Mientras sea junto a ti siempre lo intentaría.

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Um silencio ensurdecedor se fez dentro do carro. Os únicos sons eram do funcionamento do veículo e a voz coordenada do GPS. Eric dirigiu a maior parte do caminho em silêncio e tenso. Sua mão apertava com tanta força o volante que o sangue deixou de correr pela extensão dos dedos. Eu estava desesperada, nós estávamos desesperados. 

 – Vai ficar tudo bem pequena. - disse acariciando meu joelho.

 Não disse nada. Não havia o que ser dito, eu estava com medo, muito medo de perder o meu bebê. Poderia ser um castigo, sei lá, o universo tentando me punir por ter odiado tanto a idéia de ser mãe. Mas foi só no inicio, juro que não há nada nesse mundo que eu queira mais que ter o meu filho, saber que ele esta bem, seguro e ainda aqui, comigo. 

 Chegamos ao hospital e foram feitos todos os formulários de praxe. Fui sentada em uma cadeira de rodas e busquei as mãos de Eric, eu precisava do seu contato. Nós precisávamos um do outro. Fui encaminhada até uma maca e imediatamente estava de roupas trocadas e a espera do médico. O telefone de Eric chamou, ele ignorou a chamada sem ao menos se dar ao trabalho de olhar quem poderia ser, e tão logo o médico entrou pela porta do quarto. 

 – Olá, meu nome é Peter Lavancce, sou médico obstetra. Diga mãe, o que a trouxe até aqui?

 – Houve um sangramento, e ficamos assustados - Eric se adiantou em dizer.

 – Você deve ser o pai, certo? Bom, um sangramento, correto - disse anotando algo em uma prancheta. 

 – Doutor, por favor, preciso saber se esta tudo bem com o nosso bebê - disse em tom de suplica.

 – Claro, nós vamos olhar isso sim Sra. Zimmermman. Primeiro eu preciso que me responda uma coisinha, a Sra. sofreu alguma queda anteriormente ao sangramento? - questionou.

 – Não. Não cai - disse as pressas.

 – Ótimo. Vamos colher algum sangue, e também fazer uma ultrassom abdominal de inicio, para saber o estado da gestação. Ok?

 Concordo extasiada e apreensiva. Menos de dois minutos depois sou transferida para uma sala com diversos aparelhos e eu reconheço o aparelho de ultrassom de imediato. Esteja aqui bebê, a mamãe não pode e não quer te perder.

 Enquanto aguardo a volta do médico uma enfermeira colhe dois tubos de sangue do meu braço, e eu mal noto quando o processo acaba de tanta ansiedade.

 Finalmente o Dr. Lavancce volta.

 – Prontos? - disse especulativo.

 – Sim! - Eric e eu respondemos ao mesmo tempo.

 O médico espalhou uma espécie de gel sobre a minha barriga e deu inicio ao exame. Durante a eternidade que levou até que ele finalmente me olhasse nos olhos eu esqueci de respirar.

 – Volte a respirar Sra. Zimmermman. Pelo seu bem e também do bebê! - disse sorrindo.

 – Então… E…. Ele… - disse me embolando nas palavras.

 – Sim, o bebê de vocês esta bem - desabei de alivio. Mas ainda temos que descobrir a causa do sangramento. Você tem razão em se preocupar. Não é normal que durante uma gestação a mãe sangre. Agiram bem em procurar um hospital de imediato - disse enquanto retirava as luvas e as descartava em um lixo qualquer.

Blanco y NegroWhere stories live. Discover now