sem fim. Tobi era provavelmente a pessoa mais inquieta e tagarela que alguém pode conhecer, mas alguns não se acostumaram com isso ainda.